Monthly Archives: setembro 2018

Bolsonaro: o abominável ser das trevas e seus áulicos/ Por Sérgio Jones *

O abominável ser das trevas
FOTO: jornaldacidadeonline

Diante do baixo índice obtidos junto às mulheres, devido aos seus comentários desequilibrados e misóginos, típico de uma mente enferma, os seguidores do “coiso” estão espalhando boatos irresponsáveis nas redes sociais em que tentam ligar mulheres ao homem com problemas mentais que deu uma facada no candidato de extrema-direita em Juiz de Fora no último dia 6 de setembro.

Primeiro se tentou culpar membros ligados a outros segmentos da esquerda política, o que se transformou em verdadeiro fiasco. Agora, eles voltam as suas baterias através de fake News, tendo como alvo Manuela Dávila, candidata a vice de Fernando Haddad (PT).

Os seguidores bestiais do candidato fascista de extrema-direita disseminaram nas redes a versão de que a vice de Haddad teria entrado em contato com o esfaqueador e que existiriam gravações telefônicas disso. Mais uma vez, eles tentam repetir, de forma canhestra, o que aconteceu com o atentado à bomba ocorrido no período da ditadura em abril de 1981, véspera de primeiro de maio, no bairro Jacarepaguá no Rio de Janeiro.

O objetivo do atentado dos militares reacionários, à época, era incriminar os grupos de esquerda. Mas, pelo visto, o feitiço virou-se contra o feiticeiro e o artefato acabou explodindo no colo do sargento, que morreu no ato, deixando ferido gravemente outro oficial.

Esta prática denominada de contra informação, que volta a ser praticada pelos bolsomistas, já é por demais conhecidas de todos os brasileiros. Após a tentativa frustrada, o que denota falta de imaginação dessa direita burra, eles resolveram dar o passo seguinte partindo para a ameaça através da divulgação de uma peça ficcional ao reforçarem a mentira de que um determinado homem mandou mensagem para Manuela D’Ávila acusando-a pelo crime e dizendo para ela “ficar preparada”.

Diante do a inusitado ato de sandice a candidata a vice-presidente resolveu entrar com uma ação junto ao TSE solicitando que policiais federais sejam designados para acompanha-la nos atos de campanha política. O que fica patenteado nestes atos é que a corrupção da direita no país, tem sido o Cupim da República.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Bolsonaro, o fim do 13º salário e o 14º e 15º salários dos Parlamentares/Por Alberto Peixoto

Bolsonaro e seu “capataz” General Hamilton Mourão, querem extinguir o 13º
FOTO: arquivos Googlel

O décimo terceiro salário é uma gratificação ou subsídio que foi instituído em vários países a ser paga aos funcionários, em uma ou mais prestações, conforme a legislação de cada país. Esta gratificação foi instituída no Brasil, no governo de João Goulart através da Lei 4.090 de 13 de julho de 1962 e regulamentada pelo Decreto 57.155 de 3 de novembro de 1965. Esta gratificação deve ser paga em duas parcelas até o fim do ano e seu pagamento deve ser feito com referência ao mês de dezembro.

Infelizmente, o candidato “nazifascista” – conjunto da doutrina e do sistema de governo próprios do nazismo e do fascismo, considerados como um único bloco ideológico e político – Jair Messias Bolsonaro e seu “capataz” General Hamilton Mourão, querem extinguir este benefício legal.

O pagamento deste benefício não só “salva” o natal dos trabalhadores, como também aquece as vendas no comércio e indústrias garantindo o sucesso de vendas no final de ano. Gera receitas para União, Estados e Municípios além de provocar o “emprego temporário”, às vezes até o primeiro emprego. Na falta deste benefício, os primeiros a serem prejudicados são os empresários, sem o aumento de suas receitas operacionais – entrada de dinheiro no caixa.

Existe uma prática no parlamento brasileiro do pagamento de um 14º e por vezes de um 15º salário – para quem exerceu no mínimo três quartos das sessões, pago em dezembro de cada ano – conhecido também como verba do paletó. O exercício deste ato lúgubre começou a partir da década de 40, e era relacionado ao conceito de representação, como uma ajuda de custo, pago uma vez por ano, não chegando a 30% do salário.

