Derivada do latima palavra “Resiliência” significa: “re” para trás e “salire” voltar ou recompor sua forma após mudança forçada. Sua melhor definição seria poder de recuperação; voltar ao estado anterior.
É impossível saber qual a capacidade de se recompor, após a atual derrocada da democracia e do estado de direito brasileiro, haja vista que a cada dia a situação política do país fica insustentável. É uma verdadeira crise institucional de difícil retrocesso, causada pelo atual governo golpista. O prestígio da economia e do comércio exterior encontra-se em queda livre. A dívida pública já ultrapassa a casa dos R$ 3 trilhões…
Como confiar em um país que se diz democrático e não respeita as escolhas dos seus eleitores, do seu povo? Os direitos dos trabalhadores, a educação e a saúde, principalmente para os menos favorecidos, passou a ser coisa do passado, através da PEC 241, a que assassina os direitos sociais! A que inviabiliza ampliação e acesso à educação pública e a um sistema de saúde mais humanizado. Hoje temos um sistema (educação e saúde) árido.
Segundo o Deputado Federal Nelson Marquezelli (PTB/SP): “Quem não tem dinheiro não estuda, porque o governo não deve gastar dinheiro com o ensino público superior. O governo vai deixar todo mundo no fundamental. Universidade tem que cortar mesmo”.
Paralelo a este conceito brutalmente achacador, a Constituição Federal de 1988 assegura o direito à educação a todos os brasileiros e brasileiras, sem nenhum tipo de discriminação e determina ser responsabilidade do Estado garanti-lo. Há na Constituição Federal do Brasil um capítulo tratando sobre o direito à educação – art. 205 a 214.
No “Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dos riscos de doença e de outros agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Mais uma vez a Constituição Federal é aviltada!
Conforme ensina João Batista Domingues Filho, Cientista Político e Professor da UFU – Universidade Federal de Uberlândia/MG – “Resiliência democrática é todo o movimento institucional de retorno à democracia quando atacada ou inviabilizada de quaisquer maneiras. Na democracia ocorrem inúmeras ligações de interdependência entre atividades heterogêneas na sociedade capitalista. Instituições democráticas são maneiras de fazer, de sentir e de pensar cristalizadas, socialmente coercitivas. Tudo que é democracia é institucionalmente regulado e constante para os membros da sociedade”.
No Brasil a Resiliência Institucional ajudou a eleger sete presidentes da república: Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Infelizmente, o presidente golpista Michel Temer vem de encontro a toda História da democracia brasileira pós-golpe de 1964. É ele mais um “anátema” da História Política do Brasil, sem voto e com 94% de rejeição (Fonte: DATAFOLHA).
E os coxinhas-trouxinhas ainda acham que fizeram grande coisa.