Monthly Archives: julho 2018

O que existe de similar entre Getúlio e Lula é o ódio das elites contra ambos/ Sérgio Jones*

19 de abril de 1882 – Nasce Getúlio Vargas, uma das mais populares lideranças da história do País

Todos nós estamos exaustos de saber que, ao longo da história da humanidade, não existem nem são estas formatadas por coincidências e acasos, mas por fatos que lhes são inerentes. Registrando e retratando o seu tempo e as suas contradições intrínsecas que acabam se tornando tão peculiar a todos. E isso pude constatar ao deparar-me diante de um artigo escrito pelo jornalista paulista Mário Lopes. No qual ele busca traçar, com êxito, a aproximação da trajetória política de Lula com o velho caudilho Getúlio Vargas, embora reconheça a existência de inúmeros aspectos que os colocam em posições distintas, a começar pelo tempo e conjunção histórica de época. Mais um fato os aproxima bastante, o ódio das elites a Lula é o mesmo que foi dedicado a Getúlio.

Embora reconheça o autor que o Lula teve até agora muito menos tempo que Getúlio, considera ser um equívoco dizer que sua gestão teve menor impacto sobre a infraestrutura do país. E ressalva, se Getúlio fundou a Petrobras, Lula refundou-a com o pré-sal – com a oposição das elites nacionais. Se Getúlio lançou as bases da indústria brasileira, Lula deu a ela uma dimensão sem precedentes ao tornar o Brasil uma potência exportadora global.

É de conhecimento geral de que Getúlio deixou sua marca na superestrutura nacional, ao criar o Ministério da Educação, Lula promoveu uma revolução no ensino superior, abrindo o as portas da Universidade aos filhos dos pobres, depois de décadas de veto. Se Getúlio mudou as relações no país e a cultura nacional ao instituir os sindicatos, voto secreto, o ensino primário obrigatório, o voto feminino, Lula inseriu os pretos e os pobres com as políticas de cotas, mudou a relação das pessoas LGTBs com o Estado e, ao contrário do que se disseminou, em seu governo (e no de Dilma), em vez de acomodação, o movimento sindical brasileiro teve um dos períodos mais vigorosos de mobilização da história – a partir de 2004 o número de greves no país começou a crescer “até atingir a quantidade impressionante – para o Brasil – de 2050 greves em 2013”.

Diante de toda essa similitude, houve algo que Getúlio jamais sonhou em fazer – nem havia condições concretas para tanto. Lula retirou o Brasil da condição de país subalterno e desimportante na geopolítica e transformou-o num protagonista influente e admirado. A partir do boom das commodities e das exportações, Lula tornou o Brasil de um país irrelevante no contexto das relações comerciais da China no 9º maior parceiro comercial do país que desponta para assumir a liderança do planeta. Mais que isso: sob sua liderança, o Brasil deixou a sombra dos EUA – o que fica evidenciado pelo trecho antológico e exemplar do discurso de Lula na 4ª Cúpula das Américas em 2005.
Aprofundando mais sob a atuação de Lula, Lopes destaca e chama a atenção para o fato de que o Brasil foi um dos vetores da formação dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o bloco que tem alterado o estatuto das relações geopolíticas globais -sem qualquer protagonismo brasileiro desde o golpe de 2016.

Fazendo uma breve e necessárias retrospectiva ficou evidente a profunda e precisa observação histórica ao citar que em 1945, a elite brasileira decretou o fim do getulismo. Poucos meses depois, o apoio de Getúlio garantiu a vitória de Dutra na eleição presidencial contra o candidato da direita, Eduardo Gomes. Mais ainda: em 3 de outubro de 1950, o próprio Getúlio derrotou diretamente o candidato da UDN, o mesmo Eduardo Gomes, retornando à Presidência -com 49% dos votos.

Sobre Getúlio e sua volta à Presidência, um dos principais porta-vozes da direita à época, Carlos Lacerda, escreveu em uma manchete do jornal Tribuna da Imprensa, em 1 de junho de 1950, um pequeno conjunto de frases que passou à história e cabe como uma luva à situação atual, em relação a Lula. Escreveu Lacerda: “O senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”. Trocando em miúdos podemos sentenciar que o ódio das elites a Lula é o ódio a Getúlio.

O que fica evidenciado diante desta rápida pincelada, pela tela de nossa curta existência enquanto nação, é que os inimigos e até aliados de Getúlio cansaram de decretar o fim do getulismo nos anos 1940-50. Os inimigos e até aliados de Lula têm decretado nos últimos três anos o fim do lulismo. Como aconteceu no passado, aqueles foram derrotados e esses estão sendo.

O articulista ao fazer todas essas ponderações observa, com muita maestria, que Lula é tão grande quanto Getúlio – talvez maior- e o lulismo é o sucessor direto do getulismo – como, aliás, acabou por reconhecer outro gigante, Leonel Brizola, nos últimos anos de vida.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Não existe respeito no Brasil

Se houvesse respeito no Brasil, este trio estaria atrás das grades
FOTO: Paula Extra

O brasileiro é um povo sem respeito. Não se respeitam, não são respeitados e não tem percepção sobre esta circunstância, devido ao seu alto grau de insipiência e despolitização.

Os Partidos Políticos, através de seus membros, disseminam entre a população, um verdadeiro estelionato eleitoral fraudulento, que evidencia falsidade eleitoral e não são punidos, por que o Ministério Público e os Tribunais Eleitorais não estão preocupados em desempenhar suas obrigações constitucionais, ao invés de dar lugar às suas inclinações corporativas.