Neste contexto, a “representação” associava-se ao bem vestir. Entretanto, com o passar do tempo, os Gabinetes que tinham em 1982 pouco mais de um servidor, aumentaram de tamanho, e com a adição de outros benefícios como a verba indenizatória e outros, parlamentares ganhavam mais em benefícios indiretos do que com o próprio salário, e a “verba do paletó” se incorporou de tal forma aos rendimentos dos deputados, que se transformou em 14º e 15º salários.

Por que Bolsonaro e seu “capataz” não colocam como projeto de seu governo – claro que #EleNão vai governar nada – a extinção destes benefícios imorais? Por que ele não prega o fim do auxilio moradia para quem tem casa própria, entre outras imoralidades praticadas com o dinheiro do erário?

Alberto Peixoto – Escritor

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Bolsonaro e a sua operação Beco sem Saída/ Por Sérgio Jones*.

Bolsonaro, identificado com o codinome de “Xerife.”
FOTO: Tribuna da Internet

Matéria de autoria do jornalista Luiz Egypto, veiculada em 2011 no Observatório da Imprensa tira a lebre da cartola ao denunciar o racista e homofóbico deputado Jair Bolsonaro que no segundo semestre de 1987, fim da ditadura e já sob o governo civil de José Sarney, período em que os índices sociais não era dos melhores, economia combalida em razão do fracasso do Plano Cruzado, inflação alta, onde grassava forte insatisfação nos quartéis devido à política de reajustes dos soldos dos militares.

O facínora Jair Bolsonaro, arquétipo de capitão do Exército da ativa, na época cursava a Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO) e morava na Vila Militar, na Zona Norte do Rio. Em setembro de 1986, assinara ele, artigo na revista Veja no qual protestava contra os baixos vencimentos dos militares. Por isso o indigitado militar foi preso. A sua punição provocou protestos de mulheres de oficiais da ativa – que, ao contrário dos maridos, podiam sair em passeata sem correr o risco de serem presas.

Como todo “bom fascista” rapidamente tornou-se fonte da revista Veja, órgão de imprensa não menos fascista. No início de 1987 a repórter Cassia Maria foi destacada para repercutir o ocorrido. No local conversou com Jair Bolsonaro, que estava acompanhado de outro capitão e da mulher deste.

Em sigilo, a mulher do militar contou à repórter – e depois Bolsonaro e seu colega confirmaram – que estava sendo preparado um plano batizado de “Beco sem saída”. O objetivo era explodir bombas de baixa potência em banheiros da Vila Militar, da Academia Militar de Agulhas Negras, em Resende (RJ), e em alguns quartéis. A intenção do militar delinquente e insubordinado era externar a clara insatisfação da oficialidade com o índice de reajuste salarial que seria anunciado dentro de poucos dias. E com a política para a tropa do então ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves – que teria sua autoridade seriamente arranhada com os atentados: “Serão apenas explosões pequenas, para assustar o ministro. Só o suficiente para o presidente José Sarney entender que o Leônidas não exerce nenhum controle sobre a tropa”, ouviu a repórter de Ligia, mulher do colega de Bolsonaro, identificado com o codinome de “Xerife.”

A repórter havia apurado uma bomba. O único ato consciente ou inconsciente da famigerada revista foi em romper o silêncio e quebrou o pacto de sigilo com a fonte. Segundo consta a história toda foi contada nas páginas 40 e 41 da edição 999 (de 27/10/1987) da revista. A repórter anotou em seu relato: “‘Temos um ministro incompetente e até racista’, disse Bolsonaro a certa altura. ‘Ele disse em Manaus que os militares são a classe de vagabundos mais bem remunerada que existe no país. Só concordamos em que ele está realmente criando vagabundos, pois hoje em dia o soldado fica o ano inteiro pintando de branco o meio-fio dos quartéis, esperando a visita dos generais, fazendo faxina ou dando plantão’. Perguntei, então, se eles pretendiam realizar alguma operação maior nos quartéis. ‘Só a explosão de algumas espoletas’, debochou Bolsonaro. Depois, sérios, confirmaram a operação que Lígia chamara de Beco sem Saída. ‘Falamos, e eles não resolvem nada’, disseram. ‘Agora o pessoal está pensando em explorar alguns pontos sensíveis.

