Monthly Archives: maio 2017

Mesmo agonizante governo fascista promete que vai colocar o Brasil nos trilhos

O simplório Temer.

“Esta trajetória que traçamos logo no início de nosso governo não será interrompida. Nela nós seguiremos firmes em nome da agenda de reformas que não poderemos abandonar. Estamos no rumo certo, colocamos o país nos trilhos. Quem assumir encontrará os trilhos em seu lugar. Por isso agora é continuar a travessia, chegaremos ao fim de 2018 com a casa em ordem.” Afirmou o simplório Temer.

Tentando reverter o processo de desgaste do governo, o caviloso presidente golpista Michel Temer está se utilizando do bordão de que ele está colocando o Brasil de retorno aos trilhos. Esquece o incauto que este trem já se encontra descarrilado desde as suas origens, tendo a sua situação se agravado nos últimos tempos devido administrações viciadas e corruptas que chegam ao auge da irresponsabilidade e canalhice, na atual gestão.

O trem dos horrores, que ele promete pomposamente que vai colocar nos trilhos, é o reconhecimento do caos que a nação se encontra, o que resulta em sérios agravantes para o coletivo social. Com a permanência deste, estaremos fomentando a continuação da cultura da corrupção fomentada pela elite brasileira, sem precedentes ao longo da nossa história. Não vale a pena pagar para ver, afinal esta é uma aposta que só tem poucos vencedores e muitos perdedores. O afastamento imediato desta eminência parda resultará em ganho de dignidade para todo o povo brasileiro.

Sérgio Jones – Jornalista

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A absolvição de Claudia Cruz

Segundo Sérgio Moro afirma, a jornalista Claudia Cruz, foi só “negligente”.

A jornalista Claudia Cruz, esposa do deputado Eduardo Cunha e acusada de lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas, foi absolvida no último dia 25 de maio pelo Juiz (?) Sérgio Moro.

Uma mãe de quatro filhos que roubou alguns ovos de páscoa em um supermercado em 2015 teve seu pedido de habeas corpus solicitado pela defesa, negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mulher foi trancafiada em uma cela superlotada com seu filho de apenas 20 dias de nascido.

A “desprotegida” foi condenada a 3 anos e 2 meses de cadeia em regime fechado. Fernanda está vivendo com o bebê em uma cela para 12 pessoas, mas com uma lotação de 18 detentas. A pena desta pobre mulher, e da infeliz criança, está sendo mais rigorosa do que a dos condenados pela Lava Jato.

A concessão de liminar em habeas corpus é medida excepcional, somente cabível quando, em juízo perfunctório, observa-se, de plano, evidente constrangimento ilegal”, informa o ministro Nefi Cordeiro. O ministro também relata que a ré é reincidente.

Em contrapartida o juiz Sérgio Moro afirma que a jornalista Claudia Cruz, foi só “negligente”, portanto: inocente. O que teria acordado Cunha com esta corja, para que sua esposa fosse absolvida? Algo do tipo: “se soltarem minha esposa eu fico caladinho. Não delato ninguém”. Barbara Cruz – filha de Cláudia Cruz – conhecida por Babu, também foi absolvida e, segundo o site Plataforma Brasil, “se esbalda, ao que tudo indica, com dinheiro de propina arrecadada pelo pai”.

Não é de se estranhar que “negócios” como este, de fato tenham ocorrido.

“Diga-me com quem andas e eu te direi quem és.”

 

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Moro: o Batman brasileiro

O “herói” da revista Veja, permite que todas as delações importantes sejam vazadas

O super-herói americano, Batman, foi criado em maio de 1939 pelo escritor Bill Finger e pelo artista Bob Kane, inspirados em um morcego que combate o crime na cidade fictícia de Gothan City e tem como auxiliares Robin e seu mordomo Alfred.

Ao contrario da maioria dos super-heróis americanos, Batman não possui superpoderes; faz uso do seu intelecto de gênio, de sua perícia em artes marciais e de uma vontade indomável em combater o crime. Tem como principal objetivo punir os criminosos independentes da classe social.

