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Pense num absurdo, a Bahia tem precedente – os valorosos fiscais e as incongruências do fisco

“ Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”. Esta é uma verdade incontestável. Vez ou outra, vamos deparar um precedente absurdo na Bahia.

Não foge à regra , o Grupo Ocupacional Fisco baiano, com seus problemas estruturais, e no que se refere à remuneração – salário abaixo de estados menores e economicamente inferiores ao Estado da Bahia, sistema de trabalho deficitário – número reduzido de fiscais – esses insatisfeitos com o acumulo de tarefas em postos fiscais como o Benito Gama ( Vitória da Conquista), o Eduardo Freire ( Mucuri) , o Honorato Viana ( Candeias/Simões Filho), postos com uma amplitude de movimentação de carros, situações que demandam estudo detalhado de cada caso, análise apurada de cada documento , cada nota fiscal , conferência de veículos que requerem uma averiguação mais cuidadosa, lavratura de termo de ocorrência fiscal ( TOF ), termo de apreensão ( TAO), registro de passagem de veículos ,consequentemente , aumenta a carga de trabalho, amplia-se a preocupação e responsabilidade para fechamento das tarefas mensais, com um maior complicativo – situação precária dos postos , praticamente sucateados – faltando quase tudo, do papel de trabalho a material de limpeza, ferramentas de trabalho ( computadores que falham quase sempre) , até cadeiras faltam em alguns postos; outros, o gabinete da SEFAZ resolveu a seu bel prazer , fechá-los, a exemplo do posto fiscal Fernando Presídio ( Juazeiro) e outros lamentáveis fatos , os quais traremos à baila, no transcorrer deste texto.

O Fisco da Bahia destaca-se por ser um dos mais importantes do País , que se reverte de uma necessidade premente para os cofres públicos do Estado – o trabalho dos servidores fiscais , algo que não pode ser preterido, em razão de carrear recursos através receitas tributarias ( cobrança de tributos para fazer face aos inúmeros compromissos assumidos pelo ente governamental ) onde entra a força laboral do preposto de fiscalização, investigador natural do campo fiscal e tributário, que com seu olhar experiente e agudeza de raciocínio , vai logo ao cerne da questão , detecta possíveis ilícitos fiscais tributários , agindo com competência, experiência, preparo técnico funcional , profissionalismo e expertise, adquirida em muitos anos de serviço, fato que o credencia a bem desempenhar suas atividades fiscalizadoras, o fazendo com perfeição, não apenas voltado para cobrança de tributos, tem um vasto repertório de atribuições, responsabilidades, deveres e obrigações atinentes ao cargo . Assim, toda liberdade para decidir o que fazer com a consciência tranquila do dever cumprido e responsabilidade profissional , sem extrapolar seu direito de proceder como representante do Estado, amparado pelo Poder Vinculante , que o impele a agir , conforme o que lhe determina a lei , sem excessos , exageros ou medidas danosas ao contribuinte, cumprir sua atribuição fiscalizadora sem desvio de finalidade, algo que o direciona a proceder de forma isenta e criteriosa , ao fiscalizar o contribuinte, as empresas, de acordo com a sua área de competência e jurisdição.

O Fisco baiano representa um quadro altamente qualificado, servidores experientes, competentes, dinâmicos e eficientes, a maioria dotada de um expressivo cabedal de conhecimento, não apenas na área fiscal e tributária, proficiente, também, em diversas áreas do conhecimento científico, mais de 90 % dos colegas detentores de formação superior , alguns com mestrados ou doutorados, um dos melhores quadros do Fisco brasileiro: Agente de Tributos e Auditor Fiscal, inseridos na Carreira Típica de Estado.

Não é demasiado, pôr em relevo: competentes, experientes, profissionais indispensáveis ao bom funcionamento da Secretaria da Fazenda, com a malha rodoviária extensa: 559.951 km2 , abrangendo oito estados com os quais a Bahia faz fronteira. Teria mesmo que o Fisco ser forte, dinâmico, atuante, experiente, competente, com a expertise de muitos anos de bons serviços prestados à coletividade na área da fiscalização e orientação ao contribuinte.

Os Agentes de Tributos e os Auditores Fiscais formam um quadro de excelência, servidores concursados, mesmo os EX-ANALISTAS – TRANSPOSIÇÃO de 89, tiveram competência para serem aprovados em concurso público, inda que para um cargo diametralmente oposto ao cargo para o qual foram transpostos, tendo apenas em comum com o AF, nível superior de escolaridade. AUDITORES REINTEGRADOS, embora tenham tido competência pra serem aprovados ao cargo , recordemos que o mesmo tinha sido prescrito, quanto ao prazo de validade do concurso. Observem que esses AUDITORES, colhidos em flagrante ilegalidade, alguns já aposentados , outros, não mais pertencentes a este mundo , nada os molestou.

