Monthly Archives: novembro 2019

Concentração do poder político prejudica o desenvolvimento de Feira de Santana/Por Carlos Lima

Feira de Santana, década de 50 – Século XX
FOTO: Acervo Carlos Melo

É quase impossível acreditar num comportamento democrático de um grupo político que controla um município por 20 anos e tenta se perpetuar no poder.
É como o ditado popular que diz que o hábito do uso do cachimbo. Deixa a boca torta.

O sentimento de poder se transforma em sentimento de propriedade e implicitamente lhe assegura a certeza de que podem, devem e fazem o que querem a qualquer hora em qualquer situação.

Feira de Santana passou a conviver com essa aberração política. Inclusive seus governantes atuais se acham no direito de perseguir e calar os contrários ou aqueles que eles criaram qualquer tipo de repulsa.

Estão simplesmente tentando edificar o pensamento único. O perigo é explosivo. A mudança é imprescindível.

Essas lideranças a princípio trouxeram alguns benefícios, mas o círculo vicioso de poder contaminara suas ações.


A corrupção foi desenvolvida em vários casos com eficiência tecnológica e as denúncias e investigações não são devidamente apuradas.

As decisões passaram a ser monocráticas, de projetos pessoais, enquanto a construção da altivez social e coletiva escoa pelos ralos dos interesses.

O grupo político que domina o colégio eleitoral do município deve ser repensado. Está fatigado, denunciado e de credibilidade questionável diante de algumas operações realizadas e a serem, como a Pityocampa, na área de saúde, que atualmente dorme em berços esplêndidos.

A suspeição paira sobre: serviços de limpeza pública, transporte coletivo, como o BRT, onde já se gastou mais de 100 milhões de um orçamento de 86 milhões, merenda escolar, recursos do Fundeb entre outros.

Vamos nos debruçar no processo eleitoral de 2020, quando ocorrerão as eleições municipais.

Esta será a verdadeira oportunidade de oxigenar a nossa política e proporcionar as mudanças tão necessárias e exigidas pela democracia.

Vamos votar para mudar.

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Carlos Lima, Jornalista

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E agora, José?/Por Alberto Peixoto

E agora, José?
FOTO: Apeixoto

O poema “José” de Carlos Drummond de Andrade, já em 1942 explicita a sensação de solidão e abandono das pessoas no Brasil atual, a sua falta de esperança e o sentimento de que está esquecido na vida, sem noção de que caminho seguir.

Este poema retrata os brasileiros dos dias atuais, vítima de um governo neofacista e da irresponsabilidade de quem o elegeu.

José, e agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou… e agora, José? E agora, eleitores de Bolsonaro? Ir para onde? Está sem discurso, está sem mulher… o dia não veio, o bonde não veio, o estudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou. Sua incoerência, seu ódio – e agora, José? Você é duro, José. Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem parede nua para se encostar…Você marcha, José! José, para onde?

O melhor aluno brasileiro é pior do que o pior aluno coreano – Fernanda Pacobahyba, educadora, doutora em Direito Tributário e Secretária da Fazenda do Estado do Ceará.

A educação parou, a luz do conhecimento apagou, o aluo sumiu, a noite da ignorância acabou com os sonhos dos jovens que tinham a esperança em um futuro melhor, mas o ódio dos menos ou totalmente sem capacitação, varreu este sentimento da vida dos brasileiros.  

José, brasileiro comum, vítima de um sistema social perverso que mantem sua vida em uma complexa sociedade onde a falta de educação, cultura, arte e a liberdade está passando a ser um problema social histórico, sempre ligado à exploração dos mais poderosos contra os mais fracos.

Para extirpar de vez este mal da face da Terra, é fundamental acabar com o capitalismo selvagem e toda forma de exploração do homem pelo homem.

Em contrassenso com o momento em que vivemos, momento em que já se desenvolveu a teoria de controle e a teoria geral de sistemas complexos, alinhando-se às funções de controle e comunicação, onde a robótica e a computação possibilitam uma ligação inteligente entre a percepção e a ação, não é fácil aceitar ser gerido por um presidente analfabeto funcional e 100% analfabeto político, apoiado pelos seus três patéticos filhos e por grupos – pessoas e eleitores – do mesmo calibre. E agora, José?… para onde?