Infelizmente o Batman-Moro ou Moro-Batman, age de forma contraria ao herói americano. A luta do “herói” (?) brasileiro tem como base a exceção, ou seja: uma situação oposta ao estado de direito; preocupante ameaça à ordem constitucional democrática; destaca-se também, pela suspensão de direitos e garantias constitucionais; por atitude ditatorial que resulta em uma revolução, ou golpe contra os direitos do cidadão.

Resumindo, o Batman-Moro protege seus “afilhados” e persegue todos que não fazem parte da sua “curriola”. Se for do PT, é sempre culpado; sendo dos demais partidos de direita, não vem ao caso.

O nosso mamifero voador tem como princípio básico, filtrar os depoimentos na tentativa de atingir Lula, Dilma e quem pertencer ao PT.

Pode-se comprovar isso através das mais de 50 vezes que o “muleque e irresponsável” Aécio Neves foi citado nas delações da Lava jato, mas não vem ao caso.

Temer, por sua vez, foi denunciado em delação premiada pelos donos da rede de frigoríficos JBS, Joesley e Wesley Batista, que gravaram o golpista Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha. A propina avalizada pelo golpista-presidente foi nada mais, nada menos do que R$ 500.000,00 semanais, como forma de “cala-boca”.

Como esta delação não foi feita ao já conhecido herói, homem morcego brasileiro, e sim à Procuradoria Geral da República – PGR – o golpista e ladrão deve ser punido – assim espera o povo brasileiro.

O nosso mamífero voador perdeu novamente, a oportunidade de defender a sua cria – Temer. O “herói” da revista Veja permite que todas as delações importantes sejam vazadas para este “folhetim de segunda”, ao seu bel prazer. Não só este folhetim, mas também a grande mídia burguesa e golpista recebe pedaços destas informações e as usa tal como quer.

Já o golpista Temer, por seu turno, faz-se ocasionalmente do mordomo “Alfred”, nesta história de cunho catastrófico. Robin, o amigo inseparável do Batman-Moro, com certeza deve ser Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala do mordomo Temer. Cadeia para todos.

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Brasil: pátria ultrajada

Nunca antes no campo político brasileiro, tantos deveram tanto a tão poucos.

Podemos encontrar definições muito amplas sobre o termo honra.  O que poderíamos definir, a priori, como uma qualidade que todos temos quando nascemos e que é aprimorada pela educação e pela convivência social. No entanto essa definição nos parece simplória se levarmos em consideração o quanto ela se tornou obsoleta na sociedade atual, especialmente nos países capitalistas. No momento em que precisamos consultar a legislação e a doutrina para entender o que é honra já se dilui o próprio conceito. Um homem honrado possui duas qualidades básicas: ele é digno e é honesto, qualidades estas que não se aplicam a nossa realidade, nestes rincões chamado Brasil.

Parafraseando o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchiil: Nunca antes no campo político brasileiro, tantos deveram tanto a tão poucos. As relações institucionais chegaram a um nível de descrédito que conduziu o país a um paroxismo atroz. As ações praticadas por pseudos políticos, empresários e outras castas dirigentes da nação caíram em completo descrédito popular, se é que em algum momento de nossa história, eles tiveram algum.

Nada é tão ruim que não possa ficar pior. A atitude recente, deste arremedo de Presidente da República, Michel Temer, tenta através de artifícios jurídicos justificar seus atos criminosos e indignos que atentam diretamente contra a dignidade do povo brasileiro. Esta é mais uma prova cabal que nos induz a acreditar, em alguns momentos, que tais atitudes deletérias só serão saneadas com a plena extinção da raça humana. Para que se possa promover à plena e desejável higienização do planeta terra. Claro que não defendo esta tese tão radical.

