Monthly Archives: abril 2018

O analfabeto político

“O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior” Platão 428-347 A.C.

O analfabeto político só fala de “ouvi dizer”

O analfabeto político não pesquisa, não se informa, não participa como deveria das questões inerentes à política, não se interessa pelos assuntos que vai nortear sua vida e de seus familiares; não se importa pelo que vai traçar não só os seus caminhos, mas de toda a sociedade. Infelizmente ser analfabeto político vai muito além de não saber ler nem escrever.

Mesmo que você pretenda permanecer distante do ambiente político, o sistema vai estar sempre exercendo grande influência em sua vida. Os bens de consumo, serviços, possibilidade de possuir uma estrutura de saúde adequada, acesso à educação, emprego, são intermediados pelo desejo político.

Atualmente para o brasileiro, neste momento de crise política e das principais instituições, é recomendado que se afaste deste conceito inferior de analfabetismo político. É fundamental que este conceito seja extinto através da capacitação e não seja visto como um bicho de sete cabeças; algo enfadonho, um assunto sem fulgor, mas que, se você fugir dele, “o monstro da ignorância vai lhe devorar”.

Para Bertold Brecht (1898-19560), dramaturgo e romancista alemão, “o pior de todos os analfabetos é o analfabeto político”. Bertold exprimiu seu pensamento no seguinte comentário: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala e não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro, que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil, que da ignorância política nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e bajulador das empresas nacionais e multinacionais.” Berthold Brecht. Observação bastante atual!

Como pode uma pessoa que não considera o interesse por política algo, no mínimo necessário para se ter um futuro razoável? O que concerne cobrar, de quem cobrar e o que é na verdade encargo dos representantes do povo? Seria pronunciando a terrível frase: odeio política? Ou então: “política não se discute”?

São as decisões políticas que resultam no aumento das tarifas de luz, água, transportes coletivos, combustíveis, dos impostos, no aumento do frete das cargas e em consequência, no aumento dos produtos manufaturados ou não.

Infelizmente deve-se admitir, que o analfabetismo político no Brasil, não só frequenta o círculo formado pelos brasileiros comuns, mas como também grande parte do meio político deste país. Muito pior ainda é também saber que, alguns políticos também são analfabetos funcionais.

Alberto Peixoto – Escritor

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Na tropa existe um comando pra os soldados em marcha mudarem de direção:

TENTANDO ESCLARECER O QUE É A DIREITA E O QUE É A ESQUERDA.

A Esquerda tem maior abertura. A Direita mais conservadora.

A História conta-nos que os termos política de direita e política de esquerda surgiram na Revolução Francesa, no século XVIII, e estavam relacionados com o lugar que os políticos ocupavam no parlamento francês. Quem queria que o rei tivesse mais poder, estava sentado à direita. Quem queria que o rei tivesse menos poder, sentava-se à esquerda. Aqui, já começam as diferenças.

A luta contra as desigualdades sociais é uma das ideias centrais para a Esquerda. Para as pessoas deste lado da política, é melhor para a sociedade que se defenda mais o interesse colectivo do que o interesse individual. O objectivo é acabar com a desigualdade entre os ricos e os pobres. O melhor, dizem, é que não haja nem ricos nem pobres: todos devem ser iguais.
As ideias de Esquerda assentam também na convicção de que a sociedade precisa de mudar para ser melhorada. E é por isso que as pessoas deste quadrante político falam sempre em progresso e evolução.

A Esquerda acha que o Estado é o instrumento fundamental para melhorar um país, porque tem em conta os interesses de todos e não de um só grupo de pessoas ou empresas. Acredita que os serviços como as escolas e os hospitais devem ser públicos e gratuitos.

Os ideais de esquerda têm como interesse fundamental defender os trabalhadores. Proteger os seus direitos e as suas necessidades é, para os actores políticos desta ala, muito importante, porque acredita que a sociedade vai ser melhor se os trabalhadores receberem salários justos e tiverem condições de trabalho dignas.

Ser de Esquerda significa normalmente achar que se devem pagar mais impostos, desde que os ricos paguem mais do que os pobres. Mais impostos é melhor, dizem, porque assim o dinheiro pode ser usado para ajudar quem mais precisa e para pagar serviços, como a Saúde, tornando-os gratuitos. Ou seja, paga-se mais por um lado, mas beneficia-se por outro.