Os Partidos Políticos, absurdamente, cometem falsidade ideológica, que até passou a se achar uma coisa normal. Virou rotina!

A legislação não permite, mas, houve um grande acordo entre os três poderes e as principais mídias para maquiar e parecer legítima essas arbitrariedades (ilegalidades). Quando Lula foi julgado e condenado em tempo recorde sem uma única prova, mas, por meras convicções, ficou escancarado o que já se sabia, estávamos diante de uma armação… Lula é um preso político!!!” – afirma o arquiteto Luiz Fernandes

O horário eleitoral que está próximo de entrar no “ar” nos diversos veículos de comunicação, não é nada mais do que a divulgação de todo tipo de propaganda enganosa, de mentiras, um oceano de falsidades, enganando o eleitor, mostrando o quanto eles são idiotas. Mas mesmo assim, os brasileiros se deixam levar pela “boa conversa” – promessas – destes marginais acobertados com a capa da política.

E os brasileiros não reagem, não se impõem, por isso não são respeitados, principalmente nos seus direitos. O brasileiro só mostra que possui baixa autoestima. Permitem serem enganados de todas as formas, além de supervalorizarem tudo que vem de fora.

A impunidade é a mãe de todas essas mazelas! Juiz do STF faz campanha para sua filha ser nomeada para o Tribunal e está tudo bem!

O nosso querido Brasil virou um “enxurdeiro”, onde os porcos da política nacional, apoiados e sustentados pela ala corrupta da iniciativa privada, chafurdam na lama da imoralidade. Mas, os “coxinhas” de direita, sem orientação política aceitável, estão a cada dia encaminhando o país para a derrocada final. Cuidado: quem se junta aos porcos, farelos come!!!

Mas tudo isso são coisas de um país que, além da falta de respeito em todos os segmentos, vive na busca por dias melhores. São coisas da vida! E, como diz meu amigo português de Sintra, José Manuel Cruz Cebola: “A vida vai em sonhos e volta em forma de realidade… é como olhar para o mar, perceber o horizonte e esperar que as ondas nos tragam qualquer coisa que cheira a esperança com gosto de rimas… a vida é feita assim, traz-nos encontros inesperados e leva-nos despedidas eternas…”

Que esta tão almejada “onda”, pelo menos nos traga a esperança!

Alberto Peixoto – Escritor

 

 

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Marxismo, mais atual do que nunca/ Por Sérgio Jones *

Jesus Cristo, o maior comunista de todos os tempos
FOTO: WordPress.com

Por mais que as forças retrógradas e obscurantistas continuem com sórdidos objetivos inerentes a classe conservadora e antiprogressistas que lutam de forma insana para deter a roda da história e seus avanços sociais, o marxismo continua em evidência e sendo a mola propulsora que determinará uma existência social mais justa e igualitária para o futuro de toda a humanidade.

O sonho de uma sociedade sem exploração e sem dominação, uma sociedade verdadeiramente comunista, funcionando à base do lema: De cada um conforme suas capacidades, a cada um conforme suas necessidades. Há muito deixou de ser uma utopia. Pois não poderá existir o ser, enquanto humano, sem um equilíbrio que lhe permita viver com o mínimo de dignidade, conforme expressa velhos e incontestáveis princípios e conceitos bíblicos.

Com relação ao que os economistas apontam como à quarta revolução industrial, conhecida como 4.0. A exemplo de expoentes de nível reconhecido intelectualmente como o professor Estáquio Diniz Alves – A teoria do valor-trabalho é uma referência indispensável para a análise do capitalismo, qualquer que seja a fase do desenvolvimento das forças produtivas. Mas nos últimos 200 anos, desde o nascimento de Marx, o conflito capital versus trabalho se complexificou e não gerou uma polaridade entre uma maioria esmagadora de operários empobrecidos e uma reduzida minoria de capitalistas escandalosamente enriquecidos. Marx e Engels , de certa forma, deixaram implícita a ideia de um empobrecimento absoluto da classe trabalhadora, disseram no Manifesto Comunista: “Os proletários nada têm a perder, a não ser os seus grilhões. Têm um mundo a ganhar”.

Para o erudito educador – A Revolução 4.0 tende a diversificar ainda mais a estrutura produtiva, rompendo de vez com o rígido arcabouço fordista de uma produção padronizada e de massa. A atual revolução científica e tecnológica difere das três anteriores na profundidade e na velocidade das transformações, com grande impacto no mundo do trabalho. Não se trata mais de lidar com o “gorila domesticado” de Henry Ford , ou com a recomposição da linha de montagem do Toyotismo, que busca capturar o pensamento do operário incorporando suas iniciativas afetivo-intelectuais aos objetivos da produção de bens e serviços. Os trabalhos que vão surgir serão necessariamente diferentes dos atuais, não havendo garantias que serão suficientes para compensar os postos que vão desaparecer, e dificilmente as organizações sindicais atuais dos trabalhadores conseguirão se manter na nova configuração produtiva, tanto quanto os chamados “direitos adquiridos”.

Defende ele, que tal processo terá grande impacto na forma de produção, que passará a ser mais maleável, descentralizada e com flexibilização do processo de trabalho, tanto temporal quanto físico, além da tendência à “individuação” (a “pejotização” é apenas um aspecto) e do enfraquecimento do trabalho material, aglomerado e coletivo. A teoria do valor continuará válida sempre, mas a possibilidade de formação de uma “classe em si” será cada vez menos provável, e o surgimento de uma “classe para si” será um fenômeno quase inimaginável.

