Monthly Archives: setembro 2018

2ª Edição da Mostra Internacional de Artes Urbanas – MIAU/Por Roberto Leal

 Acontecerá no próximo dia 13/09 (quinta-feira), a partir das 17 horas, na escadaria da Igreja do Passo (Centro Histórico de Salvador/BAHIA-Brasil) a 2ª Edição da Mostra Internacional de Artes Urbanas – MIAU onde se fará acontecer Cultura, n’uma ação envolvendo vários artistas. Será uma grande confraternização entre amantes das grandes manifestações artísticas e culturais de diversos lugares do planeta. Poesia, Artes plásticas, Circo, Dança, Fotografia, Gastronomia, Literatura, Moda, Música, Poesia, Teatro e muito mais para fazer parte dessa grande mostra transparentemente urbana. A artista de rua Cigana de Ayelen  (Chile)  e o poeta Tiago Gato Preto homenageiam a artista chilena Violeta Parra.

Esse grande miado trará dentre outras atrações o “Sarau do Miau” com as poesias de Tiago Gato Preto, Açucena de lírio, Carla Sacramento (Lev Brisa), Taíssa Cazumbá, Rafael Pugas, Valdeck Almeida de Jesus, Fabrício Brito, Taissa Cazumba, Semírames Sé, Jocélia Fonseca, Marcos Peralta, Damiana Sá; a Dança de Meirejane Lima; as dançarinas de Afromandingue e Afroperuana (Chile e Uruguai) e muito mais… Haverá ainda exposição e lançamento de livros de autores baianos, com uma seção de autografo dos livros “Com Amor & Luta” organizado pelo jornalista e escritor Roberto Leal, a publicação tem a participação de poetas contemporâneos de Angola e Brasil e a super coletânea “Poéticas Periféricas”; organizado pelo jornalista e escritor Valdeck Almeida de Jesus, o livro conta com a participação de 100 poetas, dos mais diversos saraus da periferia de Salvador/BA; show musical com a rapper Janaina Noblat, com Rafael MC e Inssurreição Rap, Waky Hannah & Percussivo Kadashá, Ras Ednaldo Sá,o cantor e performer  Portella Açúcar, com Banda Tarja preta e Afonso Oliveira, Shalon Adonai, Yaô da Silva (Argélia); teremos ainda a moda com alternativa de muitas cores do rastaman Day Tribal e o bate papo com escritores e estudantes sobre “Discriminação racial e o embranquecimento da raça negra” com a professora e escritora Jovina Souza.

A realização do evento é uma parceria da Gato Preto Produções (Tiago Poeta), UBESC – União Baiana de Escritores, com o apoio da revista Òmnira e do Movimento Literário Kutanga/Angola. “O projeto é inovador do ponto de vista da realização de uma mostra de arte quinzenalmente em Salvador, é e foi uma novidade bem recebida pelo público na primeira edição”, disse Roberto Leal presidente da UBESC – União Baiana de Escritores.

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Não há desgraça que venha só, diz a voz do povo/Por José Manuel Cruz Cebola*

Infelizmente, no Brasil, as tragédias acumulam-se. É uma atrás da outra.

O fogo da irresponsabilidade consumiu o Museu
FOTO: arquivos Google

E tudo começou com o golpe que depôs uma presidente legitimamente eleita (calma! Não comecem já a argumentar que o incêndio nada tem a ver com política, pois tem e muito),

E desde então, o Brasil tem vindo a ser assolado por tragédias de todas as dimensões. Em 2015, foi o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo que foi pasto de chamas, tendo sido destruído quase todo o seu acervo. Na semana passada, foi a vez do Gabinete Português de Leitura, no centro de Recife. Felizmente o acervo não foi atingido.

Claro que estou falando apenas do que considero a espinha dorsal de um país, de um povo: O seu Patrimônio Histórico e Cultural.

É certo que os incêndios podem ocorrer em qualquer lugar. Em Portugal, há 30 anos, um fogo devorou um prédio inteiro na zona do chiado, onde funcionavam os grandes armazéns Grandélla! Mas foi há 30 anos e nunca mais nenhum edifício público, sobretudo com Patrimônio Histórico e Cultural a preservar, foi atingido. Por quê? Porque se tem investido na prevenção.

E no Brasil? No Brasil, temos assistido ao abandono progressivo de tudo o que tem a ver com cultura e patrimônio.

O Museu Nacional do Rio de Janeiro, que é (era) superintendido pelo IBRAN – Instituto Brasileiro de Museus (cujo diretor se demitira dois dias antes…) e vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a mais antiga instituição científica do Brasil, está sob a alçada dos governos local e federal.

Acontece que, quer um, quer outro, há algum tempo que deixaram de investir neste edifício. E com um agravante: a autarquia nem sequer cuidou dos hidrantes no exterior do Museu, o que levou a que, quando os bombeiros chegaram, estes não debitassem água.

Agora, para finalizar, vamos chamar os bois pelos nomes…

Quem é o governador do Estado do Rio de Janeiro? Luiz Fernando Pezão. De que partido é este governador? Do MDB. Este governador tem investido muito no seu Estado? Não! Já nem sequer falando na educação e na cultura, que isso está fora do âmbito dos interesses do seu partido. Vamos falar da saúde. Pezão, em 2016, desinvestiu mais de R$ 2 bilhões nesta área. O Rio de Janeiro foi o Estado que investiu o menor percentual na saúde em todo o país.

