Há quem afirme que este ser ignaro, conhecido como Bolsonaro, sofre de desvio de personalidade, o que eu profundamente discordo. Ele só poderia sofrer ou ter traços desta patologia, se restasse nele algum tipo de personalidade. O que acredito que a natureza, sabiamente, lhe negou.
Mas vamos aos fatos que envolvem este ser bizarro que, para a infelicidade do povo brasileiro, foi catapultado para assumir a presidência na Nação. Erro fatal cometido pelo povo que está sempre a acreditar na existência de um “Salvador da Pátria”. Consta que entre o período de 1987 e 1988, Bolsonaro foi julgado duas vezes sob a acusação de “ter tido conduta irregular e praticado atos que afetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe”.
Houve julgamento militar em que foi considerado culpado em primeira instância, em janeiro de 1988, mas como nada é sério neste país, na última – o STM, em sessão secreta de 16 de junho de 1988, integralmente gravada – Bolsonaro foi considerado não culpado por a 9 a 4.
Posteriormente, um novo laudo da Polícia Federal cravou a culpa do acusado ao proferir a seguinte afirmação: “Não restam dúvidas ao ser afirmado que os manuscritos promanaram do punho gráfico do capitão Jair Messias Bolsonaro”. Logo depois, a pedido do conselho, um quarto exame grafotécnico dos peritos do Exército que fizeram o primeiro laudo não acusatório, acrescentou um “complemento” contrário, afirmando que os caracteres “promanaram de um mesmo punho gráfico”. Quatro exames grafotécnicos, portanto, empatando em 2 a 2.
Em 25 de janeiro, Bolsonaro foi condenado pela unanimidade do conselho com um libelo duro em que se registra “desvio grave de personalidade e uma deformação profissional”, “falta de coragem moral para sair do Exército” e “ter mentido ao longo de todo o processo”.
Comprovado ser possuidor de um comportamento incompatível para o cargo que ocupava, por capricho da natureza, este ser aberrante veio a se tornar Presidente da República do Brasil. Caso muito similar ocorrido com o também boquirroto Fernando Collor de Mello. Mais uma vez nós demos com os burros n’ água. Mas alguém já disse: “A verdadeira sabedoria está até mesmo na compreensão da estupidez”.
Sérgio Jones, jornalista (sergioJones@live.com)