No tocante ao que rege a teoria de valor, por mais que os robôs possam ser parecidos com os seres humanos, eles entram no processo produtivo do lado do capital e não do trabalho. Isto acontece, segundo argumenta ele, porque, no regime capitalista, o processo produtivo é composto por dois elementos fundamentais: trabalho e capital, sendo que o primeiro é dividido em duas partes: o trabalho pago (salários) e o trabalho não pago ou mais-valia (trabalho excedente).

A lógica dos patrões, para maximizar o lucro capitalista, é aumentar a parte referente ao trabalho não pago (mais-valia) e reduzir a parte do trabalho pago. Como nenhum indivíduo consegue trabalhar 24 horas e 7 dias por semana, existe um limite material à exploração da mais-valia absoluta. Porém, a mais-valia relativa não depende da superexploração física das horas de trabalho e sim da produtividade do trabalho, isto é, do aumento do produto por hora trabalhada. Por conta disto, desde o início da luta entre o capital e o trabalho, o capitalista buscou substituir o trabalhador por máquinas, para criar uma superpopulação relativa (ou exército industrial de reserva) e para aumentar a mais-valia relativa, via aumento da composição orgânica do capital. Os robôs simplesmente exponenciam esta lógica, aumentando a produtividade, desemponderando o trabalhador e aumentando a apropriação capitalista do excedente (mais-valia relativa).

Permanecendo neste raciocínio lógico, para Alves não há novidade neste aspecto. Os robôs são máquinas. As máquinas nunca necessitaram descanso e pagamento pelas horas trabalhadas, apenas manutenção e reposição. Elas fazem parte do capital fixo. O que a robótica da Revolução 4.0 traz de novo é o casamento das máquinas com a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas. Isto permite não só substituir aquele operário representado por Charles Chaplin em Tempos modernos, mas possibilita também uma enorme reorganização da produção e um exponencial aumento da produtividade.

Contrariando alguns arautos do caos a 4ª Revolução Industrial não vai acabar necessariamente com os empregos e o ganha-pão dos trabalhadores por ser este, a galinha dos ovos de ouro do capitalismo. E cita como exemplo os três países com maior uso de robôs em relação à força de trabalho manufatureira: Coreia do Sul, Cingapura e Japão, todos eles com baixas taxas de desemprego.

Sérgio Jones, jornalista

(sergiojones@live.com)

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Jovina Souza Lança “O Caminho das Estações”/Por Roberto Leal

A escritora Jovina Souza lança livro “O Caminho das Estações”

Foi lançado no Instituto Cultural Brasil Alemanha no passado dia 20 de julho (sexta-feira), às 18 horas, na Biblioteca do Instituto Goethe, o livro de poesias “O Caminho das Estações”, da professora e escritora Jovina Souza, a obra literária que é composta por 70 poesias, vem apresentar ao público leitor uma biografia poética, dentro das quatro estações, um raio-x do eu feminino, um eu de mulher negra ecoado n’uma massificante batalha contra o branqueamento da sua raça e a discriminação que segue dizimando o povo preto e pobre da periferia.

A poesia e a Literatura de Jovina Souza estão infestadas de manifestações de luta, dando mostras de um discurso pelo real combate ao racismo e da conscientização do povo negro, dentro da importância de valorização e preservação da pele preta. Na publicação seus trabalhos em destaque são poesias assim intituladas: “Mulher negra em movimento”, “À moda preto e branco”, “Preto na branca” e sua poesia mais assediada por leitores e simpatizantes “Biografia do meu cabelo”, com a qual se tornou muito conhecida na sua trajetória, dentre tantas outras.

Noite de autógrafos muito concorrida

Jovina Souza é Graduada em Letras Vernáculas, tem seus estudos concentrado na Literatura brasileira e Teoria literária. É especialista em Estudos literários e mestra em Teoria e Crítica da Cultura e da Literatura. Dedica-se a escrever poemas, contos e textos acadêmicos. Iniciou sua luta contra o racismo ainda criança no seio familiar e continua mais intensa a cada debate, a cada obra, a cada trabalho realizado. Seu primeiro livro “Agdá” foi publicado em 2012. Tem textos publicados em várias coletâneas e antologias, dentre elas Cadernos Negros (Quilombhoje/SP-2017) e Com Amor & Luta (Ed. Òmnira/BA-2017), como também nas redes sociais.

Dentro da programação do evento tivemos sessão de autógrafos com recital e leitura de poesias e poemas, musica ao vivo e um bate papo com a autora, com as presenças dos poetas Caca Novaes, Douglas De Almeida, Jocelia Vândala Fonseca, Rejane Souza, Valdeck Almeida De Jesus Lotado, Landê Onawale, Luis Carlos de Oliveira, dentre outros. O evento teve o apoio do Movimento Literário Kutanga/Angola e da UBESC – União Baiana de Escritores.

Fonte: ASCOM/Revista Òmnira 

Texto: Roberto Leal

Fotos: Roberto Leal e Yuri Cardoso

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Os mentirosos atacam a Petrobras/Por Sylvio Massa de Campos*

”O petróleo é nosso.”
FOTO: Blog Esmael

Alguns períodos da nossa história foram marcados por expressivos bordões.

