O que existe de semelhante entre Bolsonaro e o nazi-fascismo / Por Sérgio Jones*

Estes tipos têm surgido de forma messiânica fazendo promessas que jamais se cumprirão
FOTO: arquivos Google

Ao longo da história da humanidade sempre existiram pessoas oportunistas, que em época de crise econômica e social, tentam obter vantagens de forma despudorada ao se aproveitar da anarquia reinante. Estes tipos têm surgido de forma messiânica fazendo promessas que jamais se cumprirão, aumentando de forma significativa o fosso social existente. Este momento de descredito político pelo qual atravessa o Brasil, se torna terreno fértil para tipos como o candidato Bolsonaro (PSL) que encarna muito bem no papel de figurante de correntes políticas nazista e fascista.

Prometendo soluções para a crise, tal qual como Hitler e Mussolini, O Bolsonaro tenta assumir o poder inspirado em ideologias que tiveram grande impacto, alguns terríveis, para humanidade. Importante observar que os ditadores citados é o que se pode denominar de déspotas esclarecido, o que não se aplica ao capitão das cavernas. Figura bizarra de um modelo tupiniquim que tenta surfar no descontentamento de uma massa de seres ignaros que acreditam estupidamente que se combate a violência com a violência. Buscando atalhos para tentar resolver antigos problemas com velhas soluções.

Este elemento insano abraça uma ideologia na qual acredita na guerra como fator de grandeza e prosperidade. Assim, a sociedade só consegue se desenvolver quando governada ou guiada por conceitos incorporados na cultura, na doutrina ou no sistema militares. Exalta a nação, de uma forma exagerada. Toda a política interna está ligada ao desenvolvimento do poder nacional. Esta ideologia vem carregada de autoritarismo, esforços para a redução ou proibição da imigração, expulsão e opressão de populações não-nativas dentro da nação ou de seu território e se utiliza de forma sistemática o lado emocional das pessoas mais vulneráveis.

Defendem a existência de um só partido. Para fazer valer este princípio passam a dominaram o poder executivo e judiciário, enfraquecem o poder legislativo, perseguem políticos opositores e implantam regimes ditatoriais em seus países. Em seguida buscam controlar a mídia, o que de certa forma já ocorre no Brasil, exercem forte repressão política contra a imprensa ou qualquer manifestação contrária ao regime.

Outra característica marcante é desenvolver a prática do culto ao líder, visando construir a imagem de um governo forte e onipotente. Desprezam ideologias com viés de esquerda, o que implica dizer que são contra greves, movimentos operários e sindicatos…Sintomas estes que já se manifesta no país e que tem ganhado forte visibilidade.

A questão do racismo se apresenta com certa virulência ao disseminarem o ódio a todos aqueles que não pertençam à raça, no nosso caso especifico, dos ricos em sua grande maioria formada por pretensos caucasianos portadores de características físicas e biológicas que diferem da maioria do povo brasileiro. Procurando desta forma satanizar os considerados impuros, lenientes e preguiçosos: pretos, índios, mulheres, homossexuais, e em especial os menos favorecidos por um sistema desigual, os pobres.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com

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