Baixemos de escalão e vamos-nos focar na prefeitura. Quem é o prefeito da cidade do Rio de Janeiro? Marcelo Crivella. De que partido é este prefeito? Do PRB. Este prefeito tem investido muito na sua cidade? Não!

Ora bem… Este Crivella é o tal a quem o TCM – Tribunal de Contas dos Municípios apontou irregularidades nas viagens ao exterior feitas por ele. O mesmo contra quem correm três pedidos de impugnação (Impeachment) por ele ter cometido crime de responsabilidade ao oferecer medidas que favoreceriam integrantes da seita religiosa Universal.

Resumindo e concluindo: para estes figurões, o que menos importa são a saúde, a educação e a cultura.

Museu Nacional pede colaboração para resgatar acervo destruído pelo fogo
FOTO: arquivos Google

O que lhe interessa a “Luzia”, o mais antigo fóssil humano encontrado no Brasil, com cerca de 11.000 anos? O que lhe interessa o “MaxakalisaurusTopal”, o primeiro dinossauro de grande porte a ser montado no Brasil? O que lhes interessa o caixão de Sha Amun Em Su, parte da coleção Egípcia maior e mais antiga do continente Americano? O que lhes interessa o Trono de Daomé, a coleção de arqueologia clássica (750 peças das Civilizações Grega, Romana e Etrusca) ou a coleção de 1.800 artefactos das Civilizações Ameríndias?

Mas, quanto a mim, o mais gravoso foi o desaparecimento do mais importante documento sobre a chegada dos portugueses ao Brasil: a Carta de Pero Vaz de Caminha, o Escrivão da frota de Pedro Alvares Cabral.

Onde ele narra ao Rei D. Manuel I a viagem das naus portuguesas desde a saída de Lisboa até avistarem o Monte Pascoal, na Bahia, em 22 de abril de 1500.

Este espólio também nos pertencia!

José Manuel Cruz Cebola – Crítico

Sintra/Portugal

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Neoliberalismo quer manter privilégios históricos em detrimento das políticas sociais impostas pelo PT/ Por Sérgio Jones*

Neoliberalismo no Brasil: Política econômica incentivou privatizações …
FOTO: arquivos Google

Em excelente artigo escrito recentemente por Leonardo Boff, ele faz uma precisa análise do desmonte da sociedade brasileira, desmonte este que resulta em barrar os avanços significativos conquistado sob os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) e de seus aliados. “ Em época nenhuma ao longo de nossa história ocorreu isso antes nas fases históricas hegemonizadas pelas oligarquias tradicionais que sempre detiveram o poder de Estado, nunca tiveram um projeto de nação, apenas o propósito corporativo de enriquecimento ilimitado. Agora com um Estado pós-democrático e de exceção está ocorrendo celeremente a desmontagem destas políticas, aumentando o sofrimento do povo”.

O articulista deixa claro que atualmente estamos nos aproximando daquilo que Celso Furtado chamava de “provas cruciais”. O Que significa que alcançamos o estágio crítico das “provas” após o golpe de 2016. impulsionada pela crise sistêmica mundial, o que conduz a todos nós adotarmos uma decisão reafirmando a soberania da nação e garantindo o futuro autônomo da mesma. Caso tais previsões não ocorram, garante, seremos brutalmente atrelados ao destino sempre decidido por nossos algozes que querem e lutam para continuarmos sendo meros fornecedores dos produtos in natura, o que resultará em nossa recolonização.

O que fica evidenciado e chama a atenção em todo esse cenário exposto é que não se pode e nem se deve aceitar esta estranha divisão internacional do trabalho. E que todos os brasileiros têm por obrigação de ofício retomar o sonho de alguns dos melhores analistas do quilate de Darcy Ribeiro, Luiz Gonzaga de Souza Lima e de Celso Furtado, de Jessé Souza entre outros que propuseram e continuam propondo uma reinvenção ou refundação do Brasil sobre bases voltadas para a nossa realidade.

Prossegue ele ao afirmar que não se pode compactuar com este quadro de degradação política que está sendo imposto por forças representada pelo atraso e conservadorismo existente, forças estas que têm destruído as mais reais aspirações após o golpe parlamentar orquestrados pela odiosa classe dominante internacionalizada que tenta impor uma agenda política de um neoliberalismo radical, que mantém os sórdidos privilégios históricos, ameaçados pelas políticas sociais populares imposta pelo (PT) que tiraram da miséria e da invisibilidade milhões de brasileiros pobres.

Como muito bem precisou Boff: “ o sonho de uma reinvenção e refundação do Brasil não pode ser perdido, nem sepultado pela voracidade destruidora dos donos do ter, do poder e do saber. Surgi uma nova consciência política, especialmente, a partir dos movimentos sociais populares”.

Ainda há tempo nestas eleições para que haja mudanças que possam reorientar o país. A atual crise brasileira obriga a todos os brasileiros a decidirem de que lado estaremos. “A situação é urgente pois, como advertia pesaroso Celso Furtado tudo aponta para a inviabilização do país como projeto nacional. Mas não queremos aceitar como fatal esta severa advertência”, conclui o articulista.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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