Nos últimos dias tivemos a infelicidade de ver as terríveis imagens do Vale do Itajaí, onde casas e morros desabaram, o desespero e a morte tomou conta da população; centenas de pessoas sendo soterradas por lama, milhares de animas e veículos devorados pelas águas do rio Itajaí em consonância com a chuva que caia incessante.
Apesar deste acontecimento catastrófico é sabido “que o sol vai voltar amanhã mais uma vez, eu sei”, como dizia Renato Russo e Flávio Venturine. Os autores quriam passar a idéia da busca pela felicidade; o fortalecimento da esperança que talvez não a tenhamos hoje, mas poderá brilhar ao nosso lado, amanhã. Só com amor podemos reconstruir vidas, porque o amor é mais forte que a morte. Chico Anisio afirma que: “por maior e mais escura que seja a noite, amanhece”. Assim, não devemos nos abater. É certo que para quem está à parte de uma tragédia, como a que acabamos de presenciar, é muito fácil achar caminhos para superá-la. Mesmo assim, não podemos abaixar a cabeça diante de tamanho infortúnio e também desmoronar. Precisamos rever nossos valores, estufar o peito e com muita fé em Deus ir a luta, seguir em busca dos nossos objetivos.
Infelizmente não é a morte que devemos temer, mas aos perigos de recomeçar a viver, por causa dos desafios que a vida nos faculta. Devemos temer a ação dos bandidos, nesse momento de intensa dor causado por uma tragédia que já levou a óbito mais de 100 habitantes e deixando desabrigados milhares de pessoas. É lastimável ver indivíduos de caráter ínfimo, subtraindo doações destinadas às vitimas deste horrível desastre. É lamentável saber da criação de sites, em nome da Defesa Civil, com a finalidade de se apoderar do dinheiro de pessoas dispostas a ajudar as vítimas desse infortúnio de grandes proporções.
Ao lado do amor e da vida está a morte… a morte em todos os seus sentidos.