A Esquerda tem maior abertura nos temas considerados polémicos na nossa sociedade, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o aborto em determinadas situações e condições, ou o recurso a barrigas de aluguer em casos específicos.

Para as pessoas de direita, o melhor para um país é que todos tenham liberdade, nomeadamente de iniciativa. A igualdade, para a Direita, não é tão importante como a ideia de liberdade: acham que a sociedade fica melhor se ninguém estiver impedido de fazer o que quer para melhorar a sua vida. Ou seja, a todos deve ser dada a oportunidade para ter mais, premiando quem o consegue.

Quem é de Direita acha que o melhor para todos é que a sociedade mude pouco e é por isso que são apelidados de conservadores. Normalmente, a direita é contra
mudanças que ponham em causa os valores mais tradicionais ligados à família ou à religião.

A Direita diz que o Estado deve interferir o menos possível na sociedade. Para estes partidos, o Estado atrapalha, é mais difícil de gerir e, porque é muito
grande, causa mais dificuldades e não tem em conta os problemas individuais das empresas.

Quem é de direita acha que se os donos das empresas tiverem mais condições e mais possibilidades de fazerem crescer o seu negócio, melhor vai ser também para os seus trabalhadores, porque, em teoria, vão poder pagar-lhes mais e dar trabalho a mais pessoas.

Fazer a sociedade ter de pagar poucos impostos é, para a Direita, um objectivo importante. Para estes partidos, se se pagar menos impostos, tem-se mais dinheiro para poupar, investir ou consumir, ajudando a economia. E as famílias assim conseguem também pagar serviços como a Saúde, que para eles, tendem a dever ser mais privatizados.

Os que se identificam com as ideias de Direita são mais tradicionais e não se afastam dos valores antigos da família. Daí que vários partidos discordem do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da legalização do aborto ou da adopção por homossexuais.

Resumindo:

As principais diferenças entre as ideologias de esquerda e de direita centram-se à volta dos direitos dos indivíduos e do poder do governo.

A esquerda acredita que a sociedade fica melhor quando um governo tem um maior papel, garantindo direitos e promovendo a igualdade entre todos. Já as pessoas de direita acreditam que a sociedade alcança um melhor resultado quando os direitos individuais e as liberdades civis têm prioridade, e o poder do governo é minimizado.

É necessário ressaltar que os conceitos de direita e esquerda mudaram muito desde sua criação e que hoje a linha entre eles é muito ténue, porém, para título de comparação, iremos focar nas pautas que mais se assemelham a cada uma das ideologias políticas.

A Esquerda defende um Estado maior, que tenha o papel de fazer da sociedade um lugar de oportunidades iguais para todos.
A Direita defende um Estado menor, a fim de permitir espaço para mais responsabilidade individual na sociedade.

A Esquerda defende uma maior regulamentação e impostos sobre as empresas. A economia da Direita defende baixos impostos e menor regulamentação das empresas.

A Esquerda é a favor de Igualdade de renda, maiores taxas de imposto sobre os ricos, gastos governamentais em programas sociais e infra-estrutura, maior regulamentação de negócios.

A Direita defende a redução dos impostos e menor regulamentação das empresas, redução do gasto público.

A Esquerda espera que o governo garanta o bem-estar social, e por isso os seus gastos são altos.

A Direita defende a redução de gastos do governo e de seus programas assistenciais.

A economia da Esquerda coloca altos impostos sobre os ricos para criar uma igualdade de renda.

A Direita acredita que aqueles que têm capacidade e privilégios para ganhar devem ser livres para fazer isso.

A Esquerda acredita que o acesso aos cuidados de saúde é um dos direitos fundamentais à todos os cidadãos, e deve ser garantido pelo Estado.
A Direita opõe-se à expansão de programas de saúde do governo.

A Esquerda é a favor do desarmamento. A Direita exerce uma forte oposição às leis de controle de armas.

Bonito seria se toda esta teoria fosse colocada em prática.

Infelizmente, nos tempos que correm, as classes políticas, comandadas pelo poder do capitalismo selvagem, perverteram muitos destes conceitos.

