
Ministro Geddel Vieira Lima e o presidente interino Michel Temer . Citação do nome de Temer em delação de Sérgio Machado evidencia falência moral do governo.
“Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, transformam o país num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”. (Cazuza).
Como disse o presidente francês Charles de Gaulle – 1959 a 1969 – “Le Brésil n’est pas un pays serieux” – O Brasil não é um país sério. Pode-se ver que vem muito a calhar o atual momento da história política e social pela qual passa este país.
As instituições políticas e sociais brasileiras funcionam de forma precária, incluindo principalmente neste hall o sistema eleitoral, as regras de formação de partidos, o Legislativo e principalmente, o Judiciário.
O deputado Eduardo Cunha perdeu apoio do “Centrão”, (grupo que ele ajudou a criar) sendo aconselhado por seus correligionários a renunciar em beneficio da administração do governo do presidente interino Michel Temer.
Esta sugestão foi o suficiente para que Cunha se descontrolasse e esmurrando a mesa aos berros, anunciasse que jamais tomaria uma atitude dessas. Segundo o deputado, “que tem contra si processo com parecer aprovado para cassação do seu mandato, pelo Conselho de Ética da Câmara”, se cair leva junto com ele mais 150 deputados e dezenas de senadores.
Então pergunta-se: por que um elemento deste ainda está solto? Por que a operação Lava Jato ou o STF não o detém obrigando-o a denunciar quem são os 150 deputados e os senadores do seu time de corruptos? Claro que a resposta seria a seguinte: as instituições brasileiras são falidas, coniventes e operam em benefícios próprios.
Dizem que existe uma estratégia para tirar Cunha do cenário político através de uma operação denominada por “Operação Mão de Gato”, em alusão ao procedimento do felino em bater e recolher o braço rapidamente. O francês Charles de Gaulle tinha razão!
“A tua piscina está cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos… eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não para, não para, não para não”. (Cazuza).