O candidato meliante sem demonstrar qualquer tipo de sentimento digno de um ser humano, detalha de forma minuciosa sobre como construir uma bomba-relógio. O plano dos oficiais era manifestar a insatisfação com os salários e criar problemas para o ministro Leônidas.

Demonstrando um elevado grau de instabilidade emocional, o capitão pediu a repórter para que a mesma não publicasse nada sobre a conversa mantida entre eles. Tentando manter a verdade dos fatos, prática muito comum que sempre tem norteado a sua sórdida vida recheadas de complexos e sentimento de culpa. Protágoras pregava: Ser o homem a Medida de todas as coisas. Conceito que não se aplica a este fascista dos trópicos,

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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O ódio de Bolsonaro

Fé na vida, fé no homem, fé no que virá, nós podemos tudo, nós podemos mais, vamos lá fazer o que será!
FOTO: O Cafezinho

O presidenciável racista, ditador, misógino, preconceituoso, homofóbico e violento Jair Bolsonaro, dissemina o ódio e agride as pessoas, principalmente se for mulheres, negros, pobres ou homossexuais, deixando a atmosfera carregada com sua energia negativa e de baixa frequência.

Faz parte do projeto de governo deste fascista, a legalização do porte de arma. Ora, se a violência extrapolou índices acima de valores nunca visto neste país, não é armando a população que vai se conseguir reduzir a violência. Não se consegue combater a violência com violência. O máximo que ele pode conseguir é uma guerra civil, principalmente em um país onde o crime organizado está mais organizado do que as Forças Armadas.

O mais incrível é que pessoas que se dizem Cristãs, apoiam este energúmeno acéfalo. Jesus Cristo morreu na cruz pedindo ao Pai que perdoasse os seus algozes: “Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem” – suplicou Jesus. Pelo comportamento destes falsos Cristãos – ou Cristãos desorientados – seriam capazes de matar Cristo em nome de Cristo. É incrível como estes indolentes hipócritas usam a religião para ganhar votos.

Mais incrível ainda é saber que, após a mensagem do candidato Jair Bolsonaro de que não precisa do voto de negros, homossexuais, mulheres, pobres, nordestinos e indígenas, boa parte desta parcela da sociedade, ainda vota neste obtuso.

Como se pode observar, é possuidor de transtornos mentais e um transtorno mental não é algo que seja possível simplesmente superar. Está sempre a agredir negros, pobres, mulheres, nordestinos e a todos que não se adequem aos seus pensamentos de mentecapto ao último nível de irresponsabilidade.

As mulheres porque engravidam e menstruam, segundo ele, são seres inferiores e devem ganhar um salário menor do que os homens. Não sei por que este misógino tem tanta raiva das mulheres! Por onde será ou por qual órgão ele saiu do ventre de sabe-se lá o quê? Talvez filho de chocadeira.

Não importa a cor da pele, nem se os olhos são azuis ou verdes e muito menos se o cabelo é liso ou encrespado. Ou se nascemos no Norte ou no Sul, no Nordeste ou no Leste. Somos todos gente e filhos do mesmo Deus.

Mesmo assim, brasileiros, vamos tomar como tema de nossa “correria” a letra da música “Nunca Pare de Sonhar” da autoria de Gonzaguinha. Segue um trecho da letra muito adequado para este momento de turbulências social e política: “[…] para não ter medo que este tempo vai passar. Não se desespere, nem pare de sonhar, nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs. Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar, fé na vida, fé no homem, fé no que virá, nós podemos tudo, nós podemos mais, vamos lá fazer o que será![…]”

Que nesta reta final de campanha política, não haja mais derramamento de sangue. Que os “desesperados” procurem ser mais civilizados. Deixem a barbárie trancada no armário.