José Manuel Cruz Cebola

Sintra-Portugal

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A pequena mobilização em prol de Lula e o grande golpe da Casa Grande

O STF de um País sem justiça

No decorrer do ano de 2016 já se falava em prisão do Ex-presidente Lula, o que era difícil de admitir. Acreditava-se que se isso ocorresse, haveria uma mobilização nacional, “monstra”, com bloqueio de rodovias, principais artérias das grandes cidades, caminhadas, greves, enfim, tudo que pudesse parar o Brasil.

Lula foi preso injustamente, sem provas, condenado por um “juizéco” “Mauricinho” – galã de periferia – com auxilio de duas Ministras do STF, que mais parecem ser – não só devido à aparência física, mas também pelas atitudes de exceção – personagens de um filme assustador.

Está havendo a mobilização da esquerda e até de quem pertence a outros segmentos políticos, por acharem injusta a prisão do maior Presidente da história deste País. Saiu do governo com mais de 80% de aprovação!

Infelizmente, não é a mobilização que todos esperavam. Qualquer “juizinha” insignificante – claro que querendo aparecer neste filme tenebroso – bloqueia as visitas até mesmo de intelectuais como Adolfo Pérez Esquivel, argentino, Prêmio Nobel da Paz em 2018 e Leonardo Boff, Teólogo, Escritor e professor universitário. E não acontece nada contra estes Juízes de qualidade ínfima, duvidosos.

As mobilizações deveriam ser mais incisivas, como todos esperavam. Não deveria ser só em Curitiba, mas de norte a sul de todo este vasto País que anseia pela liberdade do seu maior representante político.

Atualmente – atualmente? – vivemos em um regime de exceção em que os Juízes não guardam a Constituição Federal, as Leis são atropeladas a todo o instante, e o mundo vê Lula correndo um perigo excessivo.

É possível simular ou provocar um mal-estar em Lula e levá-lo para o hospital, e lá os médicos resolverem o problema da direita golpista. Lembrem-se de Tancredo Neves – 21 de abril de 1985.

O que torna esta possibilidade mais fácil, é que este golpe foi planejado lá fora, nos EUA – que sempre quiseram nosso Pré Sal, entre outros bens valiosos – com a participação dos donos da “Casa Grande”, que se aliaram através de alguns Deputados, Senadores e grande parte da “justi$$a“ – sabe-$e lá a troco de quê. Os americanos são o povo mais sanguinário do planeta e agora com um psicopata no comando, tudo é possível.

Na realidade, o objetivo principal não era Lula, mas o seu crescimento nas pesquisas de intenção de votos – e que não para de crescer – se tornou um empecilho para os poderosos da Casa Grande levarem seus planos escusos ao topo do “pódium”.

Infelizmente os coxinhas, classe média que se acha branca e rica, continuam a navegar em um mar de cegueira, de ódio, de arrogância, egoísmo e discriminação racial e social. São todos analfabetos políticos e na grande maioria, analfabetos funcionais. Como sempre diz meu amigo “Zé”, “estão todos eles navegando em outra galáxia!”.

Alberto Peixoto – Escritor

Membro da Aler – Academia de Letras do Recôncavo

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Dúvida Existencial

Todo o mundo livre e democrático, todos os políticos dos países sérios (sérios!!) estão errados. Tudo gente mentecapta, analfabeta, etc, etc. Apenas o cada vez menor lote de analfabetos políticos brasileiros continua a navegar noutras galáxias e se acha dono da verdade.

Classe média brasileira, navega em outra galáxia

Ultimamente, tenho sido assaltado por uma dúvida existencial que gostaria de partilhar convosco.

Nos anos de 2013 (início da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 2014) a 2016, os votos de confiança dados por membros do Facebook, concretamente do meu círculo de amizades virtuais e neste Grupo e nos vários outros em que participo, aos candidatos Aécio Neves #45 e Marina Silva #40 eram muitos e recorrentes.

De repente, a partir de meados do ano passado, esses apoiantes despiram as camisolas e nunca mais publicaram nada sobre essas duas figuras. Porque seria? Alguém me explica?

