
Diante das sucessivas bobagens e
patuscadas apresentadas pelo presidente Jair Bolsonaro durante entrevistas, e a
maneira como vem administrando a nação, concedidas à imprense nacional e
internacional. Os constrangimentos para o povo brasileiro têm se tornado
visivelmente intoleráveis.
Uma das mais recentes, de seu manual de besteirol, foi ter afirmado não ter
visto nenhuma maldade em advogado ter conversado com promotor, polícia Federal
falar com promotor. Se referindo ao comportamento nada ético do xerife dele, de
obras prontas, Sérgio Moro.
Mas segundo diálogos expostos pelo site Intercept, estes deixam claro que o rei
está nu. Enquanto era juiz da Lava Jato, Moro discutira como o procurador
Deltan Dallgnol processos em andamento e comentava pedidos feitos à justiça
pelo Ministério Público Federal.
A cópia mal elaborada da figura do presidente tentou justificar o silêncio que
manteve por vários dias, diante da imprensa, sobre o caso ao declarar que
“uma imagem vale mais que mil palavras” e citou o fato de ter ido
junto com Moro a um evento da Marinha, na terça (11), de quem permaneceu ao
lado durante a cerimônia.
No tocante aos possíveis desdobramentos que as mensagens podem trazer para a
Lava Jato, o indigitado presidente, argumenta que: “O Brasil tem muito a
agradecer ao ex-juiz”. E acrescentou mais uma inverdade ao afirmar que o
ministro se manteve isento no período das eleições, que ele “não fez
campanha” e “nem entrou em campo”.
Com relação ao ex-presidente Lula, Bolsonaro mostrou-se incomodado ao ser questionado
por um repórter sobre o fato de ter o ex-presidente colocado em dúvida a
veracidade da facada da qual foi vítima em 2018. “Presidiário presta
depoimento, não dá entrevista”, disse.
Persistindo em sua retórica incompreensível argumentou a seu favor de que
poderia exibir a cicatriz para provar que era verdade. E que o mesmo não teria
“nem grana e nem contatos” para forjar o ataque.
E de forma debochada e pouco inteligente disse que se a facada recebida por
ele, que não apresentou sangramento, fosse desferida na barriga do Lula, no
lugar do sangue verteria muita cachaça.
O fato inusitado que chamou a atenção dos repórteres foi a atitude adotada pelo
ministro do GSI, general Augusto Heleno, demonstrando total desequilíbrio
mental sobre o episódio da facada em Bolsonaro. Chamou o ex-presidente de
“canalha” e foi enfático ao afirmar que “tinha vergonha” de
ele ter sido presidente do Brasil.
Quanto ao tratamento de subserviência mantido diante do presidente ao trata-lo de “senhor” era uma questão de respeito. No que tange à existência de um ex-Presidente da República desonesto, este deveria ter “prisão perpétua decretada”. Não seria este o caso de se perguntar o que o general, cabeça torta, está fazendo ao lado de Bolsonaro, e porque ambos não se encontram em prisão perpétua?
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)