Decisões questionáveis e hipóteses sobre atos ilegais circundam o BRT/Por Carlos Lima

Estação de transbordo do Sistema de Transporte Público Rápido
FOTO: Jornal Grande Bahia

Cantado em verso e prosa o BRT de Feira de Santana continua sendo um sumidouro de recurso público.

Esse projeto está a mais de cinco como a tábua de salvação para um novo modal do sistema de mobilidade urbana do município.

A inauguração dessa obra já ultrapassada pelo tempo. Sofre mudanças todas as vezes que se anuncia uma data.

Por incrível que pareça, depois de várias alterações, a última data programada foi definida para este mês de dezembro.

Entretanto sabe-se que as obras não estão conclusas e as empresas responsáveis pela utilização dessa linha de transporte coletivo não se manifestaram nem adquiriram os ônibus para a implantação desse famigerado BRT.

Recentemente o Blog do Velame divulgou que a Prefeitura já realizou pagamentos à empresa responsável pela obra, Via Engenharia, na vultosa quantia de R$ 69.476.709,40.

Os mais recentes ocorreram neste ano de 2019, nas seguintes quantias: R$ 1.166.922,98 e mais dois, R$ 600.000,00 e R$ 458.630,17.

Se analisarmos a especificação desses pagamentos não encontraremos os serviços ditos como realizados.

O histórico do serviço registra a readequação viária dos corredores de transporte público das avenidas Getúlio Vargas e João Durval.

Até o presente momento não se consegue encontrar essas adequações e muito menos qualquer ação que justifique os pagamentos realizado, segundo observações de terceiros e especialistas na área.

O BRT é tão questionado que engenheiros e arquitetos da prefeitura apresentaram suspeitas sobre a obra.

Os profissionais da prefeitura se basearam no Coordenador de Projetos Especiais da Secretaria de Planejamento, Membro da Comissão de Fiscalização e Implantação do BRT no período de setembro de 2015 a julho de 2016, João Vianey Marval Silva.

A coisa foi tão indiciosa que ele terminou sendo contratado em agosto de 2016 pela empresa vencedora do processo de licitação para fazer a coordenação financeira da obra que ele mesmo tinha planejado.

Será que antes desse contrato trabalhista com a empresa não houve acertos anteriores?

É uma situação que levanta todo tipo de especulação. A obra do BRT está envolta em grandes nuvens negras que encobrem decisões questionáveis e hipóteses sobre atos ilegais que não podem ser descartados.

Carlos Lima, Jornalista

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