Creio não existir adjetivos suficientes, na língua portuguesa, que possa definir com precisão o nível de baixeza e vilania alcançada pelos políticos brasileiros, tendo como objetivo apenas se manterem encastelados no poder, desprezando e abrindo mão de todos os princípios básicos das normas consideradas minimamente decentes. Sim, senhores chegamos ao fundo do poço. Prova inequívoca e que não abrem espaços pela dúvida nos foi dada recentemente pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao se pronunciar sobre os comentários que circulam nas rodas do poder de que ele teria sido picado pela “mosca azul” na ocasião da primeira denúncia contra o presidente Michel Temer.
Ele citou textualmente a seguinte sentença: “Não fiz com eles o que eles fizeram com a Dilma”. Com esta observação, reconheceu tacitamente que forças em torno do poder articularam criminosamente o impeachment. E foi mais incisivo ao frisar que o padrão adotado por ele “não é o mesmo”.
O presidente admite não ter feito o que eles fizeram com a Dilma. “Talvez por isso essas mentiras criadas, teve como objetivo gerar um ambiente em que eu era o que não prestava e eles eram os que prestavam. Talvez imaginassem que o padrão fosse esse. O meu padrão não é o mesmo daqueles que, em torno do presidente Temer, comandaram o impeachment da presidente Dilma”, afirmou Maia.
Tal comportamento de suas excelências é o mesmo adotado pelos ganguesteres mafiosos da pior espécie. O grau de aviltamento entre estes criminosos de colarinho branco, não têm precedentes nos anais de nossa história. Literalmente chegamos a um caminho sem volta. Agora é tudo ou nada. Ou o povo se manifesta e demonstra o seu descontentamento indo às ruas, ou mais uma vez a história terá como protagonista os mesmos verdugos de sempre. O povo tem que sair da passividade e da inércia em que se encontra e dar um basta a ação destas bestas travestidas de políticos. Que têm envergonhado a nação, e por extensão todo o povo brasileiro. Fora Temer.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)