Para o líder do governo no Senadoa a razão não é suficiente em si mesma/ Por Sérgio Jones

Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), durante Comissão Especial do Impeachment 2016.

Chegamos em definitivo ao fundo do poço em todos os sentidos ético e moral que norteiam o comportamento humano em sociedade. Como deixa claro e transparente o discurso proferido pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), ao afirmar nesta quarta-feira (20) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não praticou atos dolosos no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Se utilizando de um linguajar rebuscado de forma excessivamente formal, com muitos termos técnicos procurou ele, dourar a pílula ao afirmar de forma cínica.

“A presunção jurídica para criminalização decorre da existência no mundo fático de um ato sobre o qual não pairem dúvidas quanto a sua existência jurídica e que esse seja diretamente imputável à pessoa do presidente da República, praticado no exercício das suas funções de forma dolosa durante seu mandato, o que, absolutamente, não ocorreu”, garante.

Palavras proferidas em defesa da atuação do criminoso governo, apresentada antes da leitura do relatório final da CPI da Pandemia.

O senador prossegue em sua diatribe bestial ao enfatizar que qualquer tentativa de responsabilizar o presidente genocida pelos crimes de responsabilidade no trato da Covid-19 “extrapola a interpretação sistemática dos princípios constitucionais e a legislação penal. Por maior esforço hermenêutico que se almeja realizar, não há elementos jurídicos que sustentem a criminalização do presidente da República”.

A sordidez e a baixeza moral demonstrada pelo parlamentar, em defesa do presidente Jair Bolsonaro, extrapola todo e qualquer limite do bom senso, da razão e da lógica humana.

A atitude abjeta adotada por ele, não tem parâmetros ao longo de toda a história do Brasil.

O senador chega ao paroxísmo ao afirmar, em defesa do presidente, que em nenhum momento houve participação de Jair Bolsonaro em eventos públicos que fosse possível identificar o elemento dolo em sua conduta nem o viés de promover reuniões com objetivo principal de causar o contágio da população.

O que fica incompreensível em todo esse circo verborrágico é o que justifica e motiva a recusa do parlamentar em constatar o óbvio. A não ser que ele considere que a razão não é suficiente a si mesma.

Jones, jornalistas (sergiojones@live.com)

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