A pena de morte no Brasil existe desde a sua formação, principalmente para os segmentos menos assistidos da sociedade. Enquanto a impunidade impera e viceja quando os crimes são cometidos por uma casta de privilegiados, esses são considerados como de menor gravidade, e algumas vezes até mesmo tolerados
O governo do insidioso Bolsonaro não demonstra nenhum traço de equilíbrio e qualquer tipo de racionalidade. Basta voltar os olhares para a pandemia e veremos a forma debochada como ele e seu grupo de energúmenos se comportam.
A preocupação demonstrada por este ser trevoso está voltada para sua, que Deus nos livre, reeleição em 2022. Enquanto isso, o povo padece com o desemprego em massa e de outros males sociais plenamente sanáveis.
Quando se trata da questão da população carcerária no Brasil que têm se constituído como verdadeiros calabouços. Superlotadas, fétidas e sem a menor condição de higiene na maioria dos casos, transformam-se facilmente em fértil terreno para a propagação de doenças, convertendo a detenção em praticamente sentença de morte.
A solução encontrada pelo então ministro calhorda, Sérgio Moro, era de que se instalasse nos presídios containers, onde seriam depositados os presos infectados. Solução imediatamente repudiada pelos órgãos responsáveis pelo setor.
Uma coisa já se sabe que em plena pandemia de covid-19, os riscos dessas sentenças são ainda maiores. Não é possível fazer isolamento dentro das prisões, pois elas estão superlotadas.
A pandemia fez com que o cárcere, que conta com uma população carcerária extremamente fechado à sociedade, com esta crise sanitária, ela se fecha ainda mais.
Até o presente momento, não se tem ao certo um número total de presos e agentes penitenciários contaminados ou com casos graves da doença em todo o Brasil. Porém existem relatos de problemas em Brasília e em Manaus. Nunca é demais lembrar de que a vida de quem está preso é responsabilidade do Estado. Estado esse que não respeita a vida de seus cidadãos, na contramão da história tem propagado o ódio.
A solução de parte do problema, conforme orientação do Conselho Nacional de Justiça é desencarcerar presos que não deveriam mais estar na cadeia ou que não representam perigo à sociedade.
Para os especialistas e estudiosos do problema uma epidemia do coronavírus no interior dos presídios brasileiros resultará em um massacre”, matando quem não deveria mais estar lá, quem não foi julgado, servidores que trabalham no local e até mesmo pessoas que precisam de reclusão.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)