Este texto foi baseado no poema “José” de Carlos Drummond de Andrade, que nasceu em Itabira (MG) em 1902 e faleceu em 1987 no Rio de Janeiro. Foi um dos mais influentes poetas do século XX.

Alberto Peixoto, Escritor (comendadoralbert@bol.com.br)

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Investidores internacionais por não acreditarem em Bolsonaro deixam de participar do megaleilão do pré – sal / Por Sérgio Jones*

Plataforma marítima no Pré-sal
FOTO: Mtrópolis

Ocorrido nesta quarta-feira (6), anunciado como histórico pelo governo brasileiro, o megaleilão do pré-sal teve um resultado esperado muito aquém do previsto. Foi tão pífio quanto o governo do atual presidente Jair Bolsonaro que tem se projetado na mídia local e internacional, não pelas suas ações meritórias, mas pelos sucessivos erros cometidos nas mais diversas instâncias das esferas governamentais.

O arrecadado em toda esta ação burlesca foi R$ 69,96 bilhões (cerca de US$ 17,3) por duas das quatro áreas em jogo e um forte investimento da Petrobras. Na visão de alguns especialistas, a licitação foi “um desastre total”.

Entre a ficção e a realidade, prevaleceu a primeira. Os prepostos e lacaios do governo esperavam arrecadar R$ 106,5 bilhões com o leilão das áreas localizadas em águas profundas (“pré-sal”), situadas na Bacia de Santos. A venda foi ignorada pela maioria dos grandes grupos de petróleo mundiais.

A Petrobras praticamente participou sozinha. E dos 4 campos, apenas dois foram arrematados (Búzios e Itapu). As áreas Sépia e Atapu ficaram na berlinda, o que significa dizer que não houve interessados.

Tal resultado frustrou profundamente os anseios do governo de Jair Bolsonaro, que esperava ‘recuperar’ as finanças públicas com a licitação. O percentual que as petrolíferas se comprometem a pagar ao Estado se mantiveram no lance mínimo estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O que ficou explícito é que nenhuma petrolífera internacional se aventurou fazer qualquer lance nessa empreitada, o que pode ser considerado como um rotundo fracasso”. “O pregão foi obstruído por valores muito altos e por uma falta de transparência”, é o que argumentam observadores e especialistas do setor.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Candidatura à reeleição de Colbert continua ameaçada/Por Carlos Lima

Colbert e Ronaldo
FOTO: Carlos Lima

Após o presidente do DEM e prefeito da capital baiana, ACM Neto dizer que o partido terá candidatura própria em 28 das 50 maiores cidades da Bahia, deixou o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (PMDB), com a possibilidade de não ser inserido entre os candidatos que podem receber apoio político, da sigla, em sua tortuosa caminhada à reeleição.

Feira de Santana é o segundo maior município, e colégio eleitoral da Bahia. É evidente que o DEM não pretende abrir mão de indicar o candidato a prefeito, que atualmente é administrado por um prefeito pemedebista, indicado pelo ex-prefeito José Ronaldo (DEM), que renunciou o mandato para ser candidato a governador, numa aventura que lhe conduziu uma fragorosa derrota.

A derrota também criou vácuo, de poder do DEM, nos últimos 20 anos. Observando a lógica política é inquestionável que o DEM não abra mão de reivindicar eleitoralmente o poder para si. Retomada que acredita ser legitimamente de direito.

O empasse está estabelecido no cenário político de Feira de Santana.

Outro grande risco para Colbert é que ele pode perder aliados no legislativo feirense, uma vez que o ex-prefeito José Ronaldo possui uma liderança maior e consequentemente Colbert não receberia o apoio desses edis, caso ele sega a orientação partidária.

Zé Filé ainda afirmou que mesmo indo apoiar a candidatura de Zé Neto, vai migrar do PROS para o partido de seu líder Fernando Torres, o PSD. “Quem sabe Fernando Torres possa conversar com Zé Neto e de repente ser o seu vice”.

