Feira: mudar para não piorar/ Por Sérgio Jones*

Feira de Santana uma cidade abandonada pelo prefeito

Prossegue sem nenhum pudor o show de manipulação em massa que tem como protagonistas os políticos de plantão que partem para o vale tudo em ano eleitoral.

Mesmo em ano de pandemia as malfadadas práticas se repetem, sobrando todo tipo de acusações desonestas que tem como protagonistas os próprios colegas. A luta pelos podres poderes têm a capacidade de atrair os piores e corromper os melhores.

Tentando parecer sem ser, se comportando como arauto da moralidade pública e dos bons costumes, o vereador Lulinha assume a tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana para denunciar possível crime eleitoral que corre de forma fagueira pelo município.

Trata-se da distribuição de cestas básicas que, segundo ele, estariam sendo distribuídas entre os eleitores, tanto na sede como na zona rural, tendo como objetivo a compra de votos.

Também fez coro com ele a vereadora Eremita Mota, recentemente envolvida na questão da confecção de máscaras com sua foto, o que é considerado como propaganda antecipada e passível de punição.

É bem verdade que um erro não se corrige com outro, para nós eleitores esse tipo de comportamento se tornou genérico. Querem algo mais imoral e indecente que se tornou comentário mais comum entre os feirenses, a utilização escancarada da máquina pública por parte do prefeito peemedebista de direito e não de fato, Colbert Martins, na busca de sua reeleição, com quem Lulinha junta forças e o apoia politicamente.

Outra prática imoral que acontece à vista de todos, tem sido o uso indevido e constante das cooperativas objetivando cabalar votos. Uso esse do qual, por ser do grupo político do atual governo, o vereador acaba se beneficiando desse tipo de armação.

O que dizer dos sucessivos escândalos praticados, pelo seu grupo político, no tocante à saúde. Em que resultou no bloqueio, pela justiça,dos bens do grande capo da política local, José Ronaldo.

O pronunciamento do vereador petista José Nery também é digno de ser comentado. Ele disse que irá cobrar para que o município cumpra o edital, quando o BRT for colocado em funcionamento. “Vou levar ao Ministério Público o edital, pois seriam ônibus articulados e estão anunciando ônibus com três portas”.

Vejam os senhores que o senso de oportunismo, dessas pessoas, não tem limites. Ele está pegando a parte pelo todo. O que deve cobrar é a imediata implantação do BRT. A sua conclusão se arrasta por mais de cinco anos e já foram investidos mais de 100 milhões de reais, e nada acontece.

Há décadas o povo padece com falta da existência de um modelo de transporte público, minimamente decente. Mas nada disso estaria acontecendo se suas excelências não tivessem as regalias que têm, sem merece-las.

Regalias essas, que permitem que eles não se dignem a fazer uso desse tipo de serviço. Este, tem servido de palanque apenas para gerar discursos de cunho demagógicos.

Os legisladores dispõem de uma frota de veículos bancado com os recursos públicos, prontos para servi-los. Podendo ser para atender interesses nem sempre confessáveis, uso de familiares e eventuais solicitações de algum eleitor ou cabo eleitoral. Sendo os mais comuns, viagens para Salvador. Talvez por isso o problema do transporte público não tenha recebido a devida atenção que a situação exige.

Quanto à existência de ônibus com duas ou três portas no momento, é um problema menor. O que fica evidenciado nessas práticas nada defensáveis é que em ano eleitoral todo discurso, por mais inócuo que possa ser, é utilizado para se conquistar mentes e corações do eleitorado, principalmente junto às massas menos esclarecidas.

O vale tudo prossegue de forma despudorada. A turma dos políticos continua fazendo ‘bonito’ jogando para platéia, que a tudo assiste e aceita de forma passiva e cordata.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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