Toda grandiosidade do nosso Fisco, um quadro de servidores dos melhores, muitas vezes elogiado pelo desprendimento, dedicação , competência e profissionalismo, cujo trabalho prima por ser efetuado com imparcialidade, eficiência, excelência e eficácia, daí os resultados satisfatórios auferidos em termo de créditos reclamados, grande número de autuações, pondo em ação o aparato fiscalizador da SEFAZ, corroborado pelas ferramentas de trabalho que mesmo incipientes, facilitam a ação fiscal nos postos e nas repartições fazendárias, efetivo ato preventivo de fiscalização de empresas no Trânsito de Mercadorias e nos estabelecimentos comerciais , trazendo resultados de grande monta para o erário público, coibindo a sonegação fiscal, obrigando os contribuintes a recolherem o ICMS espontaneamente , dotarem sua CONTABILIDADE com o que há de melhor em qualificação contábil, tributaria e investimento em um bom departamento jurídico.

A nota dissonante é que, com todo o brilhantismo, toda a grandiosidade aqui expressada, o Fisco baiano não pode competir com o Fisco de outros estados no que diz respeito à percepção remuneratória. Amarga uma ínfima posição no ranque dos fiscos que melhor pagam aos seus servidores fiscais , percebendo salários inferiores aos dos colegas de outros estados , perdendo até para estados territorialmente menores e economicamente inferiores a Bahia, propiciando assim , fuga de competentes, bons, excelentes profissionais , bem preparados, aptos a lograrem êxito em qualquer certame público que prestarem provas ( os concurseiros , acostumados à lide dos concursos públicos) para outros estados que pagam salários superiores aos da Bahia.

Viveu a Bahia, momentos de apogeu, que alavancou o crescimento das ações governamentais, com o olhar mais voltado para o Fisco. Construiu- se alguns postos fiscais Bahia afora. Muito dinheiro fora gasto com construção, embelezamento, remodelação dos postos de fronteira e intermediários.

Com isso, deu-se o implemento de modernização dos postos fiscais, ampliação dos mesmos, construção de outros, englobando os postos fiscais de fronteira e os postos intermediários mencionados , com foco nas principais cidades da Bahia, onde o Benito Gama, Vitória da Conquista , malha rodoviária extensa na BR 116 – Rio Bahia, destaca-se por ser um verdadeiro posto fiscal-escola, por onde passa centenas de caminhões e carretas diariamente, uma amplitude de situações fiscais de difícil solução, que requerem análise detalhada de notas fiscais, conferência de veículos e mercadorias, cada situação uma mais difícil do que a outra, que demanda análise minuciosa de cada documento, de cada de nota fiscal , de forma firme , segura , em tempo curto , a fim de decidir se é devida ou não a autuação.

Viu-se de tudo, no tempo de Benito Gama, a construção dos postos, o crescimento da arrecadação , tanto espontânea , quanto autuada , as reestruturações ou ampliação de carreiras já existentes. Tinha-se Fiscal de Rendas e Fiscal de Rendas Adjunto, juntados à carreira de Auditor Fiscal, em 1981 , os APOSTILADOS, quando a porteira fora aberta, por onde entrou para o quadro da Secretaria da Fazenda, alçados a auditores fiscais, balanceiros, motoristas, e até uma servidora de café.

Poder-se-ia dizer que as reestruturações acima descritas, feriu a Constituição Federal por inconstitucionalidade? Resposta negativa, por tratar-se de carreiras semelhantes, com um adendo: à época, não era vedado pela Constituição juntar-se carreiras semelhantes ou não, à nova carreira. Quanto à junção de carreiras cujos cargos não guardavam nenhuma semelhança com o cargo que se unificou , atropelando o ordenamento Pátrio, no caso, os EX-ANALISTAS , pertencentes a uma carreira que não tinha nada em comum com a de Auditor FISCAL, a não ser , a formação superior. A resposta é: “ chapada inconstitucionalidade ‘‘ por transposição.

Ouviu-se o galo cantar: ”Trem da alegria , não “.

Ora, demonstramos, indubitavelmente, o que foi transposição. O que de fato, caracterizou o vergonhoso mega metrô da alegria! Quem tem telhado de vidro, não apedreja o telhado do vizinho, em se falando de uma instituição cocha de retalhos que abriga — EX-ANALISTAS, REINTEGRADOS, EX-AGENTES DE TRIBUTOS E APOSTILADOS.

Dos postos intermediários, apenas o Honorato Viana, sobrevive, e podemos considerá-lo posto de fronteira em relação ao Porto de Aratu, entreposto de exportação e importação de mercadorias.