Na política nada é impossível, principalmente quando todo o processo eleitoral do grupo atual para permanecer no poder em Feira de Santana, passa pela liderança e decisão de José Ronaldo.

Carlos Lima, Jornalista


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Carneiro faz proselitismo para justificar gastos públicos /Por Carlos Lima

É necessário utilizar ferramenta analítica para monitorar gastos públicos
FOTO: Arquivos Google

Mais uma surpreendente declaração estapafúrdia do presidente do legislativo feirense, o vereador José Carneiro (PSDB).

O fato ocorreu quando a vereadora Cíntia Machado (PRB), informou que o congresso do qual participaria em Aracaju, promovido pela empresa “Lemais” não foi realizado.

Cíntia embarcou com destino ao local do congresso, ao chegar foi informada por preposto da empresa promotora do evento de que não existia programação.

A vereadora de imediato comunicou o fato à Câmara, solicitou o ressarcimento aos cofres públicos e devolveu as diárias recebidas. Procedimento legal.

Em razão do ocorrido, o presidente da Câmara, José Carneiro, no programa radiofônico, ‘Acorda Cidade’ soltou mais uma de suas declarações incongruentes:

“Nesses congressos são debatidas uma série de questões, há um intercâmbio entre os vereadores que se encontram e discutem, às vezes, se aproveitam ideias de outros vereadores de outras cidades e posso te assegurar que já apresentei projetos aproveitados em outras cidades e acho isso interessante. Participo todos os anos e com muito orgulho, porque vou lá aprender”.

Vamos esmiuçar essa declaração:“Nesses congressos são debatidas uma série de questões”.A questão do tempo? As questões turísticas? As questões sobre a possibilidade de ampliação dos dias do congresso? A questão da redução da discussão legislativa? As questões são amplas e irrestritas.

“Há um intercâmbio entre os vereadores que se encontram e discutem, às vezes, se aproveitam ideias de outros vereadores de outras cidades”.

Acredita-se que esse intercâmbio entre eles, na visão de analistas políticos, está mais para a ampliação financeira, que engordam os vencimentos dos parlamentares. O custo benefício é nenhum.

“E posso te assegurar que já apresentei projetos aproveitados em outras cidades e acho isso interessante”

Na verdade para se conhecer projetos de Lei apresentados e aprovados em outras Câmaras municipais, não existe a necessidade de contato pessoal, a mídia eletrônica preenche as Necessidades por ele alegada. Talvez ele não saiba utilizar a internet.

“Participo todos os anos e com muito orgulho, porque vou lá aprender”.

Para a opinião pública esse argumento não procede, o aprendizado alegado é bastante discutível, nunca foi sentido, observado ou identificado. A interpretação popular diz que tal prática é de pouco aproveitamento na defesa dos interesses da população.

A declaração do chefe do Legislativo é interpretada entre as camadas sociais do município como um abuso na aplicação e administração dos recursos públicos. Além desse, existem outros questionamentos que colocam, no imaginário popular, a existência de uma desordem na aplicação dos recursos que são destinados à Casa do Povo.

Se esse tipo de aprendizado fosse bancado com recursos próprios, será que ele estaria fazendo tal proselitismo em torno dessa prática?

Carlos Lima, Jornalista

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Brasil conta com mais de 12 milhões de trabalhadores pobres com nível superior/ Por Sérgio Jones*

pobres estão sentindo os efeitos da recessão econômica que atingiu seu ponto mais alto
FOTO: O Globo

Conforme dados fornecidos pelas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios – Pnad Contínua, publicados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, demonstram que os estratos sociais mais pobres estão sentindo os efeitos da recessão econômica que atingiu seu ponto mais alto em 2016.

O economista Waldir Quadros analisa as condições de vida da população de baixa de renda divididas em três categorias gerais: “superior dos pobres”, que corresponde ao que alguns pesquisadores chamam de “baixa classe média”, “pobres” e “miseráveis”.

