Em que berço a justiça brasileira dorme/Por Alberto Peixoto*

O Poder Judiciário é um dos três poderes do Estado moderno na divisão preconizada por Montesquieu em sua teoria da separação dos poderes. 
FOTO: Arquivos Google

Conforme a letra do Hino Nacional – Francisco Manuel da Silva, autor da música do hino nacional brasileiro, Letra,‎ Joaquim Osório Duque Estrada, 1909 – o brasileiro dorme eternamente em berço esplêndido e sabe-se lá Deus, quando vai acordar.

É preciso saber em que berço ou “onde” dorme o judiciário brasileiro, lugar no qual “tudo acontece e não acontece nada”.

O ministro do STF Dias Toffoli, disse em entrevista a um canal de TV, que foram descobertos planos terroristas ao Tribunal e que havia indícios de quem seriam seus autores. Mas não divulgou nome dos seus responsáveis.

Em qualquer país do mundo, por mais subdesenvolvido que seja, uma declaração desta seria motivo de investigação a pente fino. Não se sabe de nenhuma ação da PF – Polícia Federal – com relação a este assunto. A imprensa, que vive sempre na busca por furos de reportagens, não noticiou nenhuma linha sobre este tema. Só alguns sites independentes publicaram comentários a este respeito. Não se sabe se há alguma investigação policial.

Quando a questão é a Justiça Brasileira, há um inexplicável mistério envolvendo este assunto. Ninguém sabe de nada, nenhuma providência é tomada.

Os juízes e procuradores brasileiros passaram a ser “astros de um show Dantesco”! Sérgio Moro passou a frequentar as passarelas dos eventos da high-society; Joaquim Barbosa já se mostrava fã dos holofotes das TVs; Dallagnol, se transformou no mais badalado garoto propaganda do mercado. O espetaculoso e chamativo show protagonizado por estes “astros do sucesso”, está desmantelando a decência da magistratura.

Um imenso acelerado processo de desmoralização está levando o judiciário ao desdenho. O ex-ministro Cesar Peluso, em uma entrevista por época de sua aposentadoria, disse: “juiz não fala, juiz escreve e assina”.

Em um texto assinado pelo jornalista Joaquim Carvalho, diz haver uma denuncia sobre Michelle Bolsonaro ser uma espécie de gerente do caixa 2 da famíglia do presidente Jair, com dinheiro dos gabinetes dos parlamentares. Não se sabe qual o comportamento do judiciário sobre este assunto. Provavelmente, nenhum.

No início do ano, o Coaf rastreou um depósito de R$ 24 mil na conta da primeira-dama. O dinheiro foi depositado pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz.

Diante deste quadro caótico que envolve o judiciário brasileiro, ficam as perguntas: em que gaveta está preso o “rabo” do judiciário brasileiro? Em que conta corrente, em que bolso?

Alberto Peixoto, Escritor.

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