O Honorato é a vitrine e vidraça de Salvador, onde tudo gravita em torno dele pela proximidade da capital do Estado , relevante como o segundo posto fiscal em incremento de arrecadação ( créditos reclamados , número de autos e notificações fiscais lavrados), agora com o intercâmbio – Agente de Tributos com Agente de Tributos – Central de autuação.

Seria uma lista imensa, listar os precedentes de negatividade que gravitam em torno do Fisco , no âmbito da Secretaria da Fazenda da Bahia. Sabe- se que os plantões noturnos são por lei escalonados , na proporção 1X3, assim o é, na Polícia Militar, na Polícia Civil, no Corpo de Bombeiros, na Polícia Federal, na Polícia Rodoviária Federal, nos plantões de hospitais, nos plantões das empresas de segurança, etc., a Bahia é o único estado da União , em que os plantões fiscais são na proporção 1X2.Isso é confisco , que já pendura há mais de três décadas.

Não para por aí, o repertório de “malvadezas ” . O Honorato Viana, como exemplificamos, o segundo posto fiscal em importância do Estado, padece uma situação precária : sistema de fiscalização defasado , internet lenta, instável , impressoras apresentando vez ou outra, problemas de funcionamento : ora trava, não se imprime nada, nem pode se tirar xerox dos documentos fiscais .

Trabalhar no Honorato, é dose para leão, é fazer das tripas coração , é sofrer as agruras de um posto fiscal com um sistema de internet precário como já explicitado ( a OI, ainda do tempo de Rodolfo Tourinho ), do qual herdamos do governo de Paulo Souto, na gestão de Tourinho , como Secretário da Fazenda, o investimento em tecnologia, hoje totalmente defasado, mesmo assim, aprimorado pelo saudoso Auditor Fiscal , Marcos Valentino , o mentor , idealizador e mola propulsora que pôs em funcionamento a COE ( Central de Operações Especiais) que foi deixada à míngua , até morrer de inanição.

Alertamos para a dificuldade de se estacionar os caminhões e as gigantescas carretas que diariamente transitam pelo posto, cujos motoristas convivem com a pouca estrutura, a precariedade mesmo, do ambiente de fiscalização — reclamam da buraqueira, do espaço diminuto, (apertado ) para estacionar os carros, algo que é uma triste realidade do Honorato Viana. O pátio de estacionamento com o tempo , de fato, ficou pequeno , para a grande quantidade de veículos que circulam pelo posto .

Verdade que o Honorato foi construído há mais de trinta anos, quando a situação era outra , que não demandava a quantidade de veículos que hoje transita pelo posto.

As dificuldades vão se juntando umas às outras. Temos que rogar a São Pedro , para que não chova, porque quando chove , a internet cai por dois ou mais dias, agravando-se ainda mais, nos finais de semana , quando falta luz no módulo de saída e no módulo de entrada, e algumas vezes, culminando até, com falta de água.

E parece coisa, combinada como o mau fado: No primeiro dia de plantão, deparei problema no dormitório, segundo quarto à esquerda , o ar condicionado não estava funcionando a contento. Só fazia ventilar. Coisa que tive o desprazer de conviver, desde 27 de janeiro deste ano, dormindo com um calor infernal, somado à festa do zum-zum das muriçocas. O técnico que foi averiguar o problema, diagnosticou que trata-se apenas de falta de gás no aparelho. Não esquecendo que no módulo de saída, o ar condicionado ficou um bocado de tempo sem funcionar.

Outro ponto negativo que nos aflige e nos deixa aflitos ante o perigo de sermos picados por alguma serpente venenosa, é o convívio com cobras. Algumas de alta periculosidade foram encontradas quase adentrando as portas dos quatros do dormitório, perto do refeitório , ou nas imediações do pátio, onde estacionamos nossos veículos .

Pensam que parou por aí, o repertório de coisas negativas, ( danosas) para nossa saúde financeira. Percebemos o Adicional Noturno de 30 horas mensais, quando o correto seria 60 horas mensalmente.

Querem mais ” malvadezas”? Vejamos: O Honorato Viana, o Benito Gama, são os únicos postos fiscais em que se paga pra trabalhar. Há mais três anos, não recebemos diárias para custear gastos com pedágio, combustível e alimentação.

“Triste Fisco baiano”!

Jucklin Celestino Filho

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Revista Òmnira Homenageia Mãe Menininha do Gantois

130 Anos da Iyalorixá mais Famosa do Brasil

A revista de Literatura & Arte angolana Revista Òmnira, homenageará a brasileira/baiana “Mãe Menininha do Gantois” a Iyalorisá mais famosa do Brasil, que está retratada na capa pelo artista plástico brasileiro Raimundo Santos Bida a publicação que é capitaneada pelo jornalista e editor brasileiro Roberto Leal chega a sua 18 edição.

