Aqueles que fizeram panelaço pedindo o impeachment de Dilma Rousseff, os coxinhas que se acham brancos e que nasceram em Ipanema, Leblon, Copacabana, Vila Mariana, entre tantos outros bairros nobres deste País, conseguiram o que tanto queriam. Lá vem o Brasil descendo a ladeira sob a batuta do golpista Michel Temer.
Para ser mais exato, como disse Cazuza nos versos da canção Disparo contra o sol: “Transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”. É a lei do político brasileiro independente a que facção pertença. Os que estão no poder sempre “mamam mais”.
Aqueles que fizeram panelaço pedindo a saída da presidente eleita Dilma Rousseff estão calados. Silêncio profundo.
Por que não fazem panelaço em protesto pelas propinas recebidas a favor do “Santo” – codinome de Geraldo Alckimin – referentes às obras do metrô de São Paulo? “Marcio Pellegrini, solicitava pagamento de R$ 500 mil para ‘ajuda de campanha com vistas a nossos interesses locais’”, relata Fernando Brito, editor do Tijolaço.
O empreiteiro Marcelo Odebrecht em sua delação premiada, deixou o Chanceler Golpista José Serra em uma situação extraordinariamente crítica e deverá ser o sétimo ministro a exonerarem do cargo. O golpista é acusado de receber 23 milhões como propina na Suíça através da conta do banqueiro Ronaldo Cezar Coelho. E cadê o panelaço?
Há pouco tempo atrás o chanceler “meia-boca” disse temer uma inesperada fuga de Lula, prejudicando a imagem do Brasil no exterior.
Por causa da delação do empreiteiro Marcelo Odebrecht, a atual conjuntura se torna insustentável para Michel Temer e seus seguidores, porque a equipe de trabalho da Lava Jato e o PIG não conseguirão agir com exclusividade ante os diversos blocos de políticos corruptos. Portanto o melhor caminho para os golpistas é a renuncia de Temer, com ou sem panelaço.
O brasileiro verdadeiramente politizado não entende até hoje, o porquê de retirar uma presidente honesta a fim de colocarem uma quadrilha devidamente especializada em corrupção, para governar o Brasil.
Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados porque o tempo, o tempo não para. (Cazuza).