O mesmo se passa em relação a um capitão do exército brasileiro que tentou fazer explodir um quartel (isso não é considerado terrorismo no Brasil) e afirma que nunca disparou um tiro, uma pessoa racista, pró-tortura, misógina e homofóbica. Este personagem era idolatrado pela tal camada de analfabetos políticos, estruturais e culturais brasileiros. Foram meses a fio em que se via e lia por variados lugares ‘É melhor Jair se acostumando’. De repente, não vejo mais esses apoios.

Apenas uma dúvida minha para a qual ando tentando encontrar resposta…

José Manuel Cruz Cebola

Sintra-Portugal

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Brasilis, Anno Domini 2018

Congresso Nacional em Brasília, sempre na penumbra!
FOTO: Reuters

Só que, caro Sergio Luiz Dias Dias, o coxinha classe média que não queria os pobres em aeroportos, agora vai encontrar com eles em rodoviárias. Perderam  direitos duramente conquistados, mas pelo menos tiraram o PT.

No espaço público brasileiro, um ator social que (literalmente) fez bastante barulho nos últimos anos encontra-se, atualmente, em vias de extinção.

Trata-se do coxinha: indivíduo de classe média que, manipulado pela elite econômica, assistia ao Jornal Nacional, se revoltava (seletivamente) contra a corrupção, aplaudia as ações autoritárias de alguns juízes, batia panelas nas aparições televisivas da ex-presidenta Dilma Rousseff, escrevia “textões” indignados nas redes sociais e, aos domingos, vestia a camisa da (corrupta) CBF e ia para a Paulista (ou qualquer outra avenida do Brasil) tirar selfies com policiais e “protestar” contra o “governo petralha”.

Embora o coxinha seja uma figura presente em toda a história brasileira (no período escravocrata ele provavelmente diria que reivindicar a libertação dos negros era mimimi de esquerdopata), foi somente a partir das chamadas “jornadas de junho de 2013” que a versão contemporânea do coxinha ganhou visibilidade nacional.

Uma década de PT no poder era demais para a classe média coxinha. Como o Brasil pôde ser comandado por um “nordestino analfabeto” e depois por uma “guerrilheira comunista”?

Além do mais, o PT ajudou a promover a ascensão econômica de extratos inferiores da pirâmide social. “Aí já é demais! Pobres em aeroportos, pretos em universidades. Para onde vão meus privilégios de classes?”, indagou o coxinha.

No entanto, o coxinha não poderia dizer que odeia o PT porque o partido ajudou o pobre de alguma maneira.

Não fica bem explicitar o ódio classista assim. Portanto, era preciso criar um álibi para a empreitada antipetista.

Eis que surge uma velha pauta moralista da classe média: a corrupção.

Porém, na mente coxinha, a corrupção só existe no Estado (pois na iniciativa privada só atuam cidadãos honestos) e, especificamente, nos governos petistas.

José Manuel C. Cebola

Sintra-Portugal

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A Terra Prometida e o Armagedom da política brasileira.

O Armagedom da política brasileira

Com o advento das redes sociais em 2010/2011, a política partidária – em caráter global – ganhou um grande aliado, desempenhando um papel fundamental como ferramenta de comunicação em tempo real. Já para outros, um inimigo de igual envergadura.

Atualmente, acessar as redes sociais não é ocupação exclusivamente de jovens. A cada dia, o número de usuários com idade acima de 40 anos, só aumenta. Essa prática passou a fazer parte do dia-a-dia, não só do bloco político, mas da maioria da população mundial em todos os segmentos.

Já há algum tempo que através das redes sociais, vem sendo travada uma guerra midiática, envolvendo ideologias políticas e que tende a se acirrar com as proximidades das eleições. A meu ver, parece que os cenários oscilam entre a “Terra Prometida” e o “Armagedom”.

Ambos os conceitos podem ser explicados a partir de uma visão pessoal e desprovida de paixão, simplesmente como mero observador.  Vejamos: “Terra Prometida” – Sempre em épocas de campanhas políticas, o trinômio educação, saúde e segurança é o mantra repetido indistintamente pelos candidatos. Por vezes, fala-se em desenvolvimento, geração de empregos, etc. Os resultados históricos dessas seculares promessas têm a sua aferição a cargo do crivo pessoal de cada um.

Por outro lado, temos também, inspirado pelo texto bíblico “Armagedom”, que seria sob a visão Bíblica, a batalha final, travada por todos os exércitos do mal, contra o poder divino.