O mais antigo pertence a Pero Vaz de Caminha: ”O melhor fruto que se pode tirar desta terra me parece que será salvar essa Gente.”.

Depois, já no Império, Dom Pedro I sentenciou: ”Diga ao Povo que eu fico.”

Com a queda do Império, Deodoro comandou: ”Pois diga ao Povo que a República está feita.”

Decorrido o tempo de amadurecimento de nossa consciência política, o Povo sai às ruas e grita: ”O petróleo é nosso.”

O suicídio do presidente Getúlio Vargas que afirma em sua carta testamento: ”Quis criar liberdade nacional na potencialização de nossas riquezas através da Petrobrás…”

Em sequência, outro Presidente afirma ao Povo: ”A democracia que eles querem é a Democracia para liquidar com a Petrobrás…”

Nesse mesmo momento histórico da derrubada do presidente Jango, a indignação leva o Senador Tancredo Neves a dirigir-se a “Eles” com o famoso bordão: ”CANALHAS, CANALHAS, CANALHAS.” Usa as palavras no plural para abrigar mais gente, incluindo aqueles que, no futuro, vão manchar sua biografia.

Ao longo desse tempo, no tecido social do nosso País, destaca-se a busca de afirmação do povo pelo saber, pela defesa da liberdade, pelo combate frontal aos que mentem, trapaceiam, vendem falsas convicções e manipulam os fatos e, serviçais, entregam as riquezas de nossa terra aos estrangeiros.

A Petrobrás é um dos poucos símbolos históricos de nossa gente, pois representa o conhecimento tecnológico de um povo que transforma esse saber em riqueza para a Nação.

Por essa razão, e somente por meio de mentiras e de manipulação de dados contábeis, e escondendo as verdadeiras razões, vindas das multinacionais, alguns dirigentes da Petrobrás, indivíduos desqualificados do atual governo, com apoio da mídia vendida e dos “Canalhas”, pretendem liquidar essa afirmação de um Povo.

Esse ferrenho combate à Petrobras, à sua estrutura industrial integrada, efetivando a venda de rentáveis ativos, sob varias alegações, que não resistiram à análise honesta de seus números, tem sua origem ostensiva na orientação ideológica publicada pelo Globo em 21/01/1992 pelo representante da Shell, Sr. Robert Brougton, que “condicionava os investimentos da Shell no Brasil à extinção do monopólio e que os preços do petróleo e dos combustíveis fossem “alinhados com os internacionais” e as “companhias estrangeiras tivessem” algumas facilidades para começarem a atuar em um mercado longamente monopolizado.”

Essa orientação, que vem sendo enfrentada, durante os últimos 26 anos de lutas pela defesa da Petrobrás, finalmente está sendo cumprida pelos “Parentes” que estão na direção da empresa. Mereceu á época contundente repúdio do senador Josaphat Marinho, em discurso no Senado Federal, em 28.9.1993.

Nesse contexto histórico, a voz do senador era acompanhada por vários estamentos da sociedade civil onde se destacavam o Clube de Engenharia, o Modecon, a Aepet, a Une e vários outros segmentos políticos conscientes da importância desta luta travada.

A natureza da luta atual é a mesma contra os antigos propósitos, sugeridos pelo representante da Shell. A diferença é que são os próprios gestores da empresa que promovem o seu enfraquecimento, cenário impensável à época de sua construção e de sua afirmação como pioneira na exploração de petróleo em águas profundas, quando apenas os seus detratores eram externos.

As sementes lançadas transformaram aquela estrutura inicial de empresa importadora de petróleo bruto, na quarta maior empresa de petróleo, com reservas estimadas em 100 bilhões de barris, e a nona empresa a nível mundial, sob o critério de faturamento e investimentos.

Contra a séria ameaça atual, em 05/06/2018, um sinal de alerta foi lançado pelo Clube de Engenharia e pela Aepet ao promoverem um debate sobre o “Mito da Petrobrás Quebrada”, denunciando o desmonte da empresa com a venda de ativos rentáveis, com a perda proposital de mercado para as importadoras de derivados, por empresas multinacionais, pela fixação dos preços internos com base em parâmetros do mercado externo, por provocar deliberadamente a ociosidade no parque de refino em torno de 30% e sujeitar-se a ser exportadora de petróleo bruto no ritmo imposto pelas controladoras do mercado internacional.

O presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino, denunciou a farsa com que ”os gestores conduzem a empresa e indicou consequências nefastas da política que vem sendo implementada, para fazer com que ela deixe de cumprir o seu histórico papel”.

O Dr. Claudio Oliveira, economista aposentado da Petrobrás, que vem realizando inestimável serviço à verdade dos números dos balanços da empresa, em seus inúmeros artigos, demonstrando a confortável posição financeira e indicando a desnecessidade da venda dos ativos rentáveis, para amortização acelerada da divida. Em seu pronunciamento denuncia as mentiras propaladas pelos jornalistas Carlos Alberto Sardenberg e Miriam Leitão em seus meios de comunicação: ambos criaram “a mãe das mentiras”: “a Petrobrás está quebrada”, ”o Tesouro deveria aportar recursos para evitar a sua falência”, ”o pré-sal não existe, não temos tecnologia, precisamos das multinacionais do petróleo, etc.”A divulgação dessas falsas informações, de forma sistemática em poderosos meios de comunicação, permitia à Direção da empresa conduzir, com aplauso da mídia, o seu desmonte.

