Já falei sobre religião, mensalão, dizimão, auto-ajuda, política, conto de fadas, entre tantos outros assuntos.
Por falar em conto de fadas, eu sempre observei que nas fábulas tradicionais as coisas sempre dão certo para o “mocinho”. Branca de Neve encontrou seu príncipe encantado, os três porquinhos conseguiram fugir do lobo mau, João e Maria encontraram o caminho de casa… Nas historietas brasileiras acontece efetivamente o contrário. Sempre dá tudo errado e o vilão é quem sai ganhando. O pirata da perna de pau rouba o tesouro do erário público e coloca em sua conta na Suíça, Capitão Gancho desvia verbas públicas para pagar o mensalão, os pastores fogem com malas de dinheiro para repartirem o dizimão e suas ovelhas nas “pastagens”, o bruxo do analfabetismo já providenciou o seu mensalinho, Ali Babá e seu filho ladrão, são presos e seguem dizendo: esta assinatura não é minha, estes que estão sendo presos não somos nós…
Falando em conto de fadas, Sete de Setembro é o maior de todos. A história oficial do Brasil nos conta, que no famoso dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, sabe-se lá a que horas, provavelmente após o “intrépido” imperador D. Pedro ter tomado umas e outras com suas cortesãs – dizem que ele era muito chegado a uma Marquesa – recebeu uma mensagem enviada por Dona Leopoldina, sua esposa, com uma espada “enooorme”, arranca da sua farda os “lacinhos” com as cores da coroa portuguesa e grita: Independência ou morte! E o Brasil ficou independente – de Portugal – passando a ser reinado e ter como monarca D. Pedro I.
Só que a História parece não ter sido bem assim. No dia da independência tive a oportunidade de assistir em um canal de TV, sinal aberto, que D. Pedro I praticou o primeiro ou um dos primeiros atos de corrupção em terras brasileiras, pagando uma propina £ 2.000.000,00 (dois milhões de libras esterlinas) ao seu pai D. João VI, rei de Portugal, para conceder a Independência ao Brasil.
Como D. Pedro não tinha esta fabulosa quantia e muito menos o Brasil poderia tê-la, o Rei da Inglaterra concedeu um empréstimo ao Monarca brasileiro – o qual nunca foi pago – tornando-se um dos elementos complicadores para a dívida externa do país que ali se iniciava de mãos dadas com a corrupção. Esta quantia hoje já está na casa dos “bilhões de dólares”.
Infelizmente, até hoje, nós brasileiros vivemos iguais a “Alice no País das Maravilhas”, com a boca escancarada, cheia de dentes – na maioria da população, dentes pútridos – “olhando a banda passar”.
Sempre torcendo por você e para que este país seja passado a limpo.