Transmutando para a realidade do nosso dia-a-dia, assistimos à materialização do maniqueísmo político e social: “eu represento o bem e todos os contrários representam o mal”, isso indistintamente. A partir de tal premissa, ninguém nunca fez, faz ou fará nada errado, tudo seria, é, ou será, mera intriga do oponente…

Fundamentado nesta teoria, pode-se dizer que aí começa “a encrenca”, surgindo o vitimismo; os salvadores da pátria; os “Bocas de Zero Nove” (para os que desconhecem o conceito, seria uma chave utópica, do imaginário da turma da manutenção mecânica, cuja boca alcançaria de zero a nove polegadas, resolvendo todo e qualquer problema de manutenção). Logicamente, esses seriam “os caras” que resolveriam todos os problemas sociais e econômicos do país.

Os eleitores, a partir dessa Babel midiática, ficam a mercê do antigo boato, na sua atual forma high tech, direto, quase pessoal, instantâneo, cujo efeito prático é mais o de confundir, do que de explicar. Aí complica tudo. O regionalismo passa a ser o culpado de tudo; o povo sem memória esquece-se de aferir os resultados do pleito anterior, para cotejar com as afirmações atuais.

Dentre todas as mazelas, acredito que a mais perniciosa, reside nas paixões políticas pessoais, que possam indispor velhas amizades, o que é insano e injusto, porquanto, no cenário político, a rigor, não é exatamente o que ocorre entre os seus protagonistas.

Não obstante, mas em alguns momentos, é possível até pensar que o melhor talvez, seria o “caboco” se conformar com o conceito “bosta nágua”, termo cunhado por Bertold Brecht, em relação aos que declaram não gostar de política. Isso evitaria muitos sofrimentos.

É triste tal constatação, mas que evitaria um monte de conflitos entre amigos, tenho certeza! Chega a ser tentadora essa ideia! Mais uma vez, repetindo o mantra, quero deixar claro que essa é tão somente uma opinião pessoal, desprovida de qualquer viés político ou ideológico e respeitando inteiramente, quaisquer manifestações em contrário.

Alberto Peixoto

Escritor

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Em condenação formalizada 290 mil brasileiros estão na condição de presos provisórios, prefeito de Feira está solto / Por sérgio Jones*

O que não se entende é o porquê de 290 mil pessoas se encontrem presos, e o prefeito Colbert solto.

De acordo com o último levantamento feito em 08/04/2017, Infopen (Sistema Integrado de Informações Penitenciárias), quatro em cada dez das 726 mil pessoas presas no Brasil não foram condenadas pelo Judiciário. Esses 292 mil homens e mulheres são os presos provisórios, que foram encarcerados no sistema prisional, mas ainda aguardam julgamento.

Avaliações realizadas por especialistas na área indicam que o Brasil, historicamente, tem uma taxa de presos provisórios alta. De 2000 a 2004, a taxa caiu de 35% para 22% do total, mas desde então vem crescendo: 26% em 2004, 32% em 2009 e, agora, 40%. O que se constatou também é a quantidades de presos sem condenação sofre forte variação nas unidades da federação. As taxas mais elevadas são registradas nos Estados do Ceará (66%), Sergipe (65%) e Amazonas (64%), enquanto Roraima (17%), Amapá (23%) e Distrito Federal (24%) têm as menores taxas. Entre os mais populosos, a Bahia e Minas Gerais têm as maiores taxas (58%), o Rio de Janeiro tem 40% e São Paulo, 32%.

Em termos de percentual de presos sem condenação com mais de 90 dias de aprisionamento, a pior situação é de Sergipe, em que 100% dos presos estão nessa situação. Alagoas (91%) e Paraná (84%) aparecem na sequência. Na melhor situação estão Rio de Janeiro (6%) e Distrito Federal (24%). Tais resultados revelam excesso e uso indevido de prisões provisórias, o que gera custos elevados para o orçamento, além de caos carcerários. Essa trágica realidade atinge altos índices junto à população de baixa renda no Brasil.