Observa ele, que 80% dos ocupados são classificados em alguma dessas categorias de pobres: 40% estão na camada ‘superior dos pobres’, 27% na camada dos ‘pobres’ e 13% na camada dos ‘miseráveis’”. Em termos de renda, informa, aqueles que estão na camada “superior dos pobres” têm uma renda média mensal de 1.700 reais, os “pobres” recebem 920 reais mensais e os “miseráveis”, 310 reais mensais.

Ele acredita que estamos diante de uma bomba-relógio. Cerca de 5,8 milhões de ocupados com ensino superior incompleto, 4,6 milhões são ‘pobres’. Mais grave ainda: 8,3 milhões de ocupados que estão classificados na categoria ‘pobres’ têm ensino superior completo. Se juntar aqueles que têm ensino superior incompleto e os que têm ensino superior completo, o universo é de 12,9 milhões de trabalhadores ‘pobres’ com nível superior”, afirma.

Tal realidade se apresenta para o conceituado economista como prenúncio de futuros acirramentos sociais, por entender que esse pessoal não vai aceitar essa condição tranquilamente, porque eles foram fazer faculdade, boa parte pagando a mensalidade com o Fies, esperando uma melhora de vida, e agora não tem melhora.

A constatação é que devido ao elevado número de desempregados quanto os ocupados que têm nível superior completo estão vivendo num nível social muito inferior, o qual é incompatível com o que se espera de alguém que tem uma educação de nível de ensino mais apurado.

A concentração cada vez mais brutal de rendas associadas ao desemprego de expressiva parcela da população ativa, que está acontecendo no Brasil. São ingredientes, mais do que suficiente, que poderão conduzir o país para uma conflagração social, de resultados inimagináveis.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Feira: lideranças políticas carcomidas e saturadas/Por Carlos Lima

Antigo prédio da Prefeitura Municipal de Feira de Santana
FOTO: Acervo do Prof. Carlos Melo

Não seria nenhuma novidade que essa aliança cantada em versos e prosas entre Ronaldo e Colbert, não seja o Inferno de Dante.

Ronaldo e seu pupilo até o presente momento não vêm demonstrando uma positividade política internamente, com isso, surge nesse horizonte a provável fatalidade na continuidade do poder.

O líder, assim admitido por alguns, teme que a capilaridade eleitoral do seu pupilo, desmorone, colocando em risco sua hegemonia.

Essa liderança considerada nociva por parte da sociedade feirense, que já se prolonga por décadas, não pretende passar o bastão.

Nesse desejo de se perpetuar no poder, está reconhecendo que Colbert Martins não é o candidato que possibilite a continuidade desse grupo hegemônico liderado por ele.

O egoísmo político da liderança maior ficou evidenciado no seu afastamento da Prefeitura na última eleição, nacional, para se aventurar em uma candidatura ao Governo do Estado, fadada a derrota.

Até hoje não ficou claro quais foram às motivações que o conduziram a tomar uma decisão tão estapafúrdia.


Seria a vaidade?

Há muitas controvérsias. Uma delas com maior destaque e badalada nos bastidores políticos avaliam hipoteticamente, a existência de questões financeiras.

Politicamente na maior cidade do interior da Bahia o líder conseguiu cooptar as oposições existentes dentro do seu campo político, neutralizando e desconstruindo os prováveis avanços de lideranças como Colbert Martins, Sérgio Carneiro, Zé Chico dentre outros nomes de menor densidade eleitoral.

Não seria nesse momento que iria tomar a decisão de soerguer politicamente aqueles que por ele foram derrotados na arena política.

Diante da situação o que fica evidenciado é que ele deve optar por um nome que seja mais persuadível, e que esteja em sintonia com os seus interesses, como a sua continuidade na liderança política.

Não há indícios de que ele esteja pensando em se aposentar politicamente, o seu projeto ainda descortina uma jornada em 2024 em provável candidatura a prefeito, ou manietando seus liderados.

Nesse tabuleiro do xadrez político, fica evidenciado que o atual modelo não mais corresponde aos interesses da sociedade feirense, em seus mais legítimos e reais anseios.


Este é momento de se promover uma mudança efetiva na política de Feira de Santana.

Por Carlos Lima

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