Monthly Archives: dezembro 2020

Feira de Santana é advertência para 2022/Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Terminado o primeiro turno, em 15 de novembro de 2020, o candidato Zé Neto, do Partido dos Trabalhadores, chegou em primeiro lugar, com 120 000 votos, desempenho que parecia confirmar o prolongado favoritismo que acompanhou os últimos meses de campanha.

Quinze dias depois, abertas as urnas do segundo turno, o resultado era outro, reafirmando as piores profecias. Embora tenha ampliado seu cesto eleitoral para 138 000 votos, Zé Neto foi ultrapassado por Colbert Martins, que atingiu a surpreendente marca de 164 000 votos, vice-prefeito eleito da gestão anterior, empossado na própria prefeitura depois que o titular deixou o cargo para disputar o governo do Estado.

Com este resultado, uma oligarquia que domina a política da cidade há décadas cravou a quinta vitória consecutiva.

O resultado não seria uma surpresa se Feira de Santana pudesse ser classificada como exemplo do atraso urbano e social do país, uma localidade dominada pela estagnação em todos os sentidos. Não é assim.Ali funciona uma universidade pública, com cursos de direito, medicina, engenharia. Nos governos Lula e Dilma, o programa Minha Casa, Minha Vida fez ambiciosos investimentos no local, construindo 26 000 moradias para famílias de baixa renda, 26 000 para renda média, benefício capaz de atingir pelo menos 100 000 pessoas.

Depois do Luz para Todos, estima-se que 100% das residências e estabelecimentos do lugar contam com eletricidade. Enquanto na presidência, a própria Dilma esteve no local, numa visita que muitos moradores recordam até hoje. Conforme uma pesquisa de opinião, 69% dos eleitores se diziam dispostos a votar no candidato indicado por Ruy Costa, governador petista da Bahia.

Impossível entender a mudança no ambiente eleitoral de Feira de Santana sem avaliar a operação de guerra ocorrida nos últimos dias.

Numa trapaça eleitoreira proibida por lei, na véspera da votação pelo menos 26 000 cestas básicas foram distribuídas à população carente.

Os ônibus fretados pela Justiça Eleitoral para transportar moradores que residem em locais distantes amanheceram com todos os pneus furados.

Depois de lançar um candidato próprio no primeiro turno, na segunda fase as principais denominações evangélicas se alinharam com a direita.

As redes sociais espalharam uma fake news pavorosa a respeito de familiares de Zé Neto — quando foi possível desmentir, o estrago estava feito.

Realidade geopolítica onde residem 66 milhões de brasileiros — 31,7% da população — as cidades médias como Feira de Santana costumam jogar um papel especialmente relevante no debate político nacional, situação que deve repetir-se em 2022, quando o país tentará livrar-se do flagelo Bolsonaro.

Ali os aparelhos políticos operam em ambiente de impunidade, sendo capazes de provocar estragos consideráveis sem produzir escândalos que chamam a atenção dos grandes centros do poder.

Dentro de dois anos, os truques e armadilhas produzidos na eleição municipal de Feira de Santana — comuns em outras partes do país — podem ter um papel mais nocivo do que se imagina para sabotar o esforço do retorno do país à democracia.

Alguma dúvida?

(Agradeço ao radialista Gerinaldo Costa pelas observações que me permitiram escrever este artigo).

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Vereador Edvaldo Lima presta tributo ao deus Mamon/ Sérgio Jones*

Mais uma vez a grotesca imitação de legislador feirense, o evangélico, fundamentalista e xenofóbico Edvaldo Lima (MDB), perdeu a preciosa oportunidade de permanecer calado ao fazer discurso recente na tribuna da câmara, no qual destaca a importância de se manter o comércio aberto em Feira de Santana.

Não perdeu tempo em tecer loas pela vitória política obtida, no último pleito, pelo prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins.

Após a puxação de saco de praxe, não se dando por satisfeito pelo ato de subserviência explícita, declarou que se o candidato do PT tivesse vencido iria fechar tudo.

“Peço ao prefeito jamais pensar em fechar o comércio e prejudicar a nossa economia. Acredito que isso não passe na cabeça dele e nem de nenhum prefeito que pense no povo, no bem-estar da sociedade”, esbravejou.

Há quem defenda a tese de que Edvaldo Lima calado é um poeta, mas quando abre a boca só fala asneira. Além de adotar costumeiramente uma postura tresloucada em que se utiliza da imagem de Deus como se general fosse. Para justificar seus atos insanos associados com uma visão distorcida que possui sobre a sociedade e ao seu tempo.

O que faz com que na condição de religioso continue transitando no mais completo e profundo obscurantismo. Ao se colocar em favor do capital em detrimento da vida. Prestando dessa forma um desserviço à vida e realizando profunda reverência e servidão, ao deus Mamon.

Postura que o coloca na contramão da história, a qual demonstra desconhecer os seus mais primários e rudimentares princípios. Sempre deixando a crença e conceitos religiosos, se sobreporem à razão.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Mamata vai continuar: Marcos Lima vereador derrotado indica cargos a ocupar no executivo/Por Carlos Lima.

A mamata vai continuar

Líder do governo no Legislativo feirense o vereador derrotado nas eleições do dia 15 de novembro, Marcos Lima, entendeu ter sido prejudicado no processo eleitoral no qual tentava a reeleição, justamente pela delicada posição de defender o governo.

Mesmo sabedor das dificuldades, afirmou ter permanecido fiel ao grupo de José Ronaldo e Colbert Filho, atuando como liderado e cabo eleitoral.

Deu forte contribuição para que o grupo político fosse vencedor, lutou incansavelmente buscando votos para ele e para o prefeito, o principal objetivo foi alcançado, Colbert se reelegeu.