Em Feira de Santana, o segundo maior e mais importante município do interior baiano, o prefeito Colbert Martins da Silva Filho (MDB), foi preso e acorrentado em uma manhã de terça-feira, em 09 de agosto de 2011, pela Polícia Federal em uma operação intitulada Vaucher, pela acusação de desvio de recursos públicos do Ministério do Turismo. Na época, exercia ele, o cargo de secretário nacional de Desenvolvimento de Programa de Turismo.

 O mesmo se encontra, atualmente, exercendo o cargo de chefe do executivo feirense. Embora a situação dele juridicamente seja similar aos 290 mil presos brasileiros. Ao contrário destes, ele não está encarcerado. O prefeito se encontra em julgamento (sub judice), aguardando por uma decisão do juiz ou corte. Tal circunstância evidencia que a justiça brasileira trata mal os pobres e negros, os iguais de forma desigual. Demonstrando resistência em cumprir a função que a Constituição Federal lhe atribui. A constituição determina que nestes casos os envolvidos não sejam presos. O que não se entende é o porquê de 290 mil pessoas se encontrem presos, e o prefeito solto.

Estes graves deslizes sociais deixam transparecerem a fragilidade do modelo da Democracia brasileira e evidencia forte desequilíbrio no padrão de vida dos habitantes do país, seja no âmbito econômico, escolar, profissional, de gênero e em demais setores.

Sérgio Jones, jornalista

(sergiojones@live.com)

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O caráter dos juízes brasileiros

Foto divulgação

Houve um tempo em que os nossos magistrados – palavra latina magistratus, na terminologia romana magistrado – eram sujeitos investidos de importante autoridade, exercida no limite de uma jurisdição, capacitados para julgar absolvendo ou condenando, obedecendo à Constituição Brasileira, com dignidade e de forma justa, por isso eram respeitados pela sociedade.

Tem como principal atribuição combater bandidos poderosos (?), bem como o tráfico de drogas, assim como os crimes “de colarinho branco” – combate à corrupção. Lamentavelmente, além desenvolver suas atividades a passos de tartaruga, são bastante permissivos em relação aos crimes do colarinho branco. Esta permissividade é alarmante!

Por que há esta permissividade que já virou um fato cultural? Porque os juízes, na sua grande maioria, pertencem às elites e vivem no mesmo habitat com os integrantes desta casta. Com certeza absoluta, os criminosos do colarinho branco são pessoas endinheiradas, possuem bons advogados e tem um bom trânsito no Judiciário. Na sua grande maioria, políticos e/ou empresários.

No Brasil, as leis são frágeis e os juízes coniventes com os criminosos da classe A. Observa-se que um indivíduo que roubou uma galinha é “punido severamente”, mas os crimes de efeito difuso, os que alcançam toda a sociedade, tal como lavagem de dinheiro, fraude em uma licitação, entre tantos outros, não são punidos.

Pode-se dar como exemplo, criminosos como Aécio Neves, objeto de cinco inquéritos motivados pelas delações da JBS, com envolvimento em um esquema de corrupção em Furnas e na CPI dos Correios, acusado de obstrução da justiça, e outros crimes, e continua solto. Nem julgado foi. Temer, além de golpista, talvez o mais corrupto de todos, teve seus direitos políticos cassados, condenado em primeiro grau por ter transferido verbas mais do que o permitido para a campanha de candidatos amigos nas últimas eleições, entre outros crimes de corrupção ativa e passiva, além de pagamento e recebimento de propinas.

Se formos relacionar todos os corruptos protegidos pelo Poder Judiciário do Brasil, seria um “catálogo” sem limites.

O crime organizado se encontra arraigado em todos os segmentos da Administração Pública, inclusive no Judiciário, que passou a ter o seu bandido de estimação, e hoje seus integrantes pertencem a um Tribunal de Exceção. Aqueles de Direita que são intocáveis, nunca vem ao caso!

Atualmente o juiz para ser respeitado pela sociedade, precisa modificar o seu perfil. É indispensável observar os anseios da sociedade, o desespero pelo qual passa o povo brasileiro, sempre escorchado pelos “criminosos do primeiro escalão”. É preciso não ter compromisso com os criminosos do colarinho branco. Voltarem – sem generalizar – a serem imparciais, autônomos e trabalharem respeitando a Constituição Brasileira.