Também se formos aplicar o princípio da igualdade e da isonomia em que consiste que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza em relação aos seres humanos, como estabelecer diferença entre Marcola, Fernandinho Beira-Mar e uma parcela de nossos dirigentes políticos? Os primeiros se assumem como bandidos e infratores da lei. Enquanto os outros se dizem probos e defensores da ordem, da justiça e da lei. Se fossemos obrigados a fazer uma escolha Salomônica, entre estas modalidades de crimes, quais as práticas que poderíamos considerar mais prejudiciais à nação? Sem dúvidas, não fazendo esta segunda opção. Chegamos ao fundo do poço. Ou a sociedade elimina, de uma vez por todas, este tipo de protozoário político que infesta o frágil tecido social que reveste a nação, ou eles eliminam moralmente e fisicamente o Brasil.

Sérgio Jones – Jornalista

 

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Brasil: meu passado me condena

A elite brasileira têm sido responsável pelo nosso atraso histórico.

Práticas econômicas criminosas adotadas pela elite brasileira têm sido responsável pelo nosso atraso histórico. A formação do gigante dos trópicos, denominado Brasil, se encontra em estado embrionário, para a infelicidade do povo brasileiro não conseguiu romper, até os dias atuais, a casca do ovo em que se encontra encalacrado. O seu período de incubação tem sido lento graças às forças de uma casta de cleptocráticos que travam uma luta insana objetivando manter os seus sórdidos privilégios, comprometendo profundamente e de forma orgânica o desenvolvimento econômico, político e social da nação.

Por isso mesmo, não canso de afirmar que temos um considerável débito histórico com o imperador Napoleão Bonaparte. Pois foi devido o seu desagrado com a postura de Portugal pelo fato do mesmo manter estreitos contatos e parceria comercial com a Inglaterra. Que ele ameaçou invadir Portugal, o que resultou na fuga da degenerada Família Real Portuguesa para o Brasil.

O leitor mais desavisado poderia indagar qual a influência para a nossa história que tal mudança proporcionou para a nossa atual formação. Simples, antes da vinda da Família Real para o Brasil, não era permitido que fosse implantada na colônia qualquer traço ou evidência de alguma ação de ordem cultural. A economia se baseava no tripé monocultura, latifúndio e mão de obra escrava. Era proibida, por determinação expressa do império ultramarino, a instalação de escolas, circulação de livros e os poucos que aqui circulavam eram resultado de produto contrabandeado.

Esta realidade só adquiriu novas formas, para melhor, depois de mais de três séculos da descoberta do Brasil, com a chegada da Família Real em 1808, ao Rio de Janeiro. Foi a partir desta data que se permitiu a implantação e o surgimento de teatros, museus, escola superior de Medicina, Técnica Agrícola, a implantação de parques gráficos… E uma novidade, o lançamento da Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal a circular no Brasil, este ainda em 1808. Se tal fato histórico não tivesse acontecido, provavelmente, o nosso atraso histórico tivesse perdurado por mais tempo. O exposto nos dá uma pálida ideia do que nos foi legado ao longo de nossa triste formação enquanto nação. A elite econômica que se encontra atualmente no poder é remanescente destas forças do atraso e das trevas que sempre conduziram, de forma criminosa, os destinos do povo brasileiro. Até quando? Só o futuro nos dirá.

Sérgio Jones

Jornalista

 

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O analfabetismo político brasileiro

O povo clama por seus direitos.

O Brasil se encontra em uma posição catastrófica em todos os segmentos,  graças à administração espúria do governo ilegítimo do golpista Michel Temer.

A economia brasileira respira através de aparelhos e não dá sinais de melhora em curto prazo; o desemprego cresce assustadoramente e a perspectiva é de aumentar ainda mais, graças ao padecimento – sofrimento intenso – do sistema financeiro do Brasil.

O americano e diversos outros estrangeiros está levando nossos bens naturais a preço de banana para não dizer, de graça. O desmanche da Petrobrás e a “doação” do Pré-Sal é prova inconsistente das maracutáias deste governo golpista, ilegítimo.