#EsteCabruncoNão

Alberto Peixoto – Escritor

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Manifestações contra o fascista Bolsonaro se alastra pelo Brasil / Por Sérgio Jones*

Truculência contra as mulheres
FOTO: arquivos Google

Em diversas capitais e interiores brasileiros, e até mesmo no exterior, estão sendo orquestradas diversas manifestações contra, o candidato fascista de direita Jair Bolsonaro.

“Mulheres contra Bolsonaro” e “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” embora sejam os principais motes, os eventos são apoiados por pessoas de todos os gêneros, com milhares de homens confirmando presença ou mesmo apoiando o protesto.

A questão de gênero, forte quando o assunto é o político que se tornou conhecido pelos ataques à dignidade e aos direitos das mulheres, comunidade LGBT, indígenas e quilombolas e outros. Mas começam a surgir outros movimentos de segmentos que se intitulam como “todos contra Bolsonaro”.

Ao que tudo indica cresce os protestos contra o candidato de extrema-direita, que segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, deste o último dia 7, após ser esfaqueado durante campanha nas ruas de Juiz de Fora (MG) .A ação cresce de forma exponencial, tendo os movimentos coletivos se espelhado por todo interior do país. e deverão atingir o seu ponto mais agudo neste próximo sábado (29), quando acontecerão ao longo de todo o dia.

O ato de repúdio que de início tinha um cunho feminista, ganhou força no último final de semana. A comunidade “Mulheres Unidas contra Bolsonaro, que chegou a reunir quase 2 milhões de participantes no Facebook, foi alvo de ataque. Na madrugada do domingo, a página foi derrubada. Coincidência ou não, a campanha do candidato comemorava nas redes sociais o apoio recebido por um grande grupo de mulheres. A queda da página impulsionou a resistência contra o candidato, que tomou conta das redes sociais com a hashtag #EleNão.

Mas, ao que tudo indica, o feitiço está se voltando contra o feiticeiro. Os protestos agendados já atravessam fronteiras, mulheres brasileiras em vários países e continentes: Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Portugal e Estados Unidos já marcaram hora e local para a realização de protesto que deverá ficar registrados nos anais da história brasileira como um dos mais bem articulados não só no Brasil como no mundo. Bolsonaro é avaliado como um dos candidatos fascistas que diz odiar a tirania apenas para que possa estabelecer a sua.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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O que existe de semelhante entre Bolsonaro e o nazi-fascismo / Por Sérgio Jones*

Estes tipos têm surgido de forma messiânica fazendo promessas que jamais se cumprirão
FOTO: arquivos Google

Ao longo da história da humanidade sempre existiram pessoas oportunistas, que em época de crise econômica e social, tentam obter vantagens de forma despudorada ao se aproveitar da anarquia reinante. Estes tipos têm surgido de forma messiânica fazendo promessas que jamais se cumprirão, aumentando de forma significativa o fosso social existente. Este momento de descredito político pelo qual atravessa o Brasil, se torna terreno fértil para tipos como o candidato Bolsonaro (PSL) que encarna muito bem no papel de figurante de correntes políticas nazista e fascista.

Prometendo soluções para a crise, tal qual como Hitler e Mussolini, O Bolsonaro tenta assumir o poder inspirado em ideologias que tiveram grande impacto, alguns terríveis, para humanidade. Importante observar que os ditadores citados é o que se pode denominar de déspotas esclarecido, o que não se aplica ao capitão das cavernas. Figura bizarra de um modelo tupiniquim que tenta surfar no descontentamento de uma massa de seres ignaros que acreditam estupidamente que se combate a violência com a violência. Buscando atalhos para tentar resolver antigos problemas com velhas soluções.

Este elemento insano abraça uma ideologia na qual acredita na guerra como fator de grandeza e prosperidade. Assim, a sociedade só consegue se desenvolver quando governada ou guiada por conceitos incorporados na cultura, na doutrina ou no sistema militares. Exalta a nação, de uma forma exagerada. Toda a política interna está ligada ao desenvolvimento do poder nacional. Esta ideologia vem carregada de autoritarismo, esforços para a redução ou proibição da imigração, expulsão e opressão de populações não-nativas dentro da nação ou de seu território e se utiliza de forma sistemática o lado emocional das pessoas mais vulneráveis.

