
FOTO: Apeixoto
“Apesar de você, amanhã há de ser, outro dia, eu pergunto a você, onde vai se esconder, da enorme euforia, como vai proibir, quando o galo insistir, em cantar, água nova brotando, e a gente se amando sem parar[…]”
Na época da ditadura militar de 1964, a música “Apesar de Você”, de autoria de Chico Buarque, praticamente virou o Hino Nacional Brasileiro, principalmente entre os universitários, pessoas ligadas à cultura e as artes, trabalhadores e as pessoas com nível intelectual apurado.
Lamentavelmente nos dias de hoje, muitas pessoas, principalmente as pertencentes ao grupo das “mais intelectualizadas” e grande parte da classe média – a que se acha rica – até trabalhadores mal informados, mudaram de lado de forma burra, irresponsável, e inexplicável, fortalecendo o capitalismo que a escraviza.
Segundo estes eleitores o Presidente Bolsonaro “iria impor a ordem e proteger os cidadãos de bem, defender os valores da família tradicional além de ser um político honesto, visto que não está envolvido em escândalos de corrupção”.
Para contradizer a toda esta “Estória da Carochinha” e jogar a “Famíglia Bolsonaro” no lugar a que sempre pertenceu, surgiu um personagem estereotipado, o Queiroz, jogando toda esta tese pelo “laranjal” abaixo. Falando em Queiroz, por onde anda este personagem? Perdeu-se no laranjal Bolsonariano? Ou se “entregou” a Jesus e está celebrando culto em alguma igreja evangélica? “Tenham cuidado com a sacolinha”.
Por estes e outros motivos como: o corte dos investimentos em educação, a Reforma da Previdência, fim da aposentadoria e outras mazelas mais, que no dia 14 de junho o povo, reivindicando seus direitos, foi às ruas em mais de 189 cidades do país. Deve-se dizer, ordeiramente.
Uma coisa não se pode negar: o Presidente apresentou três grandes projetos de tamanha importância para a sociedade brasileira que, com certeza, ficarão na história da política deste país. São eles: o fim da tomada de três pinos, o fim do horário de verão e o fim das cadeirinhas destinadas a transportar crianças nos veículos em segurança. Sem falar em armar a população com a finalidade, segundo ele, de diminuir a violência. Esta, talvez por falta de maiores detalhes, ninguém de bom senso entendeu.
Com certeza estes projetos irão aumentar o PIB nacional, baixar o valor do dólar e aumentar as exportações!
Eu acredito é na rapaziada, que segue em frente, e segura o rojão, eu ponho fé no pé da moçada, que não foge da fera, e enfrenta o leão, eu vou à luta com essa juventude, que não corre da raia, à troco de nada, eu vou no bloco, dessa mocidade, que não tá na saudade, e constrói a manhã desejada […]. E Vamos à Luta – Gonzaguinha
Alberto Peixoto – Escritor