Mas, por que tudo isso acontece explicitamente sem que haja alguma contestação, ou quase nenhuma, por parte dos que são tidos como os mais esclarecidos? Porque na realidade, acontece com o apoio deles; promovido por eles. Será que é só para agradar os coxinhas zona sul?

Reproduzindo o pensamento do Jornalista Sérgio Jones que classifica o Congresso Brasileiro como um “lupanário”, pode-se completar este pensamento concluindo que “o lupanário saiu do congresso e se expandiu por todo território brasileiro”. Só que nos “lupanários oficiais” seus frequentadores e participantes têm prazer ou recebem dinheiro.

Infelizmente o Brasil é formado por uma população de analfabetos, e pior: analfabetos políticos. O analfabeto político não tem a mínima condição de emitir um parecer abalizado, justo. É sempre a lei do “primeiro o meu”.

Conforme Bertolt Brecht (10.02.1898 – 15.08.1956) um poeta, dramaturgo e diretor de teatro alemão, conhecido principalmente pela Ópera dos Três Vinténs, em entrevista para o DCM – Diário do Centro do Mundo – afirma: “o analfabeto político não ouve, não fala, nem participa de eventos políticos. Ele não sabe que o custo da vida, o preço do arroz, do peixe e da farinha, do aluguel, dos sapatos e da medicina, tudo isso depende de decisões políticas. O analfabeto político é tão estúpido que é com orgulho que afirma odiar política. O imbecil não imagina que é da ignorância política que nascem as crianças abandonadas, os piores ladrões de todos, as prostitutas, os maus políticos, corruptos e lacaios de empresas multinacionais e nacionais”.

Lamentavelmente os coxinhas zona sul são formados, na sua grande maioria, por analfabetos políticos; alguns são bem sucedidos na vida; possuem boas moradias, carros importados, frequentam bons restaurantes, adeptos a todo tipo de futilidades; porém, nem todos já leram um livro sequer e muito menos conhecem a história política do Brasil. Pode-se resumir esta situação em uma frase do jornalista e palestrante soteropolitano, Roberto Leal: “quem não lê, pouco sabe em nada opina, só ouviu dizer”. Resumindo: são Marias vão com as outras.

Portanto, além de desenvolver um projeto de governo sério, o próximo presidente eleito pela maioria dos votos diretos, terá de acabar com os analfabetismos. O político e o funcional. Tem que haver investimentos de grande envergadura nestes segmentos.

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Que Zorra, Camarada!

Há de se temer o fantasma do Ataliba

Há de se temer o fantasma do Ataliba

A burguesia tem seus encantos, alimenta sonhos de poder, de riqueza, de luxo, logo não é fácil convencer a maioria da graça da virtude, do humanismo da existência modesta, seja em nível médio, seja como pobre mesmo. O sonho burguês, portanto atiça a fantasia de gregos e troianos, pois mais forte que as pregações, as louvações aos humildes, é o fascínio por ter terras, mansões, coberturas, carros novos, dinheiro e liberdade para comprar, guardar ou viajar.

Essa sedução do ter, distante e sempre sonhada, não podia ser desfeita na experiência socialista do Leste Europeu, que em quatro décadas só conseguiu garantia de emprego, saúde, educação, moradia, lazer, alimentação, reduzindo os índices de pobreza, doença, criminalidade, marginalização. Tais conquistas, na prática, não ajudaram a matar a fascinação burguesa da casa rica, da mesa farta, do amplo direito de propriedade, do comércio intenso, donde a reviravolta naqueles países, onde sempre foi forte a concentração da riqueza, a tradição de ser rico, sem refletir sobre os efeitos da acumulação, que impede os sonhos da maioria. Pior ainda: os regimes do Leste, queimando etapas, restringiram a liberdade imprensa, as ações da oposição, esquecendo que aí se tem uma válvula de escape, uma forma de aliviar as tensões, as insatisfações.