Defendem a existência de um só partido. Para fazer valer este princípio passam a dominaram o poder executivo e judiciário, enfraquecem o poder legislativo, perseguem políticos opositores e implantam regimes ditatoriais em seus países. Em seguida buscam controlar a mídia, o que de certa forma já ocorre no Brasil, exercem forte repressão política contra a imprensa ou qualquer manifestação contrária ao regime.

Outra característica marcante é desenvolver a prática do culto ao líder, visando construir a imagem de um governo forte e onipotente. Desprezam ideologias com viés de esquerda, o que implica dizer que são contra greves, movimentos operários e sindicatos…Sintomas estes que já se manifesta no país e que tem ganhado forte visibilidade.

A questão do racismo se apresenta com certa virulência ao disseminarem o ódio a todos aqueles que não pertençam à raça, no nosso caso especifico, dos ricos em sua grande maioria formada por pretensos caucasianos portadores de características físicas e biológicas que diferem da maioria do povo brasileiro. Procurando desta forma satanizar os considerados impuros, lenientes e preguiçosos: pretos, índios, mulheres, homossexuais, e em especial os menos favorecidos por um sistema desigual, os pobres.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com

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Eleição Democrática do Terror/Por Frei Betto

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros

Ele nada entendia da situação real do país. Nem demonstrava interesse por ela, embora atuasse ativamente na política. Por isso não gostava de ser questionado, irritava-se diante das perguntas como se fossem armas apontadas em sua direção. Não queria que a sua ignorância se tornasse explícita.

Ser estranho, ele tinha olhos alucinados afundados nas órbitas, lábios espremidos, gestos cortantes. Todo o seu corpo era rígido, como se moldado em armadura. Ao ficar na defensiva, parecia uma fera acuada. Ao passar à ofensiva, a fera exibia garras afiadas e de suas mandíbulas pingava sangue.

Sua fala exalava ódio, rancor, preconceito. Aliás, não falava, gritava. Não sabia sorrir, tratar alguém com delicadeza, ter um gesto de cortesia ou humildade. Evitava ao máximo os repórteres. Julgava suas perguntas invasivas. E temia que a sua verdadeira face antidemocrática transparecesse em suas respostas.

Educado em fileiras militares, aprendera apenas a dar e cumprir ordens, enquadrar quem o cercava e ultrajar quem se opunha às suas opiniões. Jamais aceitava o contraditório ou praticava um mínimo de tolerância. Considerava-se o senhor da razão.

A nação estava em frangalhos, mergulhada em crise ética, política e econômica, e o horizonte da esperança espelhado em trevas. Pelo país afora havia milhares de desempregados, criminalidade generalizada, corrupção em todas as instâncias de poder. O câmbio disparara, a moeda nacional perdia valor, o descontentamento era geral. O governo carecia de credibilidade e se via cada vez mais fragilizado. O povo clamava por um salvador da pátria.

Jovens desesperançados viam nele um avatar capaz de inaugurar a idade de ouro. Era ele o cara, surfando na descrença generalizada na política e nos políticos. O Executivo se debilitara por corrupção e incompetência, o Legislativo mais parecia um ninho de ratos, o Judiciário se partidarizara submisso a interesses escusos.

Ele se dizia cristão, e se considerava ungido por Deus para livrar o país de todos os males. Advogava soluções militares para problemas políticos. Movido pela ambição desmedida, se apresentou como candidato à eleição democrática para ocupar o mais alto posto da República, embora ostentasse a patente de simples oficial de baixo escalão do Exército.

De sua oratória raivosa ressoava o discurso agressivo, bélico, insano. Haveria de modificar todas as leis para implantar uma ordem marcial que poria fim a todas as mazelas do país. Eleito, seria ele o comandante-em-chefe, e todos os cidadãos passariam a ser tratados como meros recrutas obrigados a cumprir estritamente as suas ordens.

