
A proposta de orçamento do governo de Jair Bolsonaro para este ano é digna de um governante genocida ao promover profundos cortes na área de saúde que vão reduzir em até R$ 36 bilhões recursos que poderiam ser utilizadas no combate à pandemia do novo coronavírus. Ao deixar de direcionar esses preciosos recursos na compra de vacinas, abertura de novos leitos de UTIs e contratação de mais médicos e enfermeiros.
A ação do deletério mandatário trafega justamente na contramão da vida para dar suporte ao caos e a morte, ao retirar do Orçamento da União de 2021 recursos da educação, dos programas de crédito para as micro e pequenas empresas da saúde.
A prioridade desse governo de Thánatos, filho sem pai, não prevê recursos para esses setores. Ao contrário, destina aumento com gasto com soldos (salários) dos militares sobe R$ 7,1 bilhões. O que deixa transparecer ter como prioridade o seu compromisso com setores de pouca ou de relativa expressão para o país.
O crime cometido com os recursos público será direcionado para uma classe senão toda, parte dela, de reconhecidos e sacramentados parasitas que a nação hospeda sob o falso argumento de Segurança Nacional.
Segurança mesmo contra o quê? Inimigos imaginários que povoam a cabeça enfermas de alguns de nossos gloriosos militares?
O mais incrível é que na proposta original do governo federal, apresentada no final do ano passado, os investimentos previstos para as Forças Armadas eram de R$ 8,17 bilhões. Mas agora subiu R$ 8,32 bilhões de um total de R$ 37,6 bilhões, e representa 22% para todo o governo federal.
Qual a leitura podemos e devemos fazer de tamanho descalabro financeiro. A quem beneficia tal medida? Ao povo, com certeza, é que não é.
O que fica evidenciado com todo esse desmando financeiro é que enquanto a classe trabalhadora faz força e molha a camisa.Enquanto em nome de uma pretensa e inexistente segurança nacional, ver seus esforços e recursos serem drenados para um setor que aparentemente sua, enquanto o trabalhador faz foça.
Tal cenário se apresenta para o povo como profunda inversão de valores, que se evidencia, nesse governo pela rejeição e o desprezo à vida, em favor da morte. Com essa atitude insana, o governo nos nega o direito de viver a nossa própria vida e morrer a própria morte.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)