Monthly Archives: junho 2018

Freud considerava a homossexualidade como uma variante da função sexual e não uma doença/Por Sérgio Jones*

Bolsonaro: Todos os gays devem ser mortos
ILUSTRAÇÃO: arquivos Google

De acordo com o que defendia Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, a homossexualidade e suas variantes não podem ser consideradas como uma doença e, portanto, não só os psicólogos, mas ninguém pode curá-las. Consta, em uma das muitas narrativas existentes, que em um determinado momento, ele recebeu uma missiva de uma mãe desesperada que lhe implorava ajuda para seu filho gay. Observou ele, “a homossexualidade não pode ser considerada uma doença. Nós a consideramos como uma variante da função sexual”. E afirma que a psicanálise pode fazer outra coisa por seu filho, mas não curá-lo.

“Se ele se sentisse infeliz por causa de milhares de conflitos e inibições em relação à sua vida social, a psicanálise poderia lhe proporcionar tranquilidade, paz psíquica e plena eficiência”. O terapeuta também lembrou que “grandes homens da antiguidade e da atualidade foram homossexuais, e entre eles algumas das figuras mais proeminentes da história, como Platão, Michelangelo, Leonardo da Vinci etc”. E considerou uma grande injustiça e crueldade perseguir a homossexualidade como se fosse um crime. Postura esta, posteriormente adotada e defendida pela Organização Mundial da Saúde, e a adotada hoje nos países mais civilizados.

Já se tornou comum nas mais variantes culturas, para que uma pessoa gay deixe de sê-lo. Enquanto Freud escreveu: “se aceite e se ame como é”. Pode reforçar a aceitação de sua condição aliviando a dor que vem com o peso dos preconceitos sociais ou do ambiente hostil em que pode estar vivendo sua sexualidade. Este é o que os países anglo-saxões denominam “psicologia gay afirmativa”. E já existem muitos pioneiros que desfraldaram a bandeira deste movimento.

Este tipo de terapia psicológica vai de encontro ao que os extremistas evangélicos desejariam dos psicólogos, que é forçar o homossexual a sair de sua condição para ser “normal”. De acordo com os especialistas no tema, a psicologia gay afirmativa ajuda, pelo contrário, a reforçar a ideia de que o que alguns homossexuais realmente podem precisar que é eliminar os preconceitos sociais interiorizados, de que são vítimas de uma anormalidade.

A psicologia não pode curar alguém que não esteja doente, e sim ajudar os homossexuais a se sentirem normais. A religião pode fazer isso, reavaliando os seus conceitos e preconceitos ao deixar de considerar a homossexualidade um desvio da natureza desprezando a prática de considerar que a mesma é pecado e ofensa a Deus, defendem os especialistas. Em resumo a ciência afirma ser a homossexualidade natural. Aceitá-la tem mais sentido do que renegá-la.

Sérgio Jones, jornalista.

(sergiojones@live.com)

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O doce veneno do amor

Professor Garrido

Semana que vem comemoramos o dia dos Namorados. É mais uma jogada comercial, dirão os pragmáticos. Mais uma noite infernal em filas de Restaurantes, dirão os desencantados e mais um dia de desculpas e sufoco, dirão os infiéis, aqueles que acumulam amores aos pedaços.

Não faz mal, o amor é mais do que isso. Ele não cabe num só dia ou mês. Mas já que criaram um dia para ele, não custa nada aproveitar para lembrar seu propósito, que é dar sentido as nossas vidas. Não custa nada entender que o amor sempre segue seu curso e tem seu tempo próprio. Plural, vai nos apresentando suas várias fases e formas. É nosso grande dever de casa. Razão da nossa
existência: aprender a amar e experimentar o mel e o amargo, contido neste doce veneno.

Sim, ele é um grande laço, um passo para a armadilha, como diz o poeta, mas também é a experiência mais fascinante que um ser humano pode passar.

Amor é sempre amor. amores que unem todas as coisas e nos completa só por existir.

Emoção maior não há no mundo do que amar e ser correspondido. Agora, se você ama e não é correspondido, é como diz a música. Ter saudade até que é bom. É melhor do que caminhar sozinho.

Tem também seu jeito próprio de chegar, às vezes arrebatador, às vezes devagarzinho e às vezes, reconhecendo alguém que já
conhecemos e não tínhamos dado conta.

Tem também seu tempo para durar, às vezes um amor para sempre, às vezes um amor para sempre que dura um minuto, mas sempre é infinito enquanto dura.

Então, que no dia 12.06, independente de estar com alguém ou só, você entre nessa corrente e celebre o amor. E nunca perca a esperança de encontrá-lo, pois como disse o genial Tom Jobim, quando a luz dos olhos seus e a luz dos olhos do seu amor resolverem se encontrar.

Professor Garrido

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