Prometia fortalecer o aparato policial e as Forças Armadas. Sua noção de justiça se resumia a uma bala de revólver ou a um tiro de fuzil. Eleito, excluiria da vida social um enorme contingente de pessoas consideradas por ele sub-humanos e indesejáveis, mulheres, homossexuais, trabalhadores em luta por seus direitos e comunistas. Todos que se opunham às suas opiniões eram por ele apontados como bodes expiatórios da desgraça nacional.

Seu mandato presidencial haveria de trazer a era de fartura e prosperidade. Reergueria a economia e asseguraria oportunidades de trabalho a todos. Exaltaria os privilégios do capital sobre os direitos dos trabalhadores. Aqueles que o seguissem seriam felizes, e livres para sobrepor a lógica das armas ao espírito das leis. Os demais, excluídos sumariamente do convívio social.

Enfim, após uma série de manobras políticas e forte repressão às forças adversárias, ele foi eleito chefe de Estado. A nação entrou um júbilo. O salvador havia descido dos céus! Ou melhor, brotado das urnas.

Tudo isso aconteceu há 85 anos, em 1933. Na Alemanha alquebrada pela derrota na Primeira Grande Guerra. O nome dele era Adolfo Hitler.

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.

 

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Brasil: o País dos golpes!/Por Alberto Peixoto

A Proclamação da República foi um golpe militar que depôs o Imperador D. Pedro II

Segundo alguns analistas políticos, há grandes possibilidades de Haddad vencer as eleições e não tomar posse, porque um novo golpe voltará a implantar a ditadura militar no país, apoiado pela direita fascista composta pelos “coxinhas” e a Rede Globo, que – conforme podemos ler em detalhes no Livro “O Quarto Poder” de Paulo Henrique Amorim – nasceu de uma ilegalidade.

Para os analistas políticos, é fundamental que o povo vá para as ruas, já, lutar pela democracia. Após as eleições pode ser muito tarde. Foi noticiado no site Brasil247, que este golpe já está em marcha, com roteiro estabelecido pelo general Villas Bôas, que já admite a derrota da Direita nas urnas.

O golpe de 1964 destruiu famílias, desapareceram pessoas, a tortura reinava nos quarteis e até a MPB foi censurada severamente. As letras das músicas antes de serem gravadas, tinham que ser aprovadas conforme o entendimento dos censores da ditadura, criados pelo Ato Institucional Nº 5 (AI 5). Gilberto Gil e Caetano Veloso foram presos e exilados (1969) quatorze dias após a criação do AI 5, porque as letras de suas músicas – juntamente com as de Chico Buarque – procuravam abrir os olhos das pessoas quanto ao que estava acontecendo no país.

Se um golpe de Estado é definido como aniquilação da ordem institucional, podemos afirmar que desde 7 de setembro de 1822 até os dias de hoje no Brasil ocorreram 10 golpes. 1º “A Noite da Agonia”: dissolução da assembleia Constituinte em 1823; 2º “O Golpe da Maioridade”: Período Regencial; 3º “Proclamação da República”: 15 de novembro de 1889; 4º “Golpe de 3 de novembro de 1891”: Com a finalidade da criação da Constituição Brasileira; 5º “O Curioso caso de Floriano Peixoto”: Primeira Revolta da Armada; 6º “Revolução de 1930” : um Golpe de caráter Civil-Militar (Era Vargas); 7º “Estado Novo” (1937): Intentona Comunista; 8º “Deposição de Getúlio Vargas em 1945”; 9º “31 de março a 1º de abril de 1964”: Golpe de 1964; 10º “Golpe de 2016”: Impeachment de Dilma Rousseff.

Quanto a Rede Globo, que sempre foi um veículo de desinformação dos brasileiros e sempre subserviente a quem bem lhe conviesse, o Livro o Quarto Poder (PHA) conta como o governo ditador de Artur da Costa e Silva (1967-1969), comprou a aparelhagem no exterior para os Marinhos modernizarem a emissora que era o carro chefe da ditadura.

Portanto, é preciso que a esquerda brasileira se una e fique atenta para as atitudes deste candidato fascista, que do hospital admitiu sua derrota em um vídeo veiculado no último domingo (16). O moribundo esgoelou-se pelo golpe após as eleições.

