
FOTO: Carta Capital
De acordo com a grande imprensa nacional a imitação de presidente, Jair Bolsonaro, até o presente momento, ocupa a pole position em pedidos de impeachment. Posição alcançada mesmo antes da nova crise do governo protagonizada pelo então ministro da Justiça Sergio Moro.
Em aproximadamente 16 meses de desgoverno, já foram feitas cerca de 31 representações para remover Bolsonaro do cargo.
Do total apresentados, 24 deles chegaram antes da sexta-feira passada, dia em que Moro provocou um terremoto político.
Mesmo diante do elevado números de pedidos o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se mostrado relutante em colocar o tema em pauta. De acordo com o que assinala a grande imprensa nacional, Maia não quer tratar do assunto enquanto não houver um sinal mais claro do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as acusações de interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal, como sinalizou Moro.
Fogo amigo
Dentre os inúmeros pedidos apresentados contra Bolsonaro, dois dos mais recentes são oriundos de ex-aliados. O Movimento Brasil Livre (MBL) que protocolou recentemente sua representação, assinada pelo advogado Rubens Nunes. E o apresentado pela também ex- aliada, Joice Hasselmann (PSL-SP). Ela acusa o presidente de crime de responsabilidade por falsidade ideológica e por interferência em investigação da Polícia Federal para obstruir a Justiça e beneficiar os filhos.
O clima não é dos melhores, até mesmo para o Centrão – grupo que reúne legendas como PP, PL, Republicanos, PSD e PTB. Embora seja improvável que este grupo venha apoiar as propostas de impeachement, neste momento, a posição a ser adotada por eles vai depender das barganhas.
O grupo denominado Centrão é formado por políticos venais que não demonstram nenhum compromisso que objetive ou que contribua para o mínimo avanço social do povo e da Nação Brasileira.
Eles podem ser considerados como o aterro sanitário do Congresso. Se o Congresso em parte é podre, eles conseguem ser mais podres ainda. A sua decomposição moral é visível e o mau cheiro já se faz sentir por toda a nação.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