Como a mentira passou a ser um envelope para enviar notícias falsas, seja para o público externo, seja para os funcionários, o diretor de Estratégia, Nelson Silva, em comunicado aos funcionários, para justificar a privatização de ativos, indica que a Petrobrás paga US$ 7 bilhões de juros, enquanto as outras grandes companhias pagam cerca de US$2 bilhões.

Nessa mensagem, ele omite propositadamente a divida da Shell de US$ 92,5 bilhões e o pagamento de juros de cerca de Us$ 5 bilhões. Números próximos dos da Petrobrás, sem que a Shell tenha que vender seus ativas para pagar a divida. É com a qualidade moral dessas pessoas que as mentiras ganham volume.

Omitir propositadamente equivale a Mentir.

A respeitável jornalista Hildegard Angel, em 10/06/2018, em sua coluna no JB, escreveu que a Miriam Leitão e o Carlos Alberto Sardenberg deveriam envergonhar-se do papel desempenhado e sair à rua de óculos escuros e golas levantadas para não serem reconhecidos.

O presidente da Aepet, Felipe Coutinho, em consistente estudo sobre a política de preços da Petrobrás, demonstra o caráter proposital de conduzi-la em conformidade com parâmetros – preços, custos e variáveis instáveis – internacionais e, assim, afastá-la da realidade da geração de Renda do país, principalmente nos derivados de funcionamento da economia – diesel e gasolina – e de impacto social, o gás de cozinha.

Essa prática permitiu o avanço das multinacionais no mercado interno, a importação dos derivados a preços incompatíveis com os custos internos, a correspondente ociosidade das nossas refinarias e o retorno à era colonial de exportação da matéria prima, agora o petróleo do pré-sal.

A mais contundente denúncia foram as palavras do Consultor Legislativo, Paulo César Ribeiro Lima, que preconizou: a necessidade de tributar a renda das empresas petrolíferas, tributar a exportação de óleo cru e revogar o artigo primeiro da lei 13.586 que concede isenção fiscal às empresas que operam na exploração do petróleo de baixo risco e alta rentabilidade, situando-se o custo total de produção do pré-sal em torno de US$20,00.

No tocante á política de preços adotada pela atual Diretoria da Petrobrás a mesma deve ser descontinuada, por estabelecer níveis de preços no mercado interno, mesmo acima dos praticados no mercado americano e europeu e embutir uma margem de lucro de 150% no caso do óleo diesel, e geradora da crise de abastecimento que paralisou o país.

A gestão de uma empresa estatal com profunda responsabilidade social e vinculada ao desenvolvimento do país, quando conduzida como empresa privada que objetiva produzir lucros para os seus acionistas, como é o caso ainda da equipe Parente, ao repassar diariamente as variações dos preços internacionais para os preços do mercado interno, levou à redução da atividade econômica em geral e agravou a situação dos mais pobres. O gás de cozinha foi reajustado em seis meses – junho/dezembro 2017 – em 68% forçando 1.2 milhão de domicílios a retornarem á lenha e ao etanol para suas cozinhas.

Como registrado anteriormente, a orientação política e ideológica do Sr. Robert Brougton, da Shell vingou, e vamos encontrar vestígios, em 01/02/2015, no artigo do Sr. Fernando Henrique Cardoso, no jornal “El Pais”, que se adapta àquelas recomendações e afirma no seu texto “Chegou a Hora”:

“O governo não se deu conta de que os Estados Unidos estavam mudando a política energética…”

”O governo petista apostou no petróleo de alta profundidade, que é caro, descontinuou o etanol, pela política suicida de controle de preços da gasolina que a torna pouco competitiva …”

Na biografia do sociólogo não constará referências à “Teoria da Dependência Subserviente” que alocou mais de 30 % das ações da Petrobrás para fundos de pensão americanos, os fundos abutres, como marco de sua vaidade, e que, recentemente, com a liberalidade da gestão Parente, foram transferidos àqueles acionistas a expressiva soma de US$ 2,95 bilhões, sem questionamentos jurídicos finais e simplesmente reconhecendo que somos dependentes e subservientes.

O povo e a Petrobrás sempre constituíram referências destacadas da nossa História.

O povo ainda não conquistou um lugar digno na sociedade e a Petrobrás está ameaçada de perder o seu lugar como símbolo de nossa dignidade.

Em 1580 Montaigne escreveu nos seus Ensaios I: ”… há cem mil maneiras de exprimir o reverso da verdade e o campo de ação da mentira não comporta limites.”

* Sylvio Massa de Campos é economista e ex-diretor da Petrobrás Distribuidora

(catado no Blog do Miro)

Colaboração: José Manuel Cruz Cebola

Sintra/Portugal

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A classe média brasileira

A luta de classes em sua face mais feia!
FOTO: Blog do Menon

A classe média brasileira atualmente está lutando para conseguir pagar suas contas. Com o apoio ao golpe na tentativa de dar um destino político ao País, o que conseguiu foi criar uma luta de classes, onde o ódio prevalece emanado, principalmente dos “coxinhas” que se acham ricos.

Na realidade, pode-se dizer que a classe média brasileira hoje é constituída por pobres com um profundo sentimento de nobreza que não possuem; que na verdade, nunca possuíram – neste caso me refiro aos “coxinhas zona sul”, batedores de panelas, que de repente, desapareceram. Com certeza para economizar gasolina!