Para o seu futuro político não teve meias palavras. Espera a qualquer momento sentar com o prefeito e discutir sua participação no executivo.

Analisando que o DEM, seu partido de filiação, sempre esteve alicerçando a administração do prefeito, tem a convicção que terá o seu espaço. Sem dúvida será contemplado.

Com a certeza estampada nos olhos, apresentou sugestões para sua nomeação: “se me perguntarem o que eu prefiro, escolheria uma Secretaria ou até mesmo uma Superintendência para que eu possa atuar e fazer um bom trabalho para a população. Coloco-me a disposição do Governo como sempre me coloquei sendo líder do Governo, base de apoio e cabo eleitoral. Então, continuo batalhando pelo que acreditamos”.

Cargos almejados pelo vereador derrotado:

“Secretaria de Serviços Públicos (SESP), que me identifico muito; Secretaria de Meio Ambiente (SEMMAM), pois já fui presidente da Comissão de Meio Ambiente na Câmara e tenho conhecimento; Superintendência de Trânsito (SMT), que sou formado na área como instrutor de trânsito e também tenho conhecimento. São locais que acho que poderia contribuir com a cidade. Não adianta estar em uma Secretaria que não possa contribuir. Quero um local que possa contribuir e ajudar a cidade”.

Ele diz: Quero. “Quero um local que possa contribuir e ajudar a cidade”.

Essa escolha impositiva diz muito sobre o que “rolou e ainda está rolando nos bastidores desse grupo político comando pelo ex-prefeito José Ronaldo”.

Carlos Lima, Jornalista

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Submissão imposta por Ronaldo aos aliados políticos tem rendido bons frutos para o mesmo/ Por Sérgio Jones*

Processo com elevado grau de subserviência na política feirense tem se revelado como algo que tem rendido bons frutos, tanto para os que submetem e os que são submetidos. Estes resultados só não são transferidos para o povo, este continua sofrendo e vivendo em completa indigência social.

Muitos devem estar se questionando o porquê de tal observação. E eu respondo, essa prática está se tornando mais evidente e visível após afirmação feita durante entrevista concedida a imprensa local, pelo coadjuvante de modelo de prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins (MDB).

Ele cita textualmente, como pretende aproveitar melhor o seu vice-prefeito Fernando de Fabinho, sugestão dada por José Ronaldo em programa de rádio, em passado recente. O atual gestor garante, que o mesmo modelo imposto a ele, será administrado em relação ao seu vice.

Tal afirmação seria hilária se não fosse patética. A função institucional, nome pomposo e que impressiona. Expressão com que Colbert se refere ao papel que será atribuído ao vice, nada mais é a repetição do modelo desempenhado e aceito por ele, imposto pelo poder hegemônico de Ronaldo. Que através de truques regiamente calculados, vem se perpetuado no poder.

Já assistimos essa película antes, a história volta a se repetir em forma de farsa. Em outras palavras, significa que o modelo de sujeição execrável que o atual prefeito foi e continua sendo submetido, ele vai transferir essa odiosa prática para o seu vice.

Tal comportamento e prática política modifica totalmente os valores e coloca em cheque os conceitos democráticos. Ao permitir que o mando e decisões políticas se tornem concentrados em uma única pessoa. Fato que já se tornou uma realidade em Feira de Santana, por mais de duas longas décadas, e que vai se prolongar, infelizmente, por mais quatro anos.

Atos políticos que podemos considerar como doloso uma vez que o atual mandatário e sua corja quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Por acreditarem já terem alcançado um resultado por eles visado.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Legislativo feirense: na Casa do Senhor não existe satanás, xó Satanás! / Sérgio Jones*

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Xô Satanás

mbora o Estado Brasileiro seja considerado laico, determinados grupos de evangélicos têm se feito presente no cenário político do país. E sua influência nefasta tem sido inegável, para o desenvolvimento social. Uma vez que uma fatia significativa é composta de pessoas com baixo nível intelectual e desprovido de conhecimento. O que os torna presas fáceis de pastores e políticos pouco ou nada escrupulosos.

Uma evidência tem sido o crescimento exponencial desse segmento religioso atuando no campo político, em todo o território nacional. O obscurantismo tem dominado e travado, cada vez mais, o desenvolvimento social devido ao elevado nível de preconceito associado em grande parte pela desinformação e uma visão distorcida da realidade, onde conceitos fundamentalistas tem se sobreposto ao conhecimento da ciência e da razão.

A divulgação na imprensa feirense sobre a presença de pastores evangélicos na galeria da Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta quarta-feira (2). Promoveu a alegria e colocou em êxtase a bancada de vereadores evangélicos existente através de figuras fundamentalistas: Cadmiel Pereira (DEM), Isaias de Diogo (MDB), Eli Ribeiro (Republicanos) e do deputado estadual José de Arimateia.

Os dois primeiros e o deputado Arimateia foram os grandes derrotados nesse pleito. Talvez por serem homens de pouca fé ou por ter economizado nas orações. Há quem atribua as derrotas de suas excelências a provável recusa do poderoso em se tornar cabo eleitoral, desses valiosos adoradores do deus Mamon.

Entretanto, todos eles têm algo em comum, reivindicam e se acham com direito a obter uma parcela do poder por considerarem ter sido eles importante que definiram as eleições em favor à reeleição do prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins (MDB).

Estão se sentindo que nem pinto no lixo, em completo estado de felicidade, algumas vezes sem nem saber qual o real motivo ou circunstância para tal felicidade.

As trevas se estende literalmente pelo país, e a ausência de luz já se tornou uma realidade insofismável. E acreditem, não estou me referindo ao Estado do Amapá. Enquanto, algumas pessoas continuam crendo que na Casa do Senhor não existe Satanás. A nossa realidade nos prova ao contrário. Xó Satanás.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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