VADE RETRO. #ELENÃO.

Alberto Peixoto – Escritor

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Mulheres lançam carta de repúdio a Bolsonaro/ Por Sérgio Jones*

O grito de protesto das MULHERES
FOTO: arquivos Google

O tratamento desrespeitoso associado ao culto à violência adotada pelo candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) dispensado aos negros, indígenas, homossexuais e em especial às mulheres acabou servindo de motivação para que um grupo de Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, em menos de uma semana, conseguisse reunir mais de um milhão de integrantes.

Dando prosseguimento e demonstração de total repúdio ao candidato, o grupo publicou e enviou para a imprensa uma carta atacando a campanha de ódio perpetrada pelo ex – capitão, que ao longo de sua trajetória política tem demonstrado total desequilíbrio de suas faculdades mentais. Ao adotar um comportamento considerado indigno, para quem se propõe a governar um país da importância que o Brasil tem no cenário mundial.

Eis o teor na íntegra da carta

O Brasil vive um momento especialmente dramático de sua história. Nas eleições mais conturbadas após o fim da Ditadura Civil Militar assistimos perigosa afirmação, por um dos candidatos à Presidência, de princípios antidemocráticos, expressos num discurso fundado no ódio, na intolerância e na violência.

Se a posição deste candidato era pública, tendo sido reiteradamente manifesta ao longo dos 27 anos em que vem atuando na Câmara Federal, causa perplexidade a adesão a tais princípios por parte significativa da sociedade brasileira.

O tratamento desrespeitoso dirigido às mulheres, aos negros, indígenas, homossexuais, o culto à violência, a agressão contra adversários, a defesa da tortura e de torturadores, constituem manifestações que devem ser combatidas por aqueles que acreditam nos princípios civilizatórios que possibilitam a existência de uma sociedade democrática e plural.

Neste contexto, nós, mulheres, vítimas de agressões e desqualificações por parte deste candidato, viemos à público expressar nosso mais veemente repúdio aos princípios por ele defendidos, conclamando a população brasileira a se unir na defesa da democracia, contra o fascismo e a barbárie.

Somos muitas, para além de UM MILHÃO que integra este grupo. Defendemos candidatos e candidatas distintas dos mais diferentes matizes político-ideológicos. Temos experiências e visões de mundo diversas, assim como são distintas nossas idades, orientação sexual, identidades étnico-raciais e de gênero, classe social, regiões do país em que vivemos, posições religiosas, escolaridade e atividade profissional.

Na verdade, nos constituímos como coletivo a partir de uma causa comum, expressa nesta carta: rejeição à práticas política do candidato e aos princípios que a regem. Nos constituímos nas redes sociais, unidas numa corrente crescente e ativa, pela necessidade de tornar pública nossa posição no exercício da cidadania e participação, a partir da identidade feminina que nos congrega.

Nós, mulheres, historicamente inferiorizadas e marginalizadas, sujeitas a toda sorte de violência e desrespeito, recusamos hoje o silêncio e a submissão, herdeiras de uma luta há muito travada por mulheres que nos antecederam.

Somos aquelas que constituem a maioria do eleitorado brasileiro, ainda que sub- representadas na política partidária. Somos aquelas que, gestando e alimentado novas vidas, defendemos o direito de todos e todas a uma vida digna.

Somos aquelas que, temendo pelas nossas vidas, pelas vidas de nossos filhos, filhas, companheiros e companheiras, diante da violência que assola e corrói a sociedade brasileira, somos contra a liberação do porte de armas, que só irá piorar o já dramático quadro atual.

Somos aquelas que, recebendo salários inferiores, com menor chance de contratação e progressão nos espaços de trabalho, entendemos que cabe aos governantes, à semelhança do que já ocorre em muitos países, construir políticas de igualdade salarial entre homens e mulheres.

Somos aquelas que, vítimas de assédio, estupro, agressão e feminicídio, defendemos o direito à liberdade no exercício da vida afetiva e sexual, demandando do Estado proteção e punição aos crimes contra nós cometidos.