A madame loura de olhos azuis não aceita ver sua filha, também loura dos olhos azuis, sentada em uma carteira de Universidade junto a um afrodescendente, operário oriundo da classe trabalhadora, tido como “pobre” (de valores materiais, nunca de valores morais), cursando na mesma sala de aula, da mesma Academia, onde antes só entrava quem tinha recursos financeiros. Imagine se a “lourinha belzebu” se apaixona pelo “negão”! É a luta de classes em sua face mais feia!

Este segmento social, “psicopatiado” pelos “Bolsonáticos” irracionais, no auge do seu desatino, está seguindo os passos da classe média alemã dos anos de 1930, que era eleitora e seguidora de Hitler e do Nazismo. Que Deus tenha pena dos brasileiros!

“Hoje, está tudo a ser orquestrado no sentido de se chegar o mais breve possível à chamada Nova Ordem Mundial onde apenas haverá duas classes: os Senhores e os Escravos. Não há mais lugar a ideais e a palavra futuro deixará de fazer parte do vocabulário da Humanidade” – José Manuel Cruz Cebola, crítico português.

Precisamos lutar sim, por políticos que defendam a Democracia; que sejam contra o golpe de Mi$hell Temer e o “Bolsonarismo” criminoso, homofóbico, racista, misógino e a favor da tortura e da chacina. Bolsonarismo agora com a possibilidade de a desvairada da Janaina Paschoal ser sua vice. E a gente pensou que já tinha visto tudo. Nem em nossos piores pesadelos poderíamos imaginar tamanho terror. Seria cômico se não fosse trágico.

“É fundamental e urgente que se dê um basta neste governo golpista, sem legitimidade e que está entregando nossas riquezas para as diversas multinacionais” – protesta o crítico José Manuel Cruz Cebola.

Alberto Peixoto – Escritor

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Prefiro/Por José Manuel Cruz Cebola

Prefiro os que sonham.
Prefiro o mar chão, mas gosto de ver o mar revolto.
Prefiro os lagos, mas adoro andar à beira-rio.
Prefiro as planícies, mas adoro subir a uma montanha cheia de neve..
Prefiro o silêncio, mas adoro o riso bulicioso das crianças.
Prefiro o nascer do dia.
Prefiro o sol.
Prefiro o calor.
Prefiro a noite, o mundo lá fora adormecido e um livro.
Prefiro o jazz, a música clássica e a cantada em português de cá ou do Brasil ou de Cabo Verde. Não esqueço o Brel, o Reggiani, a Barbara, a Greco, o Yves Montand. Rendo-me à Amália, à Piaf, à Callas.
Prefiro amar. Prefiro ser amado.
Prefiro a lealdade, a verdade, a dignidade.
Detesto a intriga, a má-língua, a falsidade, a maldade, a mediocridade.
Não gosto de festas grandes, de festas de calendário, de casamentos, de acontecimentos sociais. Prefiro os amigos e a intimidade. Prefiro jantar. Prefiro vinho tinto.
Gosto de comida portuguesa, baiana, francesa, do Alentejo, das Beiras. Mais do que tudo gosto de partilhar a mesa com os amigos que sabem comer.
Preciso de partilha. Preciso de entrega.
Adoro cães, gatos, vacas, burros, águias, cegonhas, falcões, golfinhos, todos os bichos, quase todos. Desculpem-me os ratos, as moscas, as baratas. Adoro estar com a natureza.
Adoro ler na praia. Adoro água. Para beber, para nadar.
Adoro a transparência. Adoro a luz.
Gosto de viajar de carro, de avião, de passear de barco muito muito junto à costa. Adoro estar em casa. Adoro casas.
Gosto de construir seja o que for. Detesto destruir seja o que for. Gosto de reciclar objectos velhos.
Gosto de utopias. Gosto de lutar por ideais. Prefiro quem tem ideais.
Gosto de ter esperança e de acreditar. Não tenho medo de perder. Tenho medo de perder a saúde.
Não gosto de desistir. Sonho com casas no campo e na praia. Cansam-me as cidades grandes.
Gosto do anonimato nas grandes cidades. Gosto de aldeias e vilas. Irrita-me o ruído.
Adoro aprender. Adoro que me ensinem. Adoro descobrir coisas novas. Adoro os contadores de histórias.
Adoro rir. Gosto da inocência. Gosto de gente sábia. Gosto da simplicidade e da humildade das grandes pessoas.
Gosto de contribuir para a felicidade dos outros. Gosto de proteger. Gosto que me protejam.
Gosto de livros com poemas, romances, ensaios, contos, biografias, pintura, fotografia, arquitectura. Gostava de saber pintar, de saber cantar, de saber tocar piano, de escrever poesia, de escrever peças de teatro. Não gosto de emprestar livros. Não gosto de ler livros emprestados. Gostos de sublinhar os livros. Gostava de saber falar sem me atrapalhar. De não tropeçar nas palavras.
Gosto de namorar. Gosto de me apaixonar. Por pessoas, por projectos, por locais.
Gosto de gostar.
Gosto de admirar. Gosto de contemplar. Gosto de ser surpreendido e de surpreender.


José Manuel Cruz Cebola – Crítico

Sintra/Portugal

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Comparato se diz convencido de que Moro é um agente americano/ Por Sérgio Jones*

Moro goza de total impunidade. Estou convencido de que ele é um agente norte-americano”,
FOTO: arquivos Google

A interferência do juiz (SérgioMoro) foi considerada pelo jurista e advogado Fábio Konder Comparato como ilegítima e absurda, uma vez que o mesmo não tinha mais competência. “O processo estava no tribunal, e, no entanto, ele próprio telefonou para a Polícia Federal para que ela não cumprisse as ordens do Favreto”. Se reporta ele, a guerra jurídica encandeada em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o habeas corpus em que o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), determinava a soltura de Lula, no domingo (8). “ Moro goza de total impunidade. Estou convencido de que ele é um agente norte-americano”, opina o jurista.