Participações brasileiras: Poetas Airton dos Reis Junior (MT); Audelina Macieira; Baco Marcos Figueiredo SilvaDarlan Zurc (SP); Edvaldo Rosa (SP); Italva Cruz; Jovina Souza; Negra Luz (ES); Paula Gusmão (SP); Raimundo MouraTatiana Deiró. Jornalista e escritor Carlos Souza Yeshua; escritores Alberto Peixoto; Luiz Eudes; Georgina Brito; escritora e tradutora Glória Terra; professora e escritora Margarete Carvalho; professor e escritor Raymundo Luiz Lopes; MC Urubu, jornalista Reynivaldo Brito e tantos outros.

Participação dos angolanos: o jurista e escritor Fernando Dhyakafunda; poeta e activista cultural Ismael Farinha, dos poetas Cristina Braça, Eduardo Tchandja e Thaini Delgado dentre outros. A publicação será lançada em Março em data a ser divulgada, no Centro Cultural Casa de Angola na Bahia.

A revista Òmnira tem apoio e a parceria da UBESC – União Baiana de Escritores e Movimento Literário Kutanga/Angola, na sua próxima edição estará trazendo a história de vida de Tereza de Benguela. Interessados em contribuir, e aqueles interessados em publicar, favor entrar em contacto.

Mais informações: +55 71 98736 9778 (WhatsApp).

E-mail: ubesc2013@yahoo.com.br. 

WhatsApp: +55 71 98736 9778

Fonte: ASCOM/Revista Òmnira

Arte capa: Raimundo Santos Bida

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Mediateca de luanda será palco do lançamento do livro “Prelúdio” do poeta angolano Ismael Farinha

O poeta e activista cultural angolano Ismael Farinha, estará lançando seu primeiro livro solo “Prelúdio: Dito interdito”, Editora Azul – 68 páginas, kz 5.000. No próximo dia 27 de Fevereiro (terça-feira), ás 17 horas, na Mediateca de Luanda (Largo das Escolas, 1º de Maio).

A obra tem apresentação do escritor e jurista Mabanza Kambaca. com capa e ilustrações do artista plástico cabo verdiano Moustafa Assem. E é espelhada por temas do quotidiano e recheada de aventuras poéticas que envolvem uma forma muito pessoal, obedecendo o prelúdio da humanidade, bem dito, liberto e Continental. Foi ali onde tudo começou, “teria nascido lá a poesia também?”. “A arte de declamação começou em África por conta da oralidade no Continente, aliás, importante realçar que o conhecimento sempre foi e é passado por esta via, os chamados Griots tem a fama se ter este traquejo. No Mali, Egipto entre outras partes do Continente”, disse Farinha.

É uma obra que tem 40 poesias, que apresentam um desconhecido desenrolar de versos capazes de confrontar a originalidade técnica, mostrando o saber de uma vasta cultura linguística do seu criador. Ademais, utiliza uma expressão de amor muito forte, no sentido bem diferente do que nós costumamos a ler. Assim, o autor adentra na complexidade da sua alma, para desnudar a sua sensibilidade poética e trazer os versos que há muito estavam escondidos, em sua mais tenra criatividade literária.

Farinha pertence a nova geração da poética angolana, quer queiram, quer não. Fazer poesia não é só escrever poesia, é respirar poesia, semear poesia, cultivar poesia, para colher poesia e servir a todos, e esse poeta tem a mão nessa terra fértil. Tem trabalhos publicados em várias coletâneas e antologias, dentre elas “Kimpwanza Poesia & Poemas”, Editora Òmnira, é colaborador e correspondente da revista de Literatura & Arte “Òmnira”. Como activista cultural é mentor do projecto “Palavra Poética” com o artista plástico angolano Guilherme Mampuya e empresta ainda seus préstimos as “ Noites de Poesia”, na Fundação de Arte e Cultura em Luanda. “O público alvo é a juventude que pretendo atingir”, foi taxativo Farinha quanto ao seu objectivo.

Ismael Farinha, nasceu em 27 de Agosto de 1981, em Luanda, município do Cazenga, filho de Ambrósio Farinha, um médico de profissão e Dona Teresa Dias, uma antiga combatente de guerra, uma veterana da pátria, que hoje ganhou popularidade produzindo e vendendo Kissangua, a famosa “Kissangua da Dona Teresa”. Mais informações e reserva do seu exemplar pelo whatasApp +244 924 960 854.

Fonte: ASCOM/Revista Òmnira

Foto: Arquivo pessoal

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