Somos aquelas que protestam contra a perseguição e violência contra a população LGBTO, porque entendemos que cada ser humano tem direito a viver sua identidade de gênero e orientação sexual.

Somos aquelas que se insurgem contra todas as formas de racismo e xenofobia que defendem um país social e racialmente mais justo e igualitário, que respeite as diferenças e valorize as ancestralidades.

Somos aquelas que combatem o falso moralismo e a censura de expressões artísticas, que defendem a livre manifestação estética, o acesso à cultura em suas múltiplas manifestações.

Somos aquelas que defendem o acesso à informação e a uma educação sexual responsável, através de livros, filmes e materiais que eduquem as crianças e jovens para o mundo contemporâneo.

Somos aquelas que defendem o diálogo e parceria com escolas, professores e professoras na educação de nossos filhos e filhas, sustentado na laicidade, no aprendizado da ética, da cidadania e dos direitos humanos.

Somos aquelas que querem um país com políticas sustentáveis, que respeitem e protejam o meio ambiente e os animais, que garanta o direito à terra pelas populações tradicionais que nela vivem e trabalham.
Somos muitas, somos milhões, somos:

#MULHERES UNIDAS CONTRA BOLSONARO CONTRA O ÓDIO, A VIOLÊNCIA E A INTOLERÂNCIA.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Petistas na dianteira dos votos em Santa Catariana onde Bolsonaro lidera/ Por Sérgio Jones*

A onda vermelha já chegou
FOTO: arquivos Google

Ibope e Datafolha apontam Santa Catarina como um dos Estados mais conservadores da federação brasileira. O que o coloca em total contraste com os demais Estados brasileiros no que concerne a liderança das intenções de votos do ex-presidente Lula, antes da decretação de impedimento de sua candidatura.

O que se apresenta como um fato curioso neste tabuleiro político local é que o mesmo eleitorado conservador que prefere, em sua maioria, a extrema-direita depositando suas intenções de voto presidencial em Jair Bolsonaro (PSL), este mesmo eleitorado coloca o petista Décio Lima na dianteira para a eleição de governador.

Os que se posicionam contra qualquer tipo de mudança e defendem a continuidade são os mesmos que de forma eufemística gostam de classificar Santa Catarina como uma ilha utópica ao afirmarem ser o local como o melhor lugar para se viver no Brasil.

Se prendem neste argumento destacando os reduzidos índices de criminalidade existente o que por extensão coloca a questão da segurança pública na condição de segunda mais eficiente em todo o território. De acordo com o volume do PIB nacional, como a sexta maior geradora de recursos para a federação.

O que tais defensores esquecem, de forma proposital, é destacar que a maior parte da riqueza produzida concentra-se em mãos de latifundiários, mega- empresários e de oligarquias existentes. E que toda tipologia de corrupção está umbilicalmente associada tanto à coisa pública como privada. O que faz com que apenas um empresário possa lucrar milhões e acumular para si todo o valor de um trabalho coletivo.

A desigualdade econômica também se manifesta de outras formas a começar pelo elevado número de outdoors de Jair Bolsonaro fixados nas principais ruas e avenidas o que deixa transparecer de forma cristalina os consideráveis e elevados investimentos de seus seguidores.

De acordo com o autor da matéria publicada por Carta Capital, Murilo Matias, chama à atenção para o seguinte fato ocorrido durante a realização da caravana de Lula no Sul em seus últimos dias de liberdade. “O bloqueio de estradas, as ameaças e agressões tiveram em Chapecó uma síntese das tensões quando da passagem da comitiva do ex-presidente pelo centro do município. O ato que iniciou com xingamentos, arremesso de pedras e objetos sob a conivência da polícia terminou com Lula sendo levado e ovacionado nos braços do povo até seu hotel em uma emocionante reviravolta”.

Diferentemente de seu adversário que procurou imitá-lo, de forma canhestra em Juiz de Fora, Minas Gerais, e por pouco não teve a vida ceifada ao ser esfaqueado. O que literalmente podemos afirmar que a farsa terminou em tragédia.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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