Além disso, a rigor, os povos do Leste Europeu entraram na aventura socialista por obra do nazismo, cujo crescimento assistiram passivamente, pois andavam atemorizados com o Manifesto Comunista do judeu Karl Marx e com a revolução de 1917, na Rússia, liderada por Lênin, um judeu também. Assim foram dominados, escravizados, e quando os russos vinham de volta, arrasando as forças nazistas, lógico que a minoria – a resistência – assumiu o poder que teve de ser mantido com a ajuda dos soviéticos, alvo principal dos nazifascistas, que apanharam os judeus como bodes expiatórios, ou mesmo raça que produzia subversivos.

Mas os russos, que perderam 20 milhões de patriotas na guerra, chegaram à conclusão de que devem agora cuidar dos sonhos próprios, deixando de injetar milhões de dólares em armamentos, tropas, ajuda econômica, até porque são hoje uma grande potência, podem experimentar certos encantos burgueses e não têm porque temer, com tanta bomba atômica, o surgimento de um Hitler qualquer ameaçando novamente arrasar a União Soviética.

A estratégia russa, no caso, leva jeito de carga ao mar, por excesso de peso, então se salvem sozinhos, como socialistas ou sociais democratas, pois além de conquistas espaciais, avanços na indústria bélica, comunicações, técnicas agrícolas, artes, ciência, o povo russo quer mais coisas como moradia melhor, eletrodomésticos de qualidade, supermercados abastecidos, carros, casa de campo, colônias de férias.

Tal visão pode parecer simplista, negação do internacionalismo proletário, mas afinal a União Soviética não tem, nos chamados países satélites, empresas no estilo das multinacionais, logo não há remessa de lucros, entrada de dólares, sendo o imperialismo soviético uma espécie de tigre de papel, não vale coisa nenhuma.   Diante da mudança, cresce a inquietação com o ruir do sonho socialista no Leste Europeu, que deixa perplexos os crentes na marcha irreversível do socialismo. Daí a indagação: o sonho acabou? Por enquanto, sem dúvida, parece um pesadelo, com um despertar de agonia, angústia, agravados pelos foguetes, rojões que os conservadores soltam no mundo capitalista, onde os nazifascistas tentam sepultar Marx, Lênin, e desenterrar Stalin como símbolo do sistema quando na verdade foi personagem de um período conturbado da história. Mas como diria Karl Marx “tudo que é sólido desmancha no ar, tudo que é sagrado será profanado, e os homens são finalmente forçados a enfrentar com sentido mais sóbrios suas reais condições devida e sua relação com outros homens”.

Essa zorra de agora, camarada, não deve causar medo, abatimentos, pois há quase dois mil anos os cristãos pregam a solidariedade, o desapego aos bens materiais condena a riqueza desmedida, a ostentação, sem conseguir grandes avanços, vitórias concretas. Não é exagero, portanto, admitir que os socialistas do Leste Europeu, com seus sonhos, enraizados há século, não tentem de novo a saída burguesa, recuando depois ou sofrendo as consequências do processo, com a dimensão exata da realidade e da fantasia.

Tanto lá, como aqui, a liberdade não faz medo. Há que se temer, isto sim, o fantasma do Ataliba. Não se trata de General, um Hitler caboclo, mas de um censor do Estado Novo que chegou ao jornal pronto para cortar texto, mandar para o lixo. Então surgiu o editor e disse ao homem: Você está desempregado, a censura acabou. O Ataliba não sabia de nada, o regime caiu, ele não acreditou, de sorte que não perdeu a pose, a arrogância, arrumou as coisas e profetizou:

-Mas eu volto.

O Ataliba efetivamente voltou novamente censor, repressor, apoiado noutra ditadura, assim como estão tentando ressurgir os nazifascistas em várias partes do mundo. A preocupação maior, portanto, é que a liberdade não seja, mais uma vez, instrumento de conquista do poder por essa gente, nem aqui, nem no inferno, pois aí sim qualquer sonho vira um permanente pesadelo.

Nagib Jorge Neto

Obs.: texto extraído do livro de sua autoria: Que Zorra, Camarada!

 

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