Roseana Sarney e o nosso dinheiro

Ele é meu afilhado. Fui eu que o trouxe do Maranhão. Ele vai à casa quando preciso, uma, duas ou três vezes por semana.

Sabemos que é necessária a contribuição de todos os que compõem a sociedade com o pagamento dos impostos, para que os nossos gestores possam reverter-lhos em benefícios para a comunidade, indistintamente, embora saibamos que, na realidade, as coisas não acontecem dessa forma. Morre-se às portas dos hospitais, com balas perdidas, às esquinas e até dentro das residências, etc. Vivemos a época das incertezas.

A única certeza que temos, com “segurança”, é que a mordida do “leão” dói muito todo ano no bolso do contribuinte e é, praticamente impossível, “adivinhar” o destino de toda arrecadação. Na realidade até adivinhamos. Pagamos impostos porque não temos escolha, pois sabemos que o destino do nosso suado dinheiro, em grande parte, é para bancar despesas privadas dos que estão no poder, entre tantas outras mordomias.

Foi publicado no Jornal o Estado de São Paulo – Estadão – que o Congresso banca despesas “especiais” da família do presidente do Senado, José Sarney, (PMDB-AP), inclusive o salário do secretário particular da ex-senadora e atual Governadora do Maranhão, Roseana Sarney. O senhor Amaury de Jesus Machado, 51 anos, conhecido como “Secreta”, percebe mensalmente R$ 12.000,00 para cuidar da copa e cozinha, distribuir ordens aos funcionários da mansão, organizar as recepções que Roseana promove quando está na Capital Federal.

Segundo declarações de Roseana, “Secreta” é quase um agregado da família. Continuando em sua declaração, disse: “Ele é meu afilhado. Fui eu que o trouxe do Maranhão. Ele vai à casa quando preciso, uma, duas ou três vezes por semana. É motorista noturno e é do Senado. E lá ganha bem”.

O dinheiro desviado do erário para o pagamento dessas mordomias é proveniente dos impostos pagos pela população, na maioria das vezes, com muito sacrifício. Quantas vezes já deixamos de comprar algo melhor para nós, para nossa família a fim de poder pagar os benditos impostos? É necessário tirar as vendas da justiça, para que ela possa enxergar melhor a corrupção.

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