Como já é do conhecimento de todos, a batalha, no domingo, terminou com a divulgação de despacho em que o presidente do tribunal, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, que determinou a manutenção da prisão do ex-presidente. Na terça-feira (10). A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz negou outro habeas corpus a Lula, afirmando a “absoluta incompetência do Juiz Plantonista (Favreto) para deliberar sobre questão já decidida” por tribunais de segunda e terceira instâncias. Nesta quarta (11), o STJ divulgou que a ministra negou 143 pedidos de habeas corpus para o ex-presidente Lula, apresentados nesta semana. As críticas à ministra por agir de forma parcial contra os direitos políticos de Lula ecoam nas redes sociais.

Para o ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF), o judiciário não pode permitir a falência do Estado, nem retroceder a Idade Média. E afirma que Moro agiu fora dos padrões contra Lula. Comparato foi enfático ao sentenciar que a Presidente do Superior Tribunal (STJ), ministra Laurita Vaz, assim como os desembargadores do TRF4, foram parciais. “Os desembargadores do TRF4 se excederam, porque o assunto não tinha mais ligação com a ação criminal que deu origem à prisão. Eles já tinham julgado. Quando o juiz julga, não pode voltar atrás”.

Outra crítica feita pelo jurista é de que a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não foi imparcial ao não demonstrar nenhuma isenção. Ao atacar o (Rogério Favreto), e não os outros desembargadores, inclusive o Thompson Flores (presidente do TRF4). Ele diz não acreditar que o Lula será julgado de forma imparcial, pelo menos durante o período que antecede as eleições. Para ele, a guerra jurídica desencadeada de domingo, houve erros de ambos os lados. O desembargador plantonista Rogério Favreto: “em princípio, não tinha imparcialidade”. “Trabalhou com o PT e no governo do PT.” O argumento de que havia um fato novo, Lula ser candidato, não se cristalizou juridicamente, diz. “A candidatura não havia sido oficializada”.

Em representação protocolada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) pediu investigação contra Sérgio Moro. Na petição, a entidade esclarece que o objetivo da representação não é analisar os atos dos desembargadores, mas “os descumprimentos legais” praticados por Moro “nos episódios do dia 8 de julho de 2018”. Segundo a argumentação, é considerado um princípio básico de direito que a participação de um juiz em um dado processo se esgota ao proferir a sentença. “Toda e qualquer sentença, seja ela condenatória ou absolutória, possui um efeito inexorável: seu efeito acarreta esgotamento da instância”, diz a petição. A competência do juiz de primeira instância se esgotou ao condenar Lula no dia 12 de julho de 2017, a 9 anos e 6 meses de prisão, segundo a argumentação.

Diante da realidade exposta, Comparato acredita não haver qualquer dúvida de que o juiz Sérgio Fernando Moro não possui competência para despachar em habeas corpus que verse sobre a liberdade de paciente cuja prisão decorra de sentença por ele mesmo proferida julgada em grau de apelação. O corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha, determinou abertura de investigação dos desembargadores do TRF4 Rogério Favreto e João Pedro Gebran Neto, além de Sérgio Moro.

Sérgio Jones, jornalista

(sergiojones@live.com)

 

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Brasileiro: Vida de gado, povo marcado, povo feliz!

“A gente comemora os jogos da seleção, bebe um bocado de cerveja e no outro dia a gente vê como é que fica”.
FOTO: WolrdPress

Vocês que fazem parte dessa massa, que passa nos projetos do futuro, é duro tanto ter que caminhar, e dar muito mais do que receber. E ter que demonstrar sua coragem, à margem do que possa parecer, e ver que toda essa engrenagem, já sente a ferrugem lhe comer”. – Zé Ramalho.

Seguramente, brasileiro aceita tudo como se fosse uma coisa normal. É o povo mais submisso, imbecilizado e retardado, aceitando todas as perdas de seus direitos, impostas pelos projetos de um governo golpista sendo capitaneado por um chefe de quadrilha. Mi$hell Temer.

Na realidade a letra da música “Admirável Gado Novo”, de Zé Ramalho, retrata o descaso do brasileiro com relação às injustiças praticadas por esta corja, apoiada por grande parte da imprensa (PIG) e por empresários escravagistas e principais devedores da Previdência e da Receita Federal. São estes os que estão no lucro.

Grande maioria destes empresários são políticos ou aliados a eles – laranjas.

Como se não bastasse, apoiados também por parte da classe média, já em extinção, que se acha rica, sem uma liderança racional e que parecem gostar de virar o “bumbum” para estes aproveitadores de plantão. Covardes, amedrontados e receosos de privar-se do que acham que tem, mas nada tem. São os coxinhas inebriados pelo vizinho rico. Mas eles não são ricos.

Enquanto o petróleo do pré-sal está sendo entregue ao capital estrangeiro a preço de “bananas”, o brasileiro, em sua vida de gado marcado, estava torcendo por uma seleção de futebol que tem dois ex-diretores presos por corrupção no exterior e um que não pode sair do país porque também será preso. Esta é a entidade que rege o futebol brasileiro! CBF.

