Um mero ladrão de galinha, que roubou para se alimentar, já teria sido preso, tomado todo tipo de “catiripapos” e condenado a cumprir pena em uma cela fétida, sabe-se lá até quando.
Enquanto que o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, possui contas na Suíça, foi delatado diversas vezes na Lava Jato – segundo reportagem da revista Época – recebeu R$ 52 milhões de propina para liberar dinheiro do FI-FGTS para empresas, é réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal, continua no cargo exercendo suas “funções”. Não cai e muito menos será preso.
O que dá sustentação ao Eduardo Cunha? Em tempos não muito distantes, diriam que “ele tem um bom costas largas”. Porém hoje, pode-se dizer que ele tem muitos – sujeitos iguais a ele – com o “rabo preso” em seu bolso ou em seus negócios escusos.
Um dos principais sustentáculos de Cunha é a família Marinho que, através do Jornal Nacional e de todo o seu quadro de jornalistas inescrupulosos distorce as notícias, direcionando-as no sentido de livrar Cunha das acusações e, ao mesmo tempo, prejudicar a Presidente Dilma Rousseff, Lula e todos do PT ou a ele ligados. Além desses, os deputados que receberam ajuda financeira deste escroque “travestido de político honesto”.
O mais inexplicável ainda é que está em andamento um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, conduzido por pessoas das mais corruptas do Brasil. Segundo o jornalista Glenn Grenwald, vencedor do prêmio Pulitzer de Jornalismo em 2014, “‘o fato mais bizarro sobre a crise política é que, de Michel Temer a Eduardo Cunha, passando pelos tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin, os adversários mais influentes de Dilma Rousseff estão envolvidos em chocantes escândalos de corrupção bem mais sérios do que os que são dirigidas à mandatária”. Critica também a cobertura midiática, embaraçante e sensacionalista, exibida pelo Jornal Nacional e por outros programas e veículos de comunicação das Organizações Globo.
Eduardo Cunha transformou a Câmara dos Deputados e, indiretamente, o Brasil, em seu “feudo particular”, onde ele rasga a Constituição Federal quantas vezes quiser, determinando o que bem entender segundo a sua “suprema” vontade. Ele é a prova viva do “quanto pior melhor”, do “tô nem aí pras leis”. O que vale é o jogo de interesses, onde quem manda é um grupo midiático que – fazendo a cabeça de milhares de brasileiros teleguiados – sonha em derrubar um governo eleito democraticamente.
O Ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal, ordenou que fosse aberto um processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer imediatamente, porém o Presidente da Câmara Eduardo Cunha, anunciou que não iria cumprir esta ordem.
Desta forma o destemido Cunha – sempre trazendo no semblante uma expressão de esquizofrenia – passa a correr sérios riscos de ser destituído do cargo de Presidente da Câmara dos Deputados – paga-se para ver. “É impensável que não se observe uma decisão do supremo. A decisão não é do cidadão Marco Aurélio, é do Supremo e deve ser observada. Se houver descumprimento é crime de responsabilidade e sujeito a glosa penal”, informou o Ministro Marco Aurélio Mello.
Vamos dar tempo ao tempo e pedir a Deus que tudo seja resolvido da melhor forma possível porque, do contrário, vai estourar uma guerra civil sem sombra de dúvidas.