Alberto Peixoto

Escritor

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“Não adianta parar o meu sonho, porque quando eu parar de sonhar, eu sonharei pela cabeça de vocês e pelos sonhos de vocês” / por Sérgio Jones*

Lula X Bolsonaro

Eis a diferença do homem que pensa e faz acontecer. Ao contrário de seus algozes e refratários adversários, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um dos seus mais belos e comoventes discursos, realizado logo após o ato ecumênico em homenagem a Marisa Letícia, demonstrou a sua disposição de se entregar o que no Brasil nos acostumamos, erroneamente, de chamar de justiça. Pode até ser justiça, mas com certeza não é do povo voltada para o povo. E sim de representantes de uma oligarquia que perdeu o seu contexto histórico, decrépita, uma velha senhora prostituída que insiste em se apresentar como uma espécie de Madonna.

Em um dos célebres parágrafos, momento que ficará registrado nos anais da história política brasileira, Lula sentenciou com uma precisão concisa e cirúrgica de quem transpira a política: “Não adianta tentar acabar com as minhas ideias, elas já estão pairando no ar e não tem como prendê-las. Não adianta parar o meu sonho, porque quando eu parar de sonhar, eu sonharei pela cabeça de vocês e pelos sonhos de vocês… Eu não sou um ser humano, sou uma ideia misturada com a ideia de vocês”.

Uma ideia de vocês inscrita, como Lula muito bem expressou, impregnada nas consciências de milhões de brasileiros. Com isso, mais uma vez, o ex-presidente conseguiu, como alguém disse em um determinado momento, transcender sua singularidade e sua condição de membro de um partido e inclusive de candidato.

Ao dar por concluídas as suas sábias e memoráveis palavras, o Pelé da política brasileira em uma arrojada e precisa jogada de demonstração de apoio e compromisso com a nação abraçou aos candidatos a presidente como ele, Bulos e Manuela. Ambos um modelo de político que luta por uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Desvinculados do ranço fétido de uma burguesia de proxenetas que se locupleta às custas do suor e do trabalho de todo um povo que se encontra espalhados por esta terra dadivosa, que se torna inglória devido ações bestiais de um pequeno grupo que conduz o país à corda curta, objetivando obter cada vez mais privilégios. Brasil, pai de poucos e padrasto de muitos. Parafraseando o grande filósofo alemão Johann Goethe: “Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor”. Lula, você é o cara!

Sérgio Jones, jornalista

(sergiojones@live.com)

 

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O voto circense de Rosa Weber

A Manipulada

Como tudo no Brasil vira “pizza ou gozação”, não seria diferente com o voto da Ministra Rosa Weber contra o Habeas Corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o apresentador Milton Neves, “o voto de Rosa Weber foi mais longo que os acréscimos pro Corinthians empatar quando está perdendo o jogo”. Imaginem se fosse igual aos acréscimos dos jogos do Fluminense do Rio de Janeiro na mesma situação do Corinthians, ou se estivesse para ser rebaixado para a segunda divisão do futebol brasileiro. Ainda estaria votando a desprezível Rosa!

Conforme sugeriu um internauta: poderia ser usado como tema da redação do Enem 2019; explique o voto de Rosa Weber.

Sob outra perspectiva, poderia se imaginar a Rosa de baixa fragrância, convidando sua filha para dar-lhe uma orientação qualquer, uma conversinha entre mãe e filha: “senta aqui, filinha, vamos conversar”. Não é possível projetar o desespero da herdeira da Rosa diante de tal “intimação”!

A Rosa despetalada, em seu voto circense, utilizou uma linguagem desconhecida, duvidosa, contraditória e fraudulenta. Pode-se até dizer: saiu do nada para lugar nenhum. Acho até que, além de tema para o próximo Enem, deveria servir de estudo nos sofisticados laboratórios da NASA, já que o Tio Sam tem interesse em nossa (Brasil) derrocada.

Mas, o que se esperar de uma Ministra que ajudou sua parceira Carmem Lucia, liberar o tucano Aécio Neves, o intocável? O culpado de toda esta situação caótica ter se instalado no Brasil? Um molequinho do Le Blon, da Zona Sul carioca, acostumado a bater em mulheres? O julgamento de Lula foi só mais uma farsa, um espetáculo do circo que se tornou o STF – ou já era e nós não sabíamos.

Alberto Peixoto

Escritor

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