O brasileiro precisa se consciencializar no mundo verdadeiro. Gradativamente, os lesas-pátrias estão entregando nossas maiores riquezas estimadas em trilhões de dólares a preços vil para o Tio Sam, que passou a mandar neste pardieiro com seu sistema jurídico pífio. Em um país sério, Moro, o playboyzinho tirado a Batman, já teria sido exonerado e estaria atrás das grades ao lado de Gilmar Mendes, Carmem Lúcia, Morais e Cia.

Estudar em uma Universidade voltou a ser prerrogativa dos filhos de ricos, enquanto centenas de jovens pertencentes às classes mais humildes estão deixando as faculdades por falta de projetos do governo para a educação; corte das bolsas de estudo entre outros.

O Sistema de Saúde está na UTI do descaso, com suas Unidades sucateadas por falta de investimentos. Será 20 anos sem investimentos na saúde e na educação, mais congelamento dos salários do funcionalismo público. Enquanto isso os “togados meia boca” estão querendo aumento de salário.

A cada firula ridícula do “cai-cai” Neymar Jr, o desemprego em massa entra nos gramados deste povo marcado, mas marcado pela falta de intelectualidade, pela falta de conhecimento e sem saber discernir o que é melhor para seu futuro.

“A gente comemora os jogos da seleção, bebe um bocado de cerveja e no outro dia a gente vê como é que fica”. Pensamento de alguns torcedores de classe média, porque a maioria não possui condições de comprar cerveja. Os ricos bebem uísque!

“O povo foge da ignorância, apesar de viver tão perto dela e sonha com melhores tempos idos, contemplam essa vida numa cela, esperam nova possibilidade, de verem esse mundo se acabar, a arca de Noé, o dirigível, não voam, nem se pode flutuar” – Zé Ramalho.

Imaginem se a Seleção Brasileira de futebol estivesse classificada para a final da Copa do Mundo e, para nosso azar, fosse campeã! Seria a divinização da insanidade!

Alberto Peixoto

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Em nome de uma obscura “segurança jurídica” Gebran determina que Lula permaneça preso/ por Sérgio Jones *

Sergio Moro cometeu crime de prevaricação FOTO: arquivo Google

Sergio Moro cometeu crime de prevaricação FOTO: arquivo Google

A determinada ordem de Habeas Corpus pela qual decidia pela imediata soltura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, provocada pela decisão adotada pelo desembargador Rogério Favreto, causa um grande reboliço e desconforto no meio jurídico. Como toda e qualquer decisão judicial, esta deve ser analisada sob a ótica jurídica, e não, como procederam a grande mídia que adotou um viés de cunho de política partidária. Como bem reconhece alguns juristas e professores criminalistas de Direito Penal

Eles defendem que a decisão de Favreto foi proferida em seu plantão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região — curiosamente o mesmo que manteve a condenação do ex-presidente Lula, além de aumentar a pena de 9 anos e 6 meses de reclusão, que havia sido aplicada pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, para 12 anos e 1 mês de reclusão.

O que é fato e de domínio público é que a defesa do ex-presidente impetrou Habeas Corpus (152.752) no Supremo Tribunal Federal para que Lula aguardasse em liberdade o trânsito em julgado da sentença, em nome do constitucional princípio da presunção de inocência. O que não aconteceu e no dia 4 de abril, por seis votos a cinco, foi denegada a ordem. Em decisão que afrontou o disposto na Constituição da República (artigo 5º, LVII), o STF entendeu que a presunção de inocência não impede a chamada execução provisória (antecipada) da pena.

O ministro Celso de Mello — decano do STF —, no julgamento do Habeas Corpus 152.752, que acompanhou a minoria vencida, enfatizou que: “Nenhum dos Poderes da República pode submeter a Constituição a seus próprios desígnios, ou a manipulações hermenêuticas, ou, ainda, a avaliações discricionárias fundadas em razões de conveniência ou de pragmatismo, eis que a relação de qualquer dos Três Poderes com a Constituição há de ser, necessariamente, uma relação de incondicional respeito, sob pena de juízes, legisladores e administradores converterem o alto significado do Estado Democrático de Direito em uma promessa frustrada pela prática autoritária do poder”.

No tocante à decisão do desembargador Rogério Favreto (domingo, 8/7), o que ficou patente é que a mesma foi contestada pelo juiz de piso Sergio Moro — que está de férias em Portugal —, ele com esta atitude afrontou a ordem do desembargador federal dizendo que, se a polícia cumprisse a ordem de Favreto, estaria descumprindo decisão da turma do TRF-4 que havia ordenado a prisão.

Ato contínuo, ao tomar conhecimento do “despacho” de Moro, o desembargador Favreto volta a dizer que mantinha sua decisão e que a ordem de soltura deveria ser cumprida. O que mais chama atenção no “despacho” do juiz da 13ª Vara Federal não é o fato de ele estar de férias em outro país, mas o fato de já ter se esgotado a sua “competência” — jurisdição — para o caso.

Concluindo esta ópera bufa o que ficou evidenciado, mais uma vez, para alguns juristas, é que no final do domingo (8/7), o presidente do TRF-4, Carlos Thompson Flores, sob o manto de um inexistente “conflito positivo de competência” e em nome de uma obscura “segurança jurídica”, favoreceu a decisão do desembargador relator Gebran Neto, determinando que o paciente Luiz Inácio Lula da Silva permaneça preso.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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by